Russell Westbrook ainda é um dos melhores jogadores da NBA? Até parecia ser um consenso que não, mas o fim da última temporada voltou a trazer dúvidas. O astro do Los Angeles Clippers teve um ótimo fim de temporada e, assim, revitalizou a carreira. A discussão está reaberta. Para o colega Paul George, por exemplo, ele frustrou os críticos e provou que segue entre a elite da liga.
“Eu sei o que os jogadores da liga podem fazer. Sei o quão bons são, então posso fazer um ranking para vocês. E, por isso, garanto que Russell é melhor do que só um TOP 50. Ele ainda está entre os 25 melhores dessa liga. Para começar, segue como um triplo-duplo ambulante. Mas, acima de tudo, provou conosco que ainda pode dominar jogos”, afirmou o ala, na última edição do seu podcast.
Westbrook chegou ao Clippers em fevereiro passado, após um período criticado no Los Angeles Lakers. George, aliás, fez forte campanha pela sua contratação. E, em meio a contestações, performou o seu melhor basquete em anos. Nos playoffs, depois das lesões dos astros do elenco, assumiu o comando do time. Mesmo assim, a ESPN listou-o só como o 93º melhor jogador da NBA em um recente ranking.
“Russell provou que pode ser uma primeira opção ofensiva nos playoffs há poucos meses. Ainda defende, além disso, em alto nível. Simplesmente não há 24 atletas na liga que podem resolver partidas nos dois lados da quadra como esse cara. E, aliás, é um desrespeito sugerir que Scoot Henderson sem nenhum jogo na liga já seria melhor do que ele”, completou o craque angelino.
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Mudança de cultura
A importância de Westbrook foi visível dentro de quadra desde que desembarcou no Clippers. No entanto, para George, o seu impacto vai além do que quem está fora pode enxergar. O que vimos nas quatro linhas, por melhor que seja, não dá uma dimensão do impacto do armador. O ala acredita que o amigo causou uma mudança de sua cultura e, portanto, mantê-lo virou algo fundamental.
“Eu estou feliz por mantermos Russell nessa equipe. A sua passagem pode ter sido muito rápido, mas ele já é bem importante para o nosso elenco. Afinal, em poucos meses, sinto que mudou a cultura inteira da franquia com a sua mentalidade. Esse cara não só faz de tudo em quadra, mas impacta o ambiente com o seu caráter. A sua permanência, por isso, significa demais”, avaliou o astro.
Westbrook foi agente livre na última offseason e estava limitado a receber menos de US$4 milhões anuais no Clippers. Outros times, certamente, poderiam realizar ofertas bem maiores. Mas ele nem pensou em deixar a equipe que reavivou a sua carreira. Para George, um jogador desse nível abdicar de tanto dinheiro é a prova de seu compromisso com a competitividade.
“Nós temos que reconhecer, antes de tudo, a postura de Russell. É um sensacional negócio para o time, pois assinar com um atleta desse nível por um salário quase mínimo foi um ‘assalto’. Ele poderia embolsar uns US$10 milhões por temporada por aí, mas a sua decisão não me surpreendeu. Ele está tão bem conosco que já não pensa mais em dinheiro”, revelou George.
Criticismo
As discordâncias sobre ser um dos melhores jogadores da NBA, aliás, não é uma novidade para Russell Westbrook. A carreira do armador, afinal, sempre esteve intimamente ligada ao criticismo. O seu jogo acelerado e agressivo, em síntese, desafia os limites entre o besta e o bestial. Mas, entrando na 16ª temporada na NBA, ele já aprendeu a conviver – e ignorar – com o senso comum.
“Quando entro em quadra, o meu pensamento é só deixar o jogo fácil para todos. E, por isso, estou pronto para ser um alvo. Podem mandar todas as críticas para mim, pois não me importo. Nunca vou ‘apontar o dedo’ para um companheiro ou fugir da responsabilidade porque assumo o que é minha culpa. E, ainda que não seja, não tem problema. É tudo pelo time”, explicou o craque.
Westbrook sabe que, após mais de 1.000 partidas na NBA, a visão popular sobre o seu jogo não vai mudar. Mas ele não se sente intimidado por isso. “Podem falar o que quiserem, pois eu só tento jogar basquete da forma correta. Sei que isso não me trouxe campeonatos ainda, mas sinto que sempre fui o melhor jogador que poderia. E, se dei o meu melhor, ok”, finalizou.
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Revoltado
E não foi só George a revoltar-se com Russell Westbrook fora de uma lista de 75 melhores jogadores da NBA. O ex-jogador Kenyon Martin, por exemplo, saiu em defesa do armador durante o podcast de Gilbert Arenas. Chamou os votantes do ranking da ESPN de idiotas e acusou-os de desrespeito. Para resumir, o ala-pivô aposentado não vê como entender de basquete e argumentar algo assim.
“Em primeiro lugar, eu desafio qualquer um a mostrar-me 93 melhores jogadores do que Russell na liga hoje. Esses caras colocaram dois caras que não disputaram um minuto na NBA acima dele. Scoot e Victor Wembanyama nem entraram em quadra. Vocês estão malucos ou de palhaçada comigo? Parem com essa loucura, pois não sabem nada”, disparou o pai de um dos atletas do Clippers.
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