A chegada de Russell Westbrook ao Los Angeles Clippers marca o seu reencontro com o amigo Paul George. E, aliás, o ala fez uma intensa articulação para voltar a jogar com o ex-parceiro de Oklahoma City Thunder. A equipe, afinal, precisou ser convencida a contratar o armador. Segundo Brian Windhorst, da ESPN, a pressão pública e nos bastidores do astro levou o time angelino a investir no veterano.
“Os dirigentes da franquia já praticamente admitiram que Paul foi quem motivou a decisão. Internamente, a princípio, eles não estavam convencidos sobre contratar Russell. Mas ele fez pressão tanto interna, quanto publicamente por esse acordo. Kawhi Leonard, em seguida, apoiou o colega. Por isso, eles reavaliaram e viram que talvez pudesse ajudar”, revelou o experiente jornalista.
O presidente de operações do time, Lawrence Frank, revelou ter tido uma conversa franca com Westbrook antes de assinar contrato. Então, tudo levava a crer que ele assumiria um papel menor do que o habitual. Na estreia pela equipe, no entanto, o craque foi titular e jogou 40 minutos pelos angelinos. A anterior primeira opção da armação, Terance Mann, por sua vez, esteve em quadra só 18 minutos.
“Frank disse que foram muito claros com Russell sobre a sua função na equipe. Mas existem esses rumores de que ele vai ser titular em longo prazo. Não dá para dizer que o seu papel vai ser ‘controlado’ e, então, colocá-lo em quadra por 35 minutos. Essa equipe, afinal, começava a jogar o seu melhor basquete na temporada com Terance Mann na armação”, argumentou o repórter.
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Contradição
Windhorst, aliás, não é o único que acredita que Paul George praticamente forçou o Clippers a contratar Russell Westbrook. A contradição entre o discurso da franquia e o perfil da contratação, para começar, é muito evidente e chamou a atenção de muita gente. O comentarista Zach Lowe, também da ESPN, expôs como a decisão foi uma contradição por parte da direção angelina.
“Em primeiro lugar, antes da trade deadline, Lawrence Frank descreveu o armador que procuravam no mercado. Ele falou em alguém que defendesse e arremessasse de três pontos. Que compreendesse, mais do que isso, que a bola vai ficar na mão de Kawhi e Paul em 60% do tempo. E esse perfil simplesmente não é Russell. Não tem nada a ver”, cravou o conceituado analista, aos risos.
O alinhamento de posições também não aconteceu com o treinador Tyronn Lue. A titularidade com 40 minutos de quadra, afinal, sinaliza que o técnico tem planos muito maiores para o novo reforço. Maiores, por sinal, do que a maioria poderia imaginar. Lowe não está confiante, por enquanto, com as perspectivas para o Clippers se isso for uma constante para o resto da temporada.
“Tyronn falou que Russell vai ter a bola nas mãos o tempo inteiro e pode fazer um triplo-duplo todas as noites. Se for isso, então ele é uma das maiores apostas de fim de temporada da história da liga. Eu não vejo isso funcionando melhor do que qualquer coisa que eles já tentaram. Ou, por exemplo, qualquer jogador que passou pelo seu sistema anteriormente”, concluiu o comentarista.
Mudança de posição
Mudar de opinião, certamente, é algo comum para o ser humano. E parece que foi o que aconteceu com Frank. Ele estava muito animado durante a apresentação de Russell Westbrook pelo Clippers, independentemente da felicidade de Paul George. O presidente de operações, no entanto, reconheceu que busca ouvir as pessoas dentro da organização antes de tomar decisões importantes.
“Nós sempre ouvimos todos aqui dentro, pois trazem diferentes perspectivas sobre um assunto. Paul e Kawhi, então, importam. Tyronn tem voz. E os nossos olheiros importam também. Nós valorizamos todas as vozes e, por isso, acho que é crucial ter um diálogo aberto internamente. Mas é a minha função tomar a decisão final que seja o melhor para o time”, explicou o ex-técnico.
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