Ninguém tem dúvidas de que Nikola Jokic é a grande referência da seleção da Sérvia. O astro, afinal, é considerado o melhor jogador de basquete do mundo e já liderou o time nacional a duas medalhas olímpicas. Então, é normal lhe dar um protagonismo ao falar da equipe, certo? Sim, mas isso não agrada o técnico Svestislav Pesic. O treinador fez um discurso duro contra essa visão “personalista” antes da disputa do Eurobasket.
“Esse não é o time de Nikola, antes de tudo. Não é Nikola, Bogdan Bogdanovic e mais dez jogadores. É uma equipe com 12 atletas que inclui os dois. E, assim que as pessoas virem isso, vão entender por que nós somos um time. Certamente, ambos são incríveis e não há grandes equipes sem lideranças técnicas. Mas somos um grupo de qualidade, acima de tudo”, garantiu o veterano treinador.
Avaliar a Sérvia com os olhos focados só em Jokic, de fato, é ignorar um grande elenco. Para começar, além de Bogdanovic, a equipe ainda conta com outros três jogadores de NBA: Nikola Jovic, Nikola Topic e Tristan Vukcevic. Há outros cinco nomes no grupo que já passaram pelo basquete dos EUA. Vasilije Micic, por exemplo, acaba de deixar a liga para ser o atleta mais bem pago do basquete europeu.
“Eu sempre digo aos meus jogadores que nenhum deles vai ser Nikola. Mas, da mesma forma, Nikola nunca vai ser um deles também. Cada um é cada um e, por isso, devem entregar o seu melhor para que sejamos bons juntos. Todos os atletas do elenco têm qualidade, então vocês deveriam falar sobre todos. Não nos resumam a um ou outro, por favor”, pediu Pesic, que comanda a seleção desde 2021.
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Competição
A seleção sérvia e Nikola Jokic vão iniciar o Eurobasket em busca de redenção. É uma chance, de certa forma, de reescrever uma história amarga. O time também era um dos favoritos na última edição do torneio continental, mas foi surpreendentemente eliminado nas oitavas-de-final. Para Pesic, essa é uma lembrança constante de que não há jogos fáceis nessa competição.
“Nas últimas Olimpíadas, três dos quatro semifinalistas eram europeus. Os dois finalistas da Copa do Mundo mais recente, além disso, são da Europa. Por isso, garanto que esse é o nível mais alto de competição que pode achar no mundo do basquete em termos de qualidade. Mesmo se o seu padrão de comparação for a NBA ou a Euroliga”, analisou o treinador de 75 anos.
O jogo europeu apresenta um contraste interessante, em particular, com o que vemos nos EUA. O único problema para Pesic, a princípio, é a frequência do torneio. “Eu sinto falta de quando o Eurobasket acontecia a cada dois anos. Gostaria que voltasse a ser assim. Pois, depois da NBA, o basquete europeu é quem mais chama a atenção e tem mais sucesso financeiro no mundo”, explicou.
Favoritos
A presença de Nikola Jokic é um dos motivos que colocam a seleção da Sérvia entre as principais candidatas ao título. Mas, em um torneio com nível tão alto, os postulantes ao título são vários. Tudo fica ainda mais incerto porque – tirando os sérvios – as equipes de mais sucesso recente no continente estão desfalcadas. Pesic aposta em um torneio com abertura para qualquer um ser campeão.
“A Turquia também é uma das favoritas, certamente. E você ainda tem equipes como a Lituânia, Letônia e até a Itália. A Grécia tem Giannis Antetokounmpo, então precisa estar na discussão. É um campo aberto, pois a Alemanha, França e Espanha estão sem os seus principais atletas. É difícil compensar o nível de talento que não vão ter à disposição. Tudo pode acontecer”, projetou o veterano.
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