Os números de arremessos de três mudaram a história da NBA, com jogadores cada vez mais especialistas no assunto. A “revolução” causada pelo Golden State Warriors na década passada, quando passou a dar prioridade máxima para Stephen Curry e Klay Thompson terem boas condições de arremessar, foi o estopim. Quase no mesmo período, o Houston Rockets de Mike D’Antoni passou a explorar ainda mais esse estilo de jogo.
A lógica é simples: os arremessos de três são tão difíceis quanto bolas longas de dois (os midrange), mas valem mais. Então, a prioridade passa a ser a bola tripla. Na prática, isso mudou totalmente a liga. Pivôs agora também têm que saber arremessar e serem mais rápidos para marcar o perímetro. Alguns jogadores inflam os números de arremessos de três por jogo na NBA arriscando mais que a tentativa de dois.
E alguns deles simplesmente priorizam a bola tripla acima mesmo de bandejas e arremessos curtos de dois. Atualmente, entre os 150 melhores arremessadores de três da liga, 40 deles preferem essa bola do que as de dois comuns.
E é claro que um deles seria Stephen Curry. O armador tem 192 arremessos de três feitas na temporada, em 490 tentativas – 39.2% de aproveitamento. Quando o assunto são as bolas de dois, porém, o camisa 30 só tentou 151.
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Assim, Malik Beasley, do Detroit Pistons, é o segundo da liga em mais bolas de três convertidas. Foram 212 em 511 tentativas, 41.5% de aproveitamento, De bolas de dois, o entanto, acertou só 100.
Outros nomes também aparecem na lista, como Derrick White, Payton Pritchard, Klay Thompson e Jordan Poole. O caso mais curioso, porém, é o de AJ Green, do Milwaukee Bucks, que fez 96 bolas de três para somente 20 de dois. Mais impressionante ainda é que ele só tentou 43 bolas de dentro do perímetro, contra 225 de fora.
Mudanças?
Contudo, não dá pra dizer que a questão não vem sendo comentada. Adam Silver, comissário da liga, é pressionado por analistas e torcida para tomar uma providência. Os índices de audiência da NBA caindo nos Estados Unidos seriam, segundo os críticos, reflexo da “revolução de três”.
Silver já se pronunciou sobre o assunto, declarando que “Estamos tendo discussões sobre isso. Eu não falaria que é um problema só da cesta de três. Acho que é algo sobre quão bom os jogadores são, quão diverso os ataques podem ser”.
“Adoro assistir os jogos, e acho que estamos com os melhores jogadores do mundo. Então, acho injusto colocar alguns como ‘arremessadores de três’ e outros como ‘pivôs defensores’, por exemplo”, completou.
Perguntado se pensa em reduzir a liga, Silver se mostrou contra a ideia, mesmo com números mostrando que jogadores já estão tentando mais arremessos de três do que de dois na NBA.
“Historicamente, em alguns momentos, movemos a linha de três pontos”, disse Silver. “Não acho que essa seja a solução aqui, porque, ao analisarmos tanto o jogo quanto os dados, isso pode não necessariamente resultar em mais arremessos de média distância, se é isso que as pessoas querem, mas sim em mais congestionamento sob a cesta”.
Dessa forma, a NBA é feita de revoluções. Os anos 2000 foram dominados por times bons defensivamente e jogos com poucos pontos. Os anos 2010 viram o surgimento dos supertimes, com Boston Celtics, Miami Heat e eventualmente o Warriors. Depois, as bolas de três. Sempre terão novos elementos, e cabe aos jogadores e equipes se adaptarem. Mas os arremessos triplos vieram pra ficar, de forma que o recorde de Stephen Curry não irá durar pra sempre. Isso, com certeza.
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