Já virou uma tradição: a NBA vai realizar mais uma mudança no formato de disputa do All-Star Game na próxima temporada. A liga deve atender uma sugestão comum entre os torcedores e, com isso, tornar o jogo festivo em um duelo internacional. O time dos astros dos EUA vai encarar as estrelas do resto do mundo em fevereiro de 2026. Para Stephen A. Smith, essa é a última esperança de salvação para o evento.
“Se essa alternativa não funcionar, eu acho que vamos ver a NBA simplesmente desistir. Ou seja, o Jogo das Estrelas vai acabar de vez. E, assim, essa geração de jogadores vai ficar conhecida para sempre como aquele que acabou com o evento. Isso seria terrível, pois nunca aconteceu antes. Essas pessoas vão destruir uma tradição do esporte por causa de falta de esforço”, projetou o comentarista da ESPN.
O discurso de Smith gerou uma reação de um dos principais craques norte-americanos da NBA. Kevin Durant repostou um vídeo da declaração e, em seguida, publicou uma palavra: dramático. Afinal, é improvável que o evento seja cancelado visto o seu valor histórico e comercial. Mas o analista crê que drama pode ser o resultado para os atletas se mantiverem uma postura mais “desligada” nesse novo formato.
“A NBA é a nossa marca global nos esportes, pois as outras ligas ainda estão atrás dela em termos de popularidade ao redor do planeta. E, se os jogadores dos EUA não forem mais respeitados por falta de esforço enfrentando os astros internacionais, isso vai ter um peso. Abala as suas imagens, as suas marcas para o mundo. E nós sabemos como essas duas coisas são importantes para esses caras”, explicou o veterano.
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Vergonha
A NBA tentou vários formatos no All-Star Game nos últimos anos. Mas quase tudo teve a ver mais com uma questão de fórmula de disputa. Houve quem acusasse, aliás, a liga de transformar o evento em uma gincana. Essa vai ser uma mudança bem mais radical, que influencia dos métodos de convocação à formação das equipes. Segundo Brian Windhorst, da ESPN, também busca um efeito diferente.
“Essa é uma tentativa, antes de tudo, de envergonhar os jogadores. Adam Silver e a liga já tentaram várias opções para fazer com que se importem com o evento. Já tentaram conscientizá-los com lendas do basquete, por exemplo. Depois, apelaram para colocar dinheiro em suas contas. Pois, agora, a estratégia é tentar atingi-los enquanto norte-americanos”, afirmou o jornalista.
Windhorst tem uma longa experiência em torneios internacionais. Por isso, aposta que a liga está no caminho certo para buscar instigar os jogadores a competir. “Uma coisa que notei cobrindo a seleção dos EUA é que os atletas não gostam quando se critica o estilo de jogo da NBA. Então, esse é um ponto em que talvez consigam causar algum tipo de reação”, especulou.
Não assiste mais
Não é segredo para ninguém que a audiência do All-Star Game cai ao mesmo tempo do apelo do jogo. E essa falta de vínculo não afeta só o público ocasional. As pessoas que construíram a história do evento, a princípio, já estão perdendo a conexão com a festa. Vários ex-jogadores já criticaram a postura dos atletas atuais em relação à partida. Windhorst entende o sentimento deles.
“Magic Johnson disse que desistiu de assistir ao Jogo das Estrelas. E eu entendo isso porque também desisti. Não sou mais espectador disso. É o meu trabalho, sim, mas não consegui consumir um único minuto da partida de domingo. Não sei dizer nada do que ocorreu nesse ano e nem quero saber. Afinal, não acredito mais nesse evento”, disparou o repórter.
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