Boletim de rumores e trocas da NBA – Jonathan Kuminga

Jovem talento vai ser agente livre restrito e, por isso, tem permanência incerta no Warriors

rumores nba jonathan kuminga Fonte: Reprodução / Instagram

Não é comum vermos um talentoso atleta de 22 anos como um agente livre disponível no mercado. Mas esse é o caso de Jonathan Kuminga, que virou um crescente alvo de rumores às vésperas da offseason da NBA. O ala-pivô chegou à liga com status de um grande talento e steal para o Golden State Warriors. Chegou a ficar fora da rotação do time, no entanto, nesta temporada. Então, o que esperar nos próximos meses?

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É preciso dizer, antes de tudo, que o jogador é agente livre restrito. Ou seja, a equipe vai ter o direito de cobrir as ofertas de possíveis interessados para segurá-lo em San Francisco. Mesmo que seja contra a sua vontade. A decisão sobre o futuro do jovem, dessa forma, não está só em suas mãos. É uma decisão complexa que passa pelo interesse de muita gente.

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Valorizado

Os rumores em torno de Jonathan Kuminga nos bastidores da NBA, a princípio, são culpa do próprio Warriors. Foi a equipe – em particular, o técnico Steve Kerr – quem sinalizou que o atleta não se encaixava. O fracasso nas conversas para uma extensão previa só reforçou isso. Mas, depois da eliminação dos playoffs, tudo mudou com as declarações do GM Mike Dunleavy Jr.

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“Nós valorizamos Jonathan. Eu acho que ele mostrou muita resiliência nesta temporada e, por isso, estamos interessados em trazê-lo de volta. Quando você olha as coisas que esse garoto faz bem, são áreas em que somos carentes. Infiltra, finaliza perto da cesta, cava faltas, por exemplo. Vamos tentar renovar o seu contrato, mas é uma negociação. Esse interesse precisa ser uma via de mão dupla”, disse o ex-jogador.

Não é impossível que, apesar da aposta geral no sentido contrário, Kuminga decida ficar no Warriors. Tudo é uma questão de convencimento, em síntese. O desafio da direção do time, então, vai ser convencê-lo. A experiência desta temporada aponta que não há garantias de tempo de quadra. Dunleavy, no entanto, crê que nenhum rival tem mais conhecimento para tornar o ala-pivô melhor do que Golden State.

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“Eu sei quem Jonathan é como jogador e, mais do que isso, como podemos melhorá-lo. Afinal, são quatro anos. Vi os seus treinos e o tempo de dedicação. Mas tudo em torno dessa negociação é um chute nesse momento. Só posso imaginar alguns cenários, por enquanto. O importante é que, apesar de não ter atuado em alguns jogos de playoffs, acho que é bem razoável que ele fique conosco”, finalizou o gerente.

Vontade de cima

Uma figura subestimada pelo grande público nas decisões importantes é o dono do time. Eles investem muito dinheiro e, por isso, querem ter participação quando o assunto lhes importa. Vários jornalistas já noticiaram que Joe Lacob é um dos maiores defensores de Kuminga dentro da organização. Participou, aliás, do processo que levou à escolha do jogador na sétima posição do draft de 2021.

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“Há coisas em que Jonathan precisa evoluir, mas é normal para um garoto de 22 anos. Ele tem muito potencial e penso que seria parte dos nossos planos futuros. Então, nós vamos ver como o mercado se comporta. Temos avaliações a fazer, em particular, em relação à forma como queremos construir o nosso time”, comentou o empresário, nas entrevistas finais da temporada.

Lacob faz uma linha não intervencionista de mandatário, ou seja, não deve forçar uma vontade pessoal. Mas o que se especula é que não vai deixar um dos seus jogadores favoritos vá embora sem nenhuma compensação. Segundo Marcus Thompson, do site The Athletic, o dono só deve aprovar a saída em uma sign-and-trade. E, até lá, deve fazer campanha pela permanência do jovem.

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“Eu estava ouvindo alguns torcedores do Minnesota Timberwolves comentando o jogo atrás de mim e só falavam em Jonathan. Diziam que era o único jogador nosso capaz de marcar Anthony Edwards, por exemplo. Ele teve um momento difícil com os jogos em que não entrou em quadra, mas reagiu bem e merece muito crédito. Sou um grande fã dele, certamente”, admitiu Lacob.

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Quer ficar?

Mas, independentemente dos rumores na NBA, pouco vai importar a vontade de Lacob se não se alinhar com o próprio Jonathan Kuminga. E, afinal, o ala-pivô quer ficar no Warriors ainda? Essa é uma questão que, a princípio, soa bem aberta. É verdade que ele já recusou uma proposta de extensão prévia de US$150 milhões por cinco temporadas no ano passado. Mas a decisão dizia mais sobre as suas perspectivas de carreira do que sentimento em relação a Golden State.

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“Jonathan não se vê como um coadjuvante e atleta de rotação, mas sim como um astro em potencial. Então, quer ser a peça central de um ataque da NBA e anotar mais de 20 pontos por jogo. Isso, aliás, seria um sonho pessoal. É uma meta que perseguiu a vida inteira. E as últimas partidas da equipe nos playoffs reforçam a sensação de que pode fazê-lo”, contou o jornalista Anthony Slater, do The Athletic.

