Fonte: Reprodução / XDonovan Mitchell, assim como qualquer torcedor do Cleveland Cavaliers, guarda o início da última temporada na memória. Afinal, a equipe teve o melhor começo de campanha da sua história com 15 vitórias seguidas. O time não repete o grande desempenho nesse ano e, por isso, as comparações surgem em um tom de crítica. O astro entende que seja natural, mas não vê isso como algo saudável.
“Eu acho que nós devemos esquecer a temporada passada, para começar. A gente fica aqui discutindo como foi no ano passado, mas isso já foi. É uma competição diferente agora, pois os outros times mudaram e melhoraram. Há jogadores estão em funções diferentes e, como resultado, atuando de forma diferente. Temos atletas lesionados. Então, não é a mesma coisa”, cravou o astro da franquia.
O desabafo de Donovan Mitchell não aconteceu ao acaso. O craque discutiu a questão logo depois de mais uma vitória do Cavaliers com uma atuação abaixo do esperado. A equipe venceu um desfalcado Memphis Grizzlies, em Ohio, de virada no último período. Manteve-se, com isso, na terceira posição do Leste: são nove vitórias em 14 jogos. Não é ruim, mas todos sabem que o time pode – e deve – fazer mais.
“Nós não estamos jogando muito bem e, antes de tudo, é uma questão desse elenco. O que a gente fez na temporada passada não tem nada a ver com isso. Afinal, ninguém é a mesma pessoa de um ano atrás. Isso é natural, pois todos mudam e crescem. Então, tudo gira em torno de como nós, hoje, podemos buscar a nossa identidade de volta. Nem tudo se perdeu”, garantiu o ala-armador de 29 anos.
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Desfalques
Um ponto que diferencia o Cavaliers dessa temporada dos anteriores, segundo Donovan Mitchell, são as lesões. O time não está contando com dois titulares em Darius Garland e Max Strus. Nos últimos dias, o elenco também sofre com o desfalque do jovem Jaylon Tyson. É difícil manter o equilíbrio na rotação e o estilo de jogo intacto com tantas ausências.
“Nós ainda somos um time que sai em transição depois de boas posses defensivas, ataca a cesta e arremessa de três pontos. A filosofia não mudou. Mas está um pouco diferente porque não estamos com o grupo inteiro em quadra. Então, a gente está dependendo de alguns atletas em funções diferentes de outros anos. Mas, se seguirmos construindo bons hábitos, sei que tudo vai dar certo”, projetou o veterano.
Nunca dá para garantir que todos os jogadores vão voltar a atuar tão bem quanto antes. Mitchell, no entanto, crava uma coisa: ninguém está satisfeito no vestiário do Cavaliers. “O nosso basquete não tem sido bonito mesmo. E podem crer que sabemos disso aqui dentro. Mas estamos trabalhando nisso para melhorar. Só que isso é um processo jogo a jogo, quarto a quarto, lance a lance”, concluiu.
Quem somos
Evan Mobley, assim como Mitchell, não gosta das comparações com o time da última temporada. Mas, ao mesmo tempo, vê a equipe anterior como um exemplo para o grupo atual. Uma das forças daquele elenco estava na confiança para encarar as adversidades. Todos nunca esqueciam o que precisavam fazer em quadra e, por isso, seguiam o plano. Esse é um ponto em que o ala-pivô crê que o time atual pode melhorar.
“É verdade que não estamos jogando bem, mas tudo depende de sempre lembrarmos quem somos. Da nossa identidade. Há momentos e partidas em que as coisas não vão acontecer como queremos, mas não se pode deixar abalar. Esses são os instantes que testam a sua força e crença no trabalho”, afirmou o especialista defensivo.
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