Uma saída cheia de rancor do Memphis Grizzlies levou Dillon Brooks para o Houston Rockets. No entanto, em poucos meses, a história teve uma grande reviravolta. O ala-armador, que saiu escorraçado do Tennessee, tornou-se um dos destaques do início de temporada dos texanos. Enquanto isso, a sua ex-equipe amarga um “inferno astral” na antepenúltima colocação do Oeste.
“Eu sou como aquela namorada que você tinha. Você não percebe como ela era boa até que vai embora. Mas não me preocupo com o passado. Estou em Houston agora, pelos próximos três anos após a atual temporada, para construir um futuro com esse elenco. Quero reconduzir essa equipe aos playoffs e, assim, recolocá-la entre as melhores da liga”, afirmou o titular, em entrevista ao jornal Houston Chronicle.
É nesse cenário que Brooks reencontra o Grizzlies pela primeira vez desde a traumática despedida. Vai ser, aliás, a primeira vez que ele vai enfrentar a franquia na carreira. É claro que, antes de tudo, a péssima campanha de Memphis tem a ver com os diversos desfalques que administra nesse começo de campanha. Mas, para o polêmico atleta, tudo gira em torno da falta que ele faz.
“Agora, vocês podem ver que eles não têm aquela postura e atitude. Quem tem postura e atitude somos nós. Para começar, estamos construindo uma identidade que se mostra a cada jogo. E é isso que quero do elenco em que estou. Quero que joguemos uns pelos outros e, com isso, cada um apresente o seu melhor basquete”, sentenciou o defensor, criticando o ex-time.
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Bode expiatório
Não é porque está feliz no Rockets que Dillon Brooks esquece a forma como foi tratado pelo Grizzlies. Afinal, após seis temporadas, ele foi praticamente dispensado de forma pública. A equipe “largou-o” diante das críticas de todos por causa de provocações a LeBron James nos playoffs. Essa história deixou um rastro inegável de rancor. Mas, para o técnico Ime Udoka, veio para a sorte de Houston.
“Dillon está jogando um basquete eficiente, pois tenta os arremessos que precisa tentar. Aliás, eu acho que é subestimado ofensivamente. Fez uma ótima Copa do Mundo com o Canadá e manteve o ritmo aqui. Nós estamos pedindo que faça um pouco mais do que em Memphis e, a princípio, abraçou a função”, elogiou o treinador.
Brooks já disse que acredita ter sido usado como um “bode expiatório” pelo Grizzlies. No entanto, agora, ele é um dos motivos do sucesso do Rockets. “Nós colocamos Dillon no post e permitimos que ataque em quadra aberta também. Mas o que não muda é a sua disposição para passar a bola. Além disso, com a sua postura defensiva, é um cara que dá equilíbrio para a equipe”, completou Udoka.
Defesa contagiosa
A grande mudança do Rockets para justificar a volta por cima do time na classificação aconteceu na defesa. O time, para resumir, passou da segunda marcação menos eficiente da última temporada para a sétima mais eficiente da liga atualmente. E Brooks, certamente, acredita ser um dos protagonistas dessa “revolução”. Ele não tem dúvidas de que contagiou o jovem elenco com a sua disposição e atitude defensiva.
“Acho que os jogadores ficam motivados a competirem mais duro quando veem alguém se esforçando. Eu faço os pequenos sacrifícios e marco o melhor atleta adversário para, assim, tentar contagiar todos. Sou um marcador, assim como Fred [VanVleet]. Então, ninguém quer ser o elo mais fraco. Faz com que todos sintam-se mais responsáveis e ajudem uns aos outros”, concluiu um renovado Brooks.
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