O jogo da eliminação do Denver Nuggets dos playoffs teve Aaron Gordon como um dos símbolos. Mas, apesar da derrota do time, o ala-pivô saiu em alta. O titular entrou em quadra no sacrifício por causa de uma lesão de grau dois na coxa esquerda. Foi muito claro para quem assistiu à partida que ele não tinha condições físicas para atuar. Ficar de fora, no entanto, nunca esteve em cogitação para o atleta.
“Nunca houve dúvidas em minha cabeça que jogaria essa partida. A única coisa que me fez questionar isso foram os exames, pois mostraram uma situação pior do que sentia. Eu sempre soube dos riscos envolvidos em entrar em quadra desse jeito. As contusões fazem parte do esporte, então sabia dos riscos. Mas queria estar lá dentro pelos meus companheiros”, disse o veterano, depois da derrota por 125 a 93.
O estiramento na coxa de Gordon, a princípio, deve exigir – no mínimo – um mês de recuperação. Tanto que o repórter Shams Charania, da ESPN, chegou a cravar que ele estava fora dos playoffs. Deu para ver que o atleta de 29 anos, em alguns momentos, “arrastava-se” correndo de um lado a outro da quadra. Mas ele ficou 26 minutos em ação, registrando oito pontos e 11 rebotes no duelo.
“Aaron foi incrível hoje, antes de tudo. Eu valorizo muito o que entregou porque vários jogadores não tentariam nem correr em sua situação física. Nem pensariam em jogar. Mas ele fez isso em um sétimo jogo de série de playoffs, fora de casa, contra o melhor time da liga. Certamente, isso é uma das coisas mais incríveis que já vi nessa liga”, exaltou o técnico David Adelman.
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Conselho
A presença de Aaron Gordon em jogo motivou elogios do elenco inteiro do Nuggets. Todos os atletas que conversaram com a imprensa falaram do esforço “impossível” do ala-pivô para estar em quadra. Acima de tudo, reconheceram o risco em que o colega colocou-se para ajudar a equipe. O craque Nikola Jokic, por exemplo, não escondeu que aconselhou o veterano a não participar da partida.
“Eu vou ser sincero: disse-lhe para não jogar. Afinal, Aaron poderia agravar essa lesão. Você notava que ele estava com um pouco de dificuldades só para se movimentar, por exemplo. Mas esse cara é um leão. Ele entrou em quadra, apesar de tudo, e lutou por nós. Eu só posso elogiar um esforço desse nível”, reverenciou o finalista ao prêmio de MVP da temporada.
Jamal Murray atuou nos playoffs do ano passado com uma lesão mais simples do que Gordon sofreu agora. Por isso, entende o que significou o sacrifício do titular na prática. “Eu joguei com um estiramento de grau um na panturrilha na pós-temporada passada. Então, sei que não é fácil. Aaron deu muito mais para o time hoje do que poderíamos pedir”, reconheceu o armador.
Ritmo frenético
Os jogadores costumam gostar dos playoffs, para além da (óbvia) questão competitiva, pelo intervalo entre as partidas. O ritmo das datas, afinal, “desacelera” em relação ao ritmo frenético da temporada regular. Mas não foi assim no caso do Nuggets. Denver atuava dia sim, dia não há mais de duas semanas. Gordon crê que essa é uma questão crítica em que a NBA deveria pensar.
“Eu gostaria que houvesse alguns dias de intervalo entre os jogos e, assim, não atuasse dia sim, dia não. Não importa se a série tem quatro ou sete partidas. Isso ajudaria não só a recuperação de todos, mas garanto que o produto entregue ao público seria muito melhor. Vocês veriam jogos de mais alto nível. E, ao mesmo tempo, menos atropelos”, projetou o ala-pivô de Denver.
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