O técnico do Washington Wizards, Randy Wittman, acredita que a torcida presente à HSBC Arena no sábado foi injusta vaiando o pivô Nenê Hilário pelo pedido de dispensa da última Copa América. Se alguém deveria ter sido hostilizado, ele apontaria si mesmo. O treinador assumiu a culpa pela ausência do jogador com a seleção brasileira neste ano na entrevista coletiva após a partida contra o Chicago Bulls.
“A torcida deveria me vaiar, porque eu achei que essa era uma offseason em que Nenê tinha que cuidar de sua condição física. Ele vinha jogando com uma fascite plantar e seu corpo precisava se recuperar. Quando se atua em 100 partidas ao ano, chega um momento da carreira em que o corpo não aguenta. Então, se os brasileiros querem ficar bravos com alguém, não fiquem bravos com ele. Fiquem bravos comigo”, disse Wittman, deixando claro que pediu ao atleta para não jogar nestas férias.
O pivô confirmou que a opinião do técnico teve participação no processo de decisão sobre participar ou não da Copa América. “Meu treinador teve o discernimento de entender uma situação. Era período de entre temporadas e estava preocupado em fazer as coisas da forma certa. Estou bem tranquilo”, garantiu, minimizando as vaias.
Na última temporada, Nenê disputou praticamente a campanha inteira do Washington Wizards lidando com a já citada fascite e incômodos nos joelhos. Ele defendeu o Brasil nas Olimpíadas de Londres-2012 e revelou que até chorava por conta das dores que sentia. Com 31 anos, o brasileiro possui médias de 12.4 pontos e 6.9 rebotes, com mais de 55% de aproveitamento nos arremessos de quadra, em 627 partidas disputadas na NBA.