Vencedores e perdedores

O último dia para trocas na NBA serve para deixar muita gente curiosa para o que vai acontecer com os times nos próximos meses e anos. O problema é quando acontecem negociações que ninguém imaginava. Então os rumores não passaram de… rumores? Bem, não é exatamente assim. Algumas trocas que aconteceram eram tidas como certas. […]

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O último dia para trocas na NBA serve para deixar muita gente curiosa para o que vai acontecer com os times nos próximos meses e anos. O problema é quando acontecem negociações que ninguém imaginava. Então os rumores não passaram de… rumores?

Bem, não é exatamente assim.

Algumas trocas que aconteceram eram tidas como certas. E elas aconteceram.

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Ramon Sessions foi mesmo para o Los Angeles Lakers, Jordan Hill saiu do Houston Rockets, Leandrinho foi trocado, e Marcus Camby não é mais do Portland Trail Blazers.

Outras, no entanto, não saíram do papel.

Michael Beasley não foi para o Lakers, Pau Gasol permaneceu em Los Angeles, Jamal Crawford não saiu de Portland, e Dwight Howard ficou em Orlando.

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Ao menos uma negociação deixou todo mundo intrigado. O brasileiro Nenê saiu do Denver Nuggets e foi para o Washington Wizards depois de nove anos na equipe do Colorado.

Afinal de contas, Nenê havia assinado um novo contrato com o Nuggets antes do início desta temporada. Tudo bem que ele não faz um bom ano, mas quem acreditava em uma mudança radical (para melhor) em seus números para justificar o salário? Nem ele imaginava isso. Quanto mais uma troca.

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Então, passado isso, pensei em fazer algo elegendo os maiores vencedores e perdedores das trocas. Ia fazer isso logo depois, mas após cinco horas e meia fazendo o programa especial de ontem, não tive a menor chance.

Agora, analisando tudo friamente, posso dizer com tranquilidade: o Los Angeles Lakers foi o que se saiu melhor.

Mas como, se o time não conseguiu Beasley?

Simples.

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O time livrou-se de dois fardos (Luke Walton e Jason Kapono), e ainda adicionou dois jogadores que serão muito importantes para a rotação (Jordan Hill e Ramon Sessions).

Sessions deverá ser titular. Ele dará ao Lakers muito mais visão e velocidade que Derek Fisher dava. Ah, mas Fisher saiu e o time perdeu um dos líderes em quadra.

Sim, claro. Mas para um jogador que pouco produzia, o upgrade foi gigantesco. Sessions fará o Lakers mais forte.

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Além disso, Hill chega para ser o principal reserva para o garrafão. O jogador estava sendo pouco aproveitado no Rockets e chega para ser o imediato de Pau Gasol e Andrew Bynum, algo que o Lakers não tem em Troy Murphy e Josh McRoberts.

Outro time que aparentemente ganhou muito foi o San Antonio Spurs, com a chegada de Stephen Jackson.

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Uma coisa é Jackson sendo comandado por técnicos de menor expressão (não que Scott Skiles seja fraco). Outra, é ter que jogar para Gregg Popovich. Alguém duvida que vai dar certo?

O Spurs fica sem Richard Jefferson, o que eu posso dizer que chega a ser um reforço para o time texano. Jefferson não é tão bom defensor, e estava vivendo apenas de seu arremesso de longa distância. Muito pouco para um titular com um contrato (cerca de $30 milhões de dólares até 2014).

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O Milwaukee Bucks não trocou na quinta-feira, mas dois dias antes fez um negócio da China. Fez a diretoria do Golden State Warriors acreditar no contundido Andrew Bogut e em Stephen Jackson. De quebra, pegou Monta Ellis, um dos melhores definidores da NBA, o especialista em defesa Ekpe Udoh, e o contrato expirante de Kwame Brown, de $7 milhões de dólares. Uma manta.

Depois, o New Jersey Nets ganhou o prêmio de consolação ao receber Gerald Wallace. Normalmente seria uma grande adição, mas para quem queria Dwight Howard, ficou com um gosto de decepção.

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Leandro Barbosa foi para o Indiana Pacers. Bom para o time de Indianapolis, que agora