Os times da NBA vivem a expectativa de uma possível troca envolvendo o craque LeBron James. Mas, por enquanto, tudo não passa de sondagens. O jornalista Dave McMenamin, da ESPN, conversou com o empresário do astro e soube da movimentação de bastidores. O agente garante que falou com quatro equipes interessadas em adquirir o ala do Los Angeles Lakers nas últimas 24 horas.
“LeBron ainda não teve nenhuma discussão sobre uma possível troca, mas o seu agente recebeu sondagens. Rich Paul me contou que quatro equipes já o contataram e queriam conversar sobre adquiri-lo. No entanto, não abriram conversas com ninguém. LeBron só está focado em competir com um time capaz de ser campeão. Mas nunca há garantias de que vão conseguir isso”, contou o experiente repórter.
O clima se complicou entre James e Lakers, a princípio, com uma notícia boa. O jogador exerceu a sua opção de extensão em contrato e, com isso, confirmou a permanência no time por mais um ano. Mas essa decisão veio acompanhada de uma nota oficial de Paul que, nas entrelinhas, colocou dúvidas se ficaria em Los Angeles. A mensagem foi clara: apesar da paciência, o ala monitora as movimentações da equipe do mercado.
“Rich me disse que reconhecem um elenco que pode ser campeão da NBA quando veem um. E, da mesma forma, eles sabem o que não tem condições para isso. Então, vamos ter uma ideia sobre o que pensam desse Lakers dentro de uma semana. Assim que Rob Pelinka terminar os seus movimentos, em síntese. É quando vão nos mostrar, de fato, como enxergam essa situação”, concluiu McMenamin.
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Nova referência
LeBron James pode estar mais aberto a uma troca para outros times agora, antes de tudo, pelo seu status dentro da franquia. Ele chegou à equipe como líder e referência, mas isso mudou. A (surpreendente) aquisição de Luka Doncic trouxe uma nova linha temporal e prioridade para a organização. O veterano entende a nova realidade, mas também quer ver os seus desejos atendidos.
“LeBron ainda tem alguns poucos anos de carreira e quer vencer. Ele entende que o foco está em Luka e, por isso, precisam priorizar a nova linha do tempo competitiva. Entende que o time tem o que é preciso para fazer isso. Mas, ao mesmo tempo, precisa priorizar e maximizar os seus últimos anos como jogador”, contou o jornalista Chris Haynes, que também conversou com Paul.
O empresário de James garante que não quer ser uma distração para as ações do Lakers no mercado. No entanto, vai fazer o seu trabalho: defender o jogador que agencia. “Rich me confirmou que ele entende que, nesse momento, é importante que a franquia pense em Luka. Mas, ao mesmo tempo, ele é o representante de LeBron. E, enquanto agente, precisa pensar nos interesses do seu cliente”, resumiu McMenamin.
Fim da linha?
Mas será que a troca de LeBron James para outros times é um cenário realista mesmo? Por enquanto, a aposta geral é que não. A novidade, no entanto, é que o ala considera uma saída de Lakers pela primeira vez e rever os planos de aposentadoria na franquia. Segundo Shams Charania, da ESPN, isso nunca pareceu um cenário tão realista quanto diante do panorama atual.
“LeBron está aberto a finalizar a sua carreira fora de Los Angeles. Se não entender que esse time tem condições de ser campeão, certamente, essa possibilidade ganha força. Ele entende que a equipe precisa priorizar o futuro e, com isso, Luka seria o centro de tudo. Mas um jogador da sua idade precisa estar em quadra para competir por títulos, não importa onde seja”, resumiu o influente jornalista.
Fechar uma troca com James não é uma tarefa simples. Afinal, qual time de alto nível está pronto para desmontar a sua base para trazer um jogador de 40 anos? Depois de exercer a sua opção, ele garantiu um salário de mais de US$50 milhões na temporada que vem. E, para piorar, tudo passa pelas mãos do ala por causa do direito de vetar negociações que não lhe interessem.
“LeBron controla a situação inteira porque ainda tem uma cláusula de veto de trocas. Por isso, ele é quem vai dizer se quer ser negociado e com quem aceitar o negócio. Se nós chegarmos a essa situação, para resumir, o processo inteiro vai estar nas mãos dele. O cenário até poderia sugerir que não estivesse mais no controle, mas, de algum jeito, ele ainda está”, explicou a analista da ESPN.
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Primeiras horas
As primeiras horas do Lakers na agência livre, a princípio, não sugerem um cenário tão animador para James. Para começar, os angelinos perderam Dorian Finney-Smith. O especialista defensivo resolveu ir embora de Los Angeles e assinar com um rival direto na conferência: Houston Rockets. Um substituto para o veterano já chegou, mas se trata de um atleta bem menos provado: Jake LaRavia.
Além disso, os californianos não avançaram na busca do principal reforço que buscam: um pivô. A saída de Finney-Smith, aliás, tinha como fundamento viabilizar a chegada desse reforço. Rumores indicavam que a equipe iniciou a offseason com quatro nomes na pauta, mas dois deles já não estão disponíveis. Dos supostos alvos, só Deandre Ayton e Al Horford seguem no mercado.
As movimentações do Lakers sinalizam um novo momento da relação da direção com James nos bastidores. Shelburne apurou que, pela primeira vez, o astro não tem sido consultado sobre as decisões do time na agência livre.
Futuro
A ausência de participação do craque nas decisões do Lakers é um sinal dos planos da equipe para o futuro. Charania e McMenamin apuraram que o time entrou no mercado com a intenção de evitar assinar contratos acima de duas temporadas. Assim, criaria condições de oferecer um contrato máximo em 2027. Brian Windhorst crê que outros times nunca estiveram tão perto de ter a chance de uma troca por LeBron James.
“Eu não quero causar uma polêmica, mas o fato é que esse é o início do fim de LeBron no Lakers. É a primeira vez em sua carreira que vai entrar no ano final de um vínculo sem outro assinado. Então, a questão é: como será esse final? Talvez, seja com uma grande campanha nos playoffs ao lado de Luka. Mas pode ser de uma forma menos agradável para todos também”, concluiu o jornalista da ESPN.
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