Fonte: Reprodução / XVictor Wembanyama e o San Antonio Spurs foram a grande sensação dos primeiros dias de temporada, mas as derrotas começaram a acontecer. A equipe perdeu dois jogos em sequência, depois de iniciar a campanha com cinco vitórias. Ninguém pensava que os texanos teriam um ponto de partida tão bom, então não pode ser um “choque de realidade”? O astro francês encara a oscilação de uma forma diferente.
“Essas derrotas não preocupam. Afinal, quanto mais melhoramos como time e do ponto de vista individual, mais os rivais da NBA vão se preparar para nos marcar. Sinto que todos estão mais preparados do que nunca para nos enfrentar. Mas temos que estar prontos, da mesma forma, para responder isso. São desafios que só vão nos fazer melhores bem rápido”, projetou o jovem craque.
O Spurs perdeu a invencibilidade nessa temporada no último domingo, contra o Phoenix Suns. Aliás, o jogo marcou a pior atuação de Victor Wembanyama na campanha. Os texanos, então, perderam para o Los Angeles Lakers nessa quarta-feira. Era uma vitória que parecia sob controle, pois o time chegou ao último quarto com oito pontos de frente. Apesar da decepção, o elenco tentou ver o lado positivo da partida.
“Nós tivemos um segundo tempo bem duro, mas, mesmo assim, estivemos na liderança. Deixamos escapar a vitória porque cedemos muitos lances livres. A gente ‘permitiu’ que Los Angeles voltasse para o jogo. No entanto, aposto em nossa recuperação e de Victor também. Ele trabalha duro e, acima de tudo, tem a mentalidade competitiva certa. Nós vamos reencontrar o rumo”, garantiu Stephon Castle.
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Dobrando
As derrotas do Spurs, não por acaso, tiveram performances abaixo da média de Victor Wembanyama. Ele não atuou tão mal contra o Lakers quanto diante do Suns, mas, ainda assim, decepcionou. Anotou 19 pontos, enquanto só acertou cinco de 14 arremessos de quadra. O jovem admite que as duas equipes acharam uma forma de “atrapalhar” o seu ritmo.
“Eu acho que, em síntese, os times estavam ‘dobrando’ marcação em mim. Parece que, assim que recebia a bola, estavam prontos para rotacionar rápido e trazer um segundo defensor. É provável que nos estudaram bastante, pois estavam bem entrosados e prontos para esse tipo de abordagem. É uma experiência um pouco diferente para mim aqui”, contou o atleta de 21 anos.
Wembanyama crê que lidar com as marcações duplas é uma questão que não só ele, mas o time precisa aprender a enfrentar. “Eu nunca vi esse tipo de defesa antes. Então, acho que precisamos nos adaptar enquanto equipe. Phoenix e Los Angeles estagnaram o nosso ataque, mas é uma curva de aprendizado. Certamente, nós vamos superar”, concluiu.
Ajuda coletiva
Todos no Spurs, a princípio, estão prontos para ajudarem a recolocar Wembanyama no ritmo dos primeiros jogos da temporada. Em particular, o técnico Mitch Johnson. Ele encara a oscilação do francês como algo esperado e que vai exigir uma postura mais ativa do próprio jogador. Mas também é o seu trabalho, assim como dos colegas de elenco, dar boas condições para que o fenômeno pontue.
“Nós temos que colocar a bola nas mãos de Victor em melhores posições na quadra. E, mais do que isso, mais cedo para que possa atacar as defesas menos preparadas. Mas, ao mesmo tempo, ele precisa ser mais ativo e pedir a posse. E, se não receber, deve gritar com todo mundo em quadra – inclusive, comigo. Eu garanto que ele vai ficar bem”, cravou o treinador texano.
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