Em geral, quanto times da NBA assinam extensões com seus jogadores, é por conta de um grande nível de confiança para os próximos anos. Nenhuma equipe vai renovar um acordo do nada, por amizade ou pelo fato de o atleta ser legal com o resto do elenco. Isso não existe. Afinal, antes de ser uma liga de basquete, é um grande negócio.
Por mais que existam torcidas loucas por seus times na NBA, o dinheiro sempre fala mais alto. O Portland Trail Blazers, por exemplo, teve riscos de sair do Oregon. No entanto, acertou a venda e a cidade ganhou “sobrevida”. O mesmo não aconteceu com o Seattle Supersonics, há quase duas décadas. A franquia foi realocada para Oklahoma City e ganhou, de quebra, um novo “sobrenome”: Thunder.
Assim como times, jogadores possuem muito valor na NBA. Se eles rendem em quadra, ótimo. Mas, em alguns casos, os times acabam se arrependendo de extensões que pareciam corretas. Ou perto disso, no mínimo.
E entre os 30 times da NBA, o Philadelphia 76ers é o que mais erra na última década. Vale lembrar que o Sixers deixou Jimmy Butler ir embora para manter Tobias Harris. Foi ruim, mas teve pior. Aliás, piores.
É o que vamos ver aqui, nas cinco extensões de jogadores que os times da NBA se arrependem. E muito.
Joel Embiid
Por que não começar logo com ele, né? Joel Embiid é um pivô fantástico, de nível MVP e “moldado” para ser o líder do Processo, apelido que ganhou pelo que o Sixers fez em sua reconstrução. No entanto, algumas coisas deram errado nos últimos anos. Embiid, saudável, é um dos melhores jogadores da NBA. A questão é que isso não acontece tão fácil.
Mas o Philadelphia 76ers teve uma chance de não fazer uma das piores extensões na história da NBA. Em setembro de 2024, o Sixers deu a ele um novo vínculo de US$192,9 milhões por três anos. Ou seja, cerca de US$60 milhões por ano.
O problema é que o pivô vinha de uma lesão que o tirou a chance de ser MVP pelo segundo ano consecutivo, mas mesmo assim, o Sixers achou certo. Não era só um novo contrato, mas uma das extensões que não eram tão necessárias assim na NBA. Afinal, Embiid tinha acordo até 2026/27. Por ser um vínculo prévio, ele está “preso” ao time até 2028/29. Ou vice-versa.
A não ser que um dos melhores jogadores da NBA volte a produzir, esta será uma das piores extensões que os times já fizeram. Mas ainda tem a chance de voltar, certo? Ao menos, a direção do 76ers poderia rever contrato do pivô, de acordo com rumores.
Zion Williamson
Um desastre total. Em quadra, incrível. Fora delas, Zion Williamson é um puro desperdício de tempo, dinheiro e paciência da torcida do New Orleans Pelicans. Afinal, o sofrimento nunca acaba. Em termos de talento, Zion é um dos melhores jogadores da NBA. Mas quando o papo é consistência, ele é um dos piores. Por alguma distância.
Em julho de 2022, o Pelicans deu a ele uma das extensões que pareciam ir no caminho certo na NBA. Apesar de ficar fora de toda a campanha anterior, era sobre talento. Então, ele recebeu US$193 milhões por cinco anos, que poderia chegar aos US$231 milhões se fosse MVP, melhor defensor ou fizesse parte dos times ideais da liga.
Não foi o caso.
Além disso, Zion ainda tinha uma cláusula de meta de peso, algo que ele claramente não está batendo. Ao menos, de acordo com a última foto em que ele aparece nas redes sociais. Até aqui, o cara jogou em 214 de possíveis 460 partidas. Ou seja, 46.5%. É quase nada para um dos possíveis melhores jogadores da NBA, mas que ainda não fez um jogo sequer nos playoffs.
Jerami Grant
É horrível quando times dão a jogadores extensões que não rendem o bastante na NBA. No caso de Jerami Grant, a questão vai além. Grant, quando está em quadra, ainda é um bom defensor, mas é alérgico a rebotes e tem salário de um astro. Afinal, em 2025/26, o ala vai ganhar US$32 milhões, dos US$160 milhões por cinco anos.
Pode até não parecer tão ruim hoje, mas na agência livre da NBA de 2023, quando jogadores de seu nível ganhavam cerca de US$20 milhões, o acordo foi bizarro. E foi pior ainda quando Damian Lillard bateu o pé querendo sair do Blazers.
De fato, Lillard saiu e Grant ficou. Mas, no geral, o ala pouco fez em quadra. Assim como Zion e Embiid, ele jogou muito menos do que deveria. E o resultado é que ele pode virar reserva ou, ainda, ser dispensado. Aliás, o time acabou de fazer isso com Deandre Ayton. A única diferença é que teria de “parcelar” o resto do salário do ala.
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Patrick Williams
O Chicago Bulls também fez bobagens na atual gestão. Várias, aliás. Para começar, o Bulls ficou “vidrado” em um dos times pararam no tempo na NBA. Em 2021, a equipe de Chicago liderou o Leste, mas a lesão de Lonzo Ball atrapalhou os planos e tudo deu errado depois.
Como resultado, perdeu muito tempo ao não trocar DeMar DeRozan e Zach LaVine. No fim, ambos saíram por um preço irrisório e os times da NBA se aproveitaram de seus antigos jogadores, que seguiram ganhando extensões até serem negociados por nada.
Enquanto isso, Patrick Williams e Nikola Vucevic seguem. Acontece que o acordo de Vucevic acaba em 2025/26, enquanto Williams vai receber US$18 milhões por ano (cinco temporadas, totalizando US$90 milhões).
Williams perdeu espaço, relevância, importância e, acima de tudo, mercado. Hoje, o Bulls tem sérias dificuldades para trocar um dos jogadores mais promissores do elenco de 2021 e não tem muito o que fazer. É seguir tentando negociar até “perder menos”.
Ben Simmons
Por fim, ele. Ben Simmons até não foi tão terrível e tem um motivo: o Sixers conseguiu trocar o armador por James Harden. Mas, claro, o australiano era considerado um dos melhores jogadores da NBA naquela época, enquanto as extensões do 76ers pareciam apenas justas (tirando a de Harris).
Simmons estendeu por US$170 milhões em cinco anos na agência livre da NBA de 2019. É fato que os dois primeiros anos meio que se pagaram, pois ele foi All-Star em ambos, assim como ficou no time ideal de defesa da liga e foi o segundo na votação para o melhor defensor de 2021. Mas nos playoffs daquele ano, tudo mudou.
Os últimos três anos no acordo de Simmons foram terríveis. Mesmo com a troca para o Brooklyn Nets, ele simplesmente deixou de ser um dos melhores jogadores da NBA e virou um enorme problema. Hoje, aos 29 anos, é quase um ex-jogador e não tem contrato ainda para a próxima campanha da NBA.
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