NBA: Knicks escapa com vitória, apesar de Tom Thibodeau

Time de Nova York vence terceiro jogo da série e segue com chances

NBA Knicks Tom Thibodeau Fonte: Reprodução / X

Vamos entender algumas coisas. O New York Knicks só está vivo na série de playoffs da NBA contra o Indiana Pacers por causa e apesar de Tom Thibodeau. Seu sistema rígido, com rotação curta, mais atrapalha do que ajuda. Mas é bem verdade que ele não tem muito mais de onde tirar. Será?

Primeiro, Thibodeau passa longe de ser um técnico ruim. Não é espetacular, mas faz bons ajustes defensivos. Sabe usar quase todas as cartas na manga. No entanto, não fosse o problema de Jalen Brunson com faltas, poderíamos estar falando que o Knicks estaria virtualmente eliminado e teria de pensar o que fazer na offseason da NBA.

Isso porque nenhum time na história da liga conseguiu virar uma série após estar perdendo por 3 a 0. Simples assim. Não teria como. Brunson é um armador espetacular e, sem Thibodeau, o Knicks não estaria onde está hoje. Mas o armador foi muito mal em boa parte do tempo que esteve em quadra.

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Brunson individualizou as jogadas em isolação, como sempre faz. Mas a defesa do Pacers o marcava muito bem, especialmente por Aaron Nesmith e Andrew Nembhard. Aliás, todo mundo sabia que os dois seriam os responsáveis pelo astro. Nos dois primeiros jogos, o armador pontuou como quis, mas cometeu muitos erros de ataque e o time saiu de Nova York levando um 2 a 0 muito perigoso.

Só que a gente já havia mostrado aqui no Jumper Brasil que o time de Thibodeau vem jogando melhor fora de casa nos playoffs da NBA. Afinal, soma, agora, seis vitórias em sete jogos longe de Nova York.

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E Tom Thibodeau já conseguiu fazer o Knicks virar outros jogos nos playoffs 2025 da NBA. Foi assim contra o Detroit Pistons e o Boston Celtics, ambos fora de casa. Enquanto isso, perdeu cinco das oito partidas em seus domínios. É um caso muito atípico.

Mas na vitória sobre o Pacers, nesse domingo, Thibodeau dificilmente tiraria Brunson de quadra, pois é o grande cestinha do Knicks. E é normal dizer isso, porque o armador já liderou o time em tantos jogos que seria até bobagem pensar diferente. Só que as faltas que fez, algumas delas sem muito sentido, aliás, fizeram com que o técnico não tivesse outra opção a não ser em deixar o camisa 11 no banco.

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E tudo piorou quando ele fez a quinta falta pouco depois que o Knicks virou sobre o Pacers e Thibodeau o sacou de novo. Brunson só voltou quando faltavam pouco menos de dois minutos para o fim.

No entanto, a teimosia do treinador teve de ser deixada de lado quando optou por outro especialista em defesa, além de Miles McBride: Delon Wright. Normalmente, Thibodeau usava Cameron Payne aqui como terceiro armador do Knicks. Então, bingo. Grande acerto. Por linhas tortas, mas foi perfeito.

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Mas ele errou já na escalação…

Tudo o que fizesse depois daquilo, teria de ser melhor. Sem dúvida alguma.

Tom Thibodeau erra, mas corrige

Já defendi a escalação de Mitchell Robinson em outras séries. Contra o Boston Celtics, por exemplo, Tom Thibodeau poderia usar Robinson ao lado de Karl-Anthony Towns, desde que o adversário jogasse com Kristaps Porzingis e Al Horford ao mesmo tempo. Ou diante do Pistons, se estivessem lá Isaiah Stewart e Jalen Duren em quadra.

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Até poderia ser contra o Cleveland Cavaliers, que usou Jarrett Allen com Evan Mobley. Mas o Pacers resolveu isso antes.

Do contrário, se vai encarar um bom marcador, ele jamais pode cair para Towns. E é bem simples isso.

Se Tom Thibodeau escala o Knicks com Robinson, imediatamente, ele vai cair para o pivô adversário, seja nos playoffs ou em temporada regular da NBA. E quem era o marcador de Towns? Myles Turner.

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Daí o problema. Se Turner pega Robinson, Towns vai para Pascal Siakam. Aí, amigo, o papo é bem diferente.

Apesar de Turner dar muitos tocos, ele leva 365 dias para entender que houve uma troca na marcação e é extremamente lento lateralmente. Não por menos, o Pacers foi o quinto time que mais sofreu pontos no garrafão em toda a fase regular da NBA e o Knicks sabia disso.

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Quando Towns ficou para Siakam, o Knicks não tinha mais uma segunda opção ofensiva tão válida assim, enquanto Brunson estava fazendo um de seus piores primeiros tempos na NBA desde que virou astro. Eram tantos arremessos ruins dos dois que o time não pontuava.

Literalmente. Foram mais de quatro minutos sem um ponto sequer quando o Pacers saiu de uma liderança de sete para 20. A reação, de fato, só veio no último quarto.

A redenção de Tom Thibodeau

Assim que começou o quarto período, Thibodeau manteve Brunson no banco, com medo de ele fazer a quinta falta e pensando em deixar o Knicks mais sólido na defesa. Assim, o técnico colocou McBride e Wright no perímetro. Josh Hart, que por várias vezes foi o principal organizador do time no segundo tempo, defendia e se jogava por rebotes ou bolas perdidas. Enquanto isso, o técnico usava Landry Shamet como isca, além de Towns.

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E deu muito certo, pois a defesa do Pacers tinha de se preocupar com cinco jogadores que poderiam arremessar de três. Apesar de Shamet não passar nem perto de ser um bom defensor, Tom Thibodeau sabia que o Knicks tinha de fazer algo diferente para seguir vivo na NBA.

Como todas as atenções se voltaram para Towns, marcado no último quarto por Turner, o Pacers não tinha o que fazer. Afinal, se o pivô de Indiana não marcasse o do Knicks, ele ficaria muito mais exposto e Thibodeau entendeu isso.

Fez com que Towns explorasse Turner cada vez mais. Mas aí veio a quinta falta de Brunson e seus planos quase foram pelos ares. Para quem não percebeu, Robinson só entrou no último quarto quando restavam 37 segundos. Ou seja, Indiana não podia mais fazer falta no pivô fora da bola.

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Quando Brunson voltou (e pontuou nas duas vezes que pisou em quadra no último quarto), o Pacers estava perdido com a marcação do Knicks e as armadilhas que Thibodeau jogou ali.

Ou seja, Thibodeau errou quando escalou Robinson, erraria se deixasse Brunson em quadra, mas acertou depois. Até porque, sem o armador, a bola rodou muito mais e a defesa foi perfeita no último quarto.

Apesar de Tom Thibodeau e por causa dele (e Towns), o Knicks segue vivo nos playoffs da NBA.

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