Kuminga voltou a ter espaço amplo na rotação do Warriors nos quatro jogos decisivos da série contra o Timberwolves, depois da lesão de Stephen Curry. Foram quatro derrotas, mas o garoto saiu em alta. Ele registrou média de 24,3 pontos, enquanto acertou quase 55% dos seus arremessos de quadra. Minnesota, com uma das melhores defesas da liga, teve claras dificuldades para marcá-lo.

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“Não há nenhum problema irreconciliável entre Jonathan e Steve, assim como ele nunca rompeu relação com a franquia. Não existe um choque de personalidades. Tudo gira em torno de achar o contrato e chance certa para Jonathan. Aqueles jogos contra Minnesota mostram que é possível fazer mais se tiver espaço. Pode ser no Warriors ou em outro lugar”, concluiu Slater.

Treinador

Com isso, um dos protagonistas da negociação entre Kuminga e o Warriors terá que ser Steve Kerr. Ninguém além dele pode dar uma certeza sobre o aumento da minutagem do atleta na próxima temporada. Alguma coisa, antes de tudo, vai ter que mudar. E o técnico parece disposto a isso. Ele explicou que o tempo de quadra limitado do jovem esteve mais ligado às circunstâncias da temporada do que o desempenho do atleta.

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“Jonathan se contundiu ao mesmo tempo em que Jimmy Butler chegou. E nós jogamos muito bem enquanto esteve fora. A equipe funcionou, então tive que seguir nessa toada. E nós precisávamos tentar vencer todas as partidas para chegar aos playoffs. Cada jogo era crucial para a classificação e, por isso, não tive brecha para fazer testes”, explicou o treinador, depois do fim da campanha.

Kerr admitiu que sempre achou o encaixe da equipe com Butler, Kuminga e Draymond Green complicado. Os testes foram bem limitados mesmo, mas os números dão muita razão ao técnico. O time anotou só 97,5 pontos por 100 posses de bola enquanto o trio esteve junto em quadra. Do outro lado, tomaram (absurdos) 122,4 pontos. O treinador, no entanto, promete que as formações vão funcionar se o jogador ficar no Warriors.

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“Se Jonathan ficar, eu vou estudar essas formações desde o começo da pré-temporada. Vamos dar tempo de quadra para ver como isso funciona. Foi um luxo que, a princípio, não tive nessa campanha e gerou um impasse. Mas, na próxima temporada, teremos semanas de preparação e 82 jogos de campanha regular. Ou seja, vai haver um bom tempo para fazermos esses encaixes acontecerem”, garantiu o veterano.

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Mercado

Falar em rumores na NBA sobre a saída de Jonathan Kuminga do Warriors é fácil. Mas a questão mais importante é estudar a realidade do mercado. Há opções viáveis para que ele saía? Pois aí é que a questão se complica. A única franquia com espaço na folha salarial para contratá-lo sem intermediários é o Brooklyn Nets. Os nova-iorquinos, no entanto, não deram sinais de interesse na contratação do ala-pivô.

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“Não há expectativa nesse momento de que Brooklyn esteja preparando uma proposta para Jonathan. Mas existem indicativos que o time esteja disposto a usar a flexibilidade financeira para viabilizar trocas entre vários times durante as férias”, apurou Slater. Ou seja, nesse cenário, o jovem talento não pode esperar um negócio direto via agência livre. Vai ser mais complicado um pouco.

Dessa forma, ganha força a chance de uma sign-and-trade. Isso significa assinar com o Warriors e, em seguida, ser negociado com outro time interessado. É uma possibilidade real, mas que tem algumas complicações também. A depender dos parâmetros do novo contrato de Kuminga, por exemplo, uma negociação desse tipo pode só trazer de volta 50% do valor do salário. Como resultado, isso limita o possível retorno da troca.

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O ponto positivo para o ala-pivô desse tipo de negócio é que o mercado se abre. Então, a princípio, qualquer time pode tentar a sua contratação. O Warriors ainda estaria bem limitado, mas teria mais alternativas para conversar. E, de forma curiosa, o candidato em potencial para ajudar que esse tipo de movimentação aconteça seria o Nets.

Porta aberta

A verdade é que os rumores a mudança de time de Jonathan Kuminga na NBA já foram mais fortes do que antes. Isso é normal porque a proximidade da agência livre faz com que tudo seja visto de uma forma mais prática. Começamos a não só especular sobre o negócio, mas pensar como pode acontecer. E, em síntese, fazer é sempre mais duro do que falar. Por isso, é preciso cogitar todos os cenários possíveis.

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“Jonathan não fechou as portas para seguir em San Francisco. A agência livre restrita, afinal, não permite isso. A verdade é que, independentemente do desejo do jogador, Golden State está no controle da situação. Há um mês para conversas e negociações antes da reabertura do mercado. Vai ser um período, sobretudo, para que diferentes interesses se alinhem”, projetou o jornalista Anthony Slater.

Para cobrir as propostas de interessados, antes de tudo, o Warriors vai ter que exercer a oferta qualificatória em seu contrato. Isso significa garantir US$7,9 milhões em salários para a próxima temporada. A partir de então, há dois caminhos. O mais amigável seria uma extensão. Mas Kuminga também pode aceitar essa oferta qualificatória, jogar mais uma temporada no Warriors e ser agente livre irrestrito em 2026.

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“Fontes dentro da organização sinalizam que, por causa das restrições do mercado, há um caminho óbvio e prudente para que Jonathan fique. E, depois, as partes resolvem as outras questões”, concluiu Slater.

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