O técnico do Golden State Warriors, Steve Kerr, está acostumado com a rotina exaustiva da NBA. Ele teve uma carreira de 15 anos como jogador antes de assumir o comando do time, cargo que já ocupa há uma década. Estar habituado, no entanto, não significa que aprove. Pelo contrário. O treinador fez uma crítica clara ao calendário da liga durante o back-to-back que o time enfrentou nos últimos dias.
“Eu não sei se os nossos astros têm condições de jogarem em dias seguidos. É sempre uma conversa que precisamos ter, depois da primeira partida, com a nossa equipe de medicina esportiva e performance. E o que fez uma derrota ser mais frustrante é que precisamos chegar em Houston até às 15h. Pois a liga, muito consciente, nos colocará em quadra menos de seis horas depois”, reclamou o veterano.
A declaração de Kerr ocorreu depois da derrota do Warriors contra o Dallas Mavericks, na quarta. E, de fato, a equipe teve que entrar em quadra menos de 24 horas depois para enfrentar o Rockets. Todos os astros atuaram e, aliás, a equipe de San Francisco venceu a partida. Mas o resultado foi só um detalhe dentro do que o técnico vê como uma lógica predatória na NBA.
“A verdade é que a liga não está nem aí para o descanso e saúde dos nossos jogadores. Afinal, tudo é sobre a audiência e coisas assim. Eu entendo isso, pois todos temos que pensar nesse aspecto também. A liga inteira está nessa situação. As coisas são o que são, então nós só podemos nos recuperar e estar prontos para amanhã. Porque a roda não pode parar”, disparou o técnico tetracampeão da NBA.
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Mudanças
A presença dos astros da NBA não significa que o técnico Steve Kerr não fez mudanças no Warriors para encarar o Rockets. Stephen Curry, Draymond Green e Jimmy Butler estiveram na vitória, mas o treinador escalou outros dois titulares diferentes. Quinten Post e Buddy Hield saíram, enquanto Moses Moody e Brandin Podziemski assumiram essas vagas. O segundo, em particular, agradou o comandante.
“Nós sentimos que era o momento certo para tentar algumas mudanças. Brandin já vem jogando tão bem há algumas semanas, então acho que merece estar no quinteto inicial. Ele nos dá outro condutor de bola e jogador para tomada de decisões, além de Stephen. Esse garoto nos ajuda demais porque tira várias jogadas ‘da cartola’, só com a sua inteligência e técnica”, elogiou Kerr.
Podziemski, aliás, é um caso muito especial para o técnico. O jogador teve uma grande temporada de calouro, mas viveu uma péssima fase no início dessa campanha. “Foi muito bom ver Brandin em quadra. Ele complementa muito bem essa unidade, bem como Moses. É claro que as coisas vão mudar um pouco assim que Jonathan [Kuminga] estiver recuperado. Mas, da forma como vem atuando, ele precisa ser titular”, cravou.
Vai, não vai
Mas, afinal, quem decide se um atleta vai atuar em um back-to-back? Ou, em um nível mais simples, se reúne as condições mínimas de ser escalado? Curry contou um pouco sobre esse processo durante a semana. O armador tem sido dúvida em várias partidas por causa de uma tendinite no joelho esquerdo. Ele revelou que a decisão de jogar ou não acontece em grupo.
“Eu sempre espero jogar, mas você precisa levar em conta todas as informações que temos hoje. E, além disso, como me sinto quando acordo no dia da partida. Afinal, a gente sabe que estamos só administrando a questão do meu joelho já muito tempo. Então, tudo é uma decisão colaborativa e conjunta na manhã do jogo”, explicou o ídolo da franquia.
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