Incógnitas antes do início da temporada 2024/25 da NBA, Los Angeles Lakers e Golden State Warriors fizeram trocas na trade deadline que mudaram os rumos. Hoje, os dois times são muito melhores do que começaram a atual campanha. A evolução das equipes é nítida, enquanto trabalham por objetivos diferentes no momento.
Apesar de os dois times brigarem na mesma divisão, é fato que houve uma melhora muito grande. Lakers e Warriors fizeram o que poderiam fazer, mas até onde podem ir? Hoje, vamos discutir o que está em jogo e o que acontece em quadra com duas das franquias mais populares da liga.
Mas o ponto principal é: antes do início da temporada da NBA, alguém imaginava que Luka Doncic e Jimmy Butler chegariam aos times em trocas? É bem verdade que Butler apareceu em alguns rumores para Golden State, só que jamais foi o favorito ali. Era o Phoenix Suns, por larga vantagem. Por outro lado, absolutamente ninguém pensava que Doncic sairia do Dallas Mavericks.
Os movimentos foram certeiros, mas poderiam ser ainda melhores. Isso porque o Lakers ficou perto de receber o pivô Mark Williams, enquanto o Warriors flertou com Nikola Vucevic. Eram possíveis e dava para entender o que os times queriam ali. No entanto, não aconteceram.
Por mais que o Charlotte Hornets tente jogar a culpa no Lakers pelo fracasso na ida de Williams na trade deadline da NBA, foi o time de North Carolina quem iniciou o processo. Claro, Los Angeles queria um pivô e não escondeu isso de ninguém. Mas sem ele, JJ Redick deu um jeito.
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Não dá para negar: o Lakers é hoje um dos melhores times da NBA. Apesar de não ter o pivô dos sonhos, e nem estamos dizendo que Williams seria isso, Redick fez acontecer. Tudo bem que Jaxson Hayes não inspira confiança alguma, mas a presença de Doncic já o fez evoluir em pouco tempo.
E muita gente falava que a ausência de um jogador minimamente bom poderia causar uma queda prematura nos playoffs. Claro, ainda não chegamos lá. Falta pouco mais de um mês para isso. Mas o Lakers vem de sete vitórias consecutivas e jogando como se Luka estivesse por lá há anos ao lado de LeBron James, brigando por coisas grandes na NBA. Mais que isso, a falta do tal pivô ainda não é exatamente um problema.
Em 14 jogos desde o dia 1° de fevereiro, o Lakers venceu seus adversários da NBA dez vezes na disputa pelos rebotes. E nos que perdeu foi por pouco. No período, o time é o oitavo da liga, com 46.1. Enquanto isso, é o segundo que menos permite rebote oponente, com 41.1.
Defesa faz a diferença
O segredo da evolução do Lakers está na defesa, algo que acontece após as trocas. No mesmo período (14 jogos), o time força seus adversários a apenas 42.9% de aproveitamento nos arremessos gerais, enquanto não tenta adivinhar as jogadas para roubos. Apenas tem uma postura incrível na pressão sobre o jogador que está na bola e cobertura em todos os lados.
Dentro do garrafão, os adversários sofrem contra o Lakers (45.9 pontos, terceira melhor marca da NBA desde então), mas é tão ruim quanto eles tentam de três, com apenas 31.8% de aproveitamento, também a terceira melhor.
Enquanto isso, o Warriors é o segundo que mais provoca erros de oponentes na NBA desde o início de fevereiro, com 17 por jogo. São jogadores que fazem de tudo por seus times. Nisso, o brasileiro Gui Santos se destaca.
Apesar de jogar cerca de 13 minutos desde fevereiro, ele faz os oponentes sofrerem quando o encontram pela frente. São roubos de bola, passes interceptados, rebotes de ataque e muito mais. Tudo aquilo que um adversário odeia enfrentar. Ele faz o time melhor.
Não por menos, no período, o Warriors tem a quarta melhor eficiência defensiva, com 109 pontos por 100 posses de bola, enquanto o Lakers é o primeiro, com 108.
Se defesas são impecáveis, ataques brilham
Lakers e Warriors já tiveram times incríveis nos dois lados da quadra ao longo do tempo na NBA, mas na atual temporada, tudo mudou depois das trocas. Só que tem um detalhe similar no ataque dos dois.
JJ Redick e Steve Kerr, técnicos de Lakers e Warriors respectivamente, pedem para que seus jogadores explorem a cesta mais fácil, de maior porcentagem, perto do aro. Enquanto o time de San Francisco tenta 28.8 arremessos dali, com 63.5%, o de Los Angeles arrisca um pouco menos (26.6), mas com um aproveitamento ainda melhor, 73.2%.
Isso tem a ver com lances em contra-ataque, ponte aérea e pontos após segundas chances. Ou seja, depois de rebotes de ataque.
Aí, cada um é de um jeito. Enquanto o Warriors pune os adversários com 23.7 pontos após erros de ataque e lidera a NBA desde as trocas, o Lakers aproveitando a conexão Doncic-Hayes.
Stephen Curry e LeBron James, os maiores beneficiados
Bem, vamos entender que Curry e James já não são mais jovens. Mas quando chegam jogadores de elite, tudo fica mais fácil. Veja o que acontece no Warriors desde as trocas, por exemplo.
O time de San Francisco vem de dez vitórias nos últimos 14 jogos e subiu para o sexto lugar no Oeste, o último que dá vaga direta aos playoffs. A presença de Jimmy Butler faz Curry parecer mais jovem. O Warriors cresce em um momento em que seus rivais na NBA passam por momento instável. Houston Rockets e Memphis Grizzlies perderam seus últimos jogos, enquanto Golden State cresce no momento certo.
Desde as trocas, Lakers e Warriors são dois dos times mais “quentes” da NBA.
Enquanto Butler tira a pressão de Curry no Warriors, Doncic faz o mesmo com LeBron no Lakers. Aliás, nem parece que James fez 40 anos em dezembro.
Playoffs
Os dois times cresceram de produção na hora certa. Falta pouco mais de um mês para o fim da fase regular, então o negócio é não perder ninguém por lesão no momento mais importante da temporada.
O Lakers, de fato, parece mais “cascudo” do que o Warriors. Mas é algo que não dá para tirar de uma equipe que venceu quatro vezes desde 2015. Então, tem muito a ver com os reforços que chegaram nas trocas, mas ainda com seus protagonistas.
Claro que em Los Angeles, Doncic também é protagonista. Mas ali é porque alguém fez o favor de juntar dois dos maiores jogadores dos últimos anos, né? Quem ofereceu o esloveno ao Lakers foi o Dallas Mavericks, que se arrasta no momento em que deveria brigar no topo da NBA.
Não dá para prever muito ainda. É preciso saber se Lakers e Warriors estarão onde estão hoje, além de seus adversários nos playoffs. Mas que é legal ver grandes ídolos da NBA brigando por coisa séria, isso é.
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