A demissão de Tom Thibodeau do cargo de treinador do New York Knicks causou choque entre fãs, analistas e jogadores. Afinal, poucos imaginavam que a franquia dispensaria o técnico após chegar às finais do Leste. Mas isso não quer dizer que a notícia não foi bem recebida. Segundo Ian Begley, da rede Sports NY, o elenco tinha o desejo não declarado de uma mudança no comando.
“Havia respeito de todos os jogadores com Tom, a princípio. Um respeito que não temos certeza se já existe em relação a Mike Brown, pois acabou de chegar. Acho que ele vai precisar construir isso com todos os veteranos do time – em particular, Jalen Brunson. Mas a verdade é que alguns dos atletas já estavam prontos e queriam uma nova voz no vestiário”, contou o experiente jornalista.
O Knicks anunciou a dispensa de Thibodeau dias após a eliminação do time dos últimos playoffs. Até aí, tudo bem. Mas essa campanha foi o melhor resultado da equipe nesse século. Foi a primeira vez que a franquia chegou à decisão de conferência desde 2001, depois de ganhar o segundo maior número de jogos em uma temporada desde então. Tudo isso, no entanto, não lhe garantiu o apoio pleno dos atletas.
“Todos os jogadores gostavam de Tom, mas a verdade é que nenhum deles subiu o tom para defendê-lo da demissão. Apesar de vários atletas serem bem próximos deles, eu fiquei sabendo que ninguém ameaçou sair ou se rebelar se ele fosse dispensado. Então, a vantagem de Mike para começar o trabalho é que o elenco está aberto a mudanças”, apontou Begley.
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Nova voz
Essa não é a primeira vez, aliás, que se aponta que os jogadores do Knicks queriam a saída de Tom Thibodeau. Ou, se isso não era uma vontade, ninguém fazia questão de brigar para que ele ficasse no cargo. De acordo com Ramona Shelburne, da ESPN, os principais atletas foram consultados sobre o estado do time depois da eliminação. Eles não falaram em demiti-lo, mas deixaram nas entrelinhas.
“Antes do anúncio da decisão, a direção se reuniu com vários jogadores e membros da comissão técnica. Em particular, os atletas mais importantes da rotação. Todos deram as suas opiniões sobre o futuro da equipe. E, depois das conversas, ficou claro para os executivos que uma nova voz era necessária no vestiário para avançar”, informou a repórter.
Essa sensação ressoou nos bastidores porque a diretoria também queria trocar o técnico. Há mais tempo do que se pensa, muito antes da ótima campanha nos playoffs. “Apesar do impacto da eliminação, os dirigentes já caminhavam para demitir Tom há meses. O time, afinal, não conseguiu maximizar o talento do elenco e dos seus astros dentro de quadra”, completou Shelburne.
Outra direção
A visão geral é que, apesar de ser finalista do Leste, o Knicks de Thibodeau nunca jogou um basquete de primeira linha. Tinha um ataque bem produtivo, mas a defesa abaixo da média da NBA. Ou seja, o contrário da maior parte dos times que o técnico comandou na carreira. O presidente de operações da franquia, Leon Rose, indicou que a mudança foi necessária para dar o “último passo”.
“A nossa organização está focada, acima de tudo, em ganhar um título para os nossos fãs. Essa procura nos levou à dura decisão de buscar outra direção. Nós não podemos agradecer o bastante Tom por dedicar o seu coração e alma ao Knicks. Afinal, ele nos liderou com classe e profissionalismo nos últimos cinco anos. Tivemos muito sucesso, mas sentimos que isso é o melhor para a franquia”, resumiu Rose.
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