É muito comum ver um jogador provocar outro em quadra. Isso acontece há muito tempo, pois o primeiro acha que vai, de alguma forma, desestabilizar o segundo. Às vezes, o resultado é bom e você consegue o que quer. Mas e se der errado, como Grant Williams fez com Jimmy Butler?
Se nós formos comparar a história do Boston Celtics com a do Miami Heat, todo mundo sabe que existe um abismo. Afinal, até ali, o Celtics de Williams tinha 17 títulos da NBA e o Heat de Butler, apenas três. Claro que aqui estamos ignorando o fato de Boston ter um time desde os anos 40, enquanto Miami veio quatro décadas depois. Mas a soberba atrapalhou tudo.
A falta de humildade e achar que era infinitamente superior fez com que Williams provocasse Butler em um jogo de playoffs. Mas ficou claro, naquele momento, que o ideal não era fazer aquilo. Alguns jogadores não precisam de muita coisa por uma motivação. Michael Jordan, por exemplo, amava quando alguém falasse qualquer coisa. O mínimo era suficiente, como o dia em que Nick Anderson disse que “45 não era 23”, em alusão ao número que Jordan usava em sua volta à NBA.
Tudo bem que nos playoffs de 1995, o Magic venceu o Bulls, mas Jordan mudou da 45 para a 23 após o primeiro jogo (19 pontos). Nas partidas seguintes, ele anotou 38 e 40 na sequência. Grant Williams não devia saber da história.
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Para você provocar alguém ou algum time, é preciso ser espetacular. Do contrário, foi só alguém que falou o que não devia para quem estava quieto. Quando Grant Williams cutucou Jimmy Butler na final de Conferência de 2022/23, o Celtics já estava perdendo a série por 1 a 0. Então, no jogo seguinte, ele provocou quando Boston vencia por 96 a 87.
A vitória parecia certa. Afinal, a partida era em Boston, Williams tinha acabado de fazer uma cesta de três e o Heat de Butler não reagia. Até que…
Grant Williams achou que o certo seria provocar. Era o gigante, o colossal, vencendo um rival. Só que Butler “comprou” a ideia. Assim como Michael Jordan, usou a provocação para fazer 11 pontos depois daquilo. Em seis minutos, o Heat virou e abriu 2 a 0. “Porrada” deles.
A série ainda foi ao jogo sete, mas Miami venceu em Boston mais uma vez e garantiu vaga às finais da NBA. Era o triunfo de Jimmy Butler, que usou a provocação de Grant Williams como “chama”.
Perder após provocar?
Provocar é legal, mas é ainda mais se você sustenta. Do contrário, é apenas soberba. É o cara que senta em cima dos títulos do passado para justificar suas atitudes. Por mais que seja engraçado e ganhe o interesse do público, como aqueles lutadores fazem antes da hora e perdem, o resultado disso pode ser terrível. Não só no jogo em si, mas na sequência. Grant Williams que o diga, pois nunca mais jogou pelo Celtics depois daquela série. E foi parar no Charlotte Hornets.
O esporte é assim. É cheio de caras como Williams, mas existem outros como Butler, que adoram ser questionados. E é ainda pior quando fazem sabendo que vão enfrentar um time muito melhor e fora de casa. Você só joga e tenta fazer o seu melhor. Se vencer, ótimo. Mas se perder, você perdeu tentando. E mais importante: calado.
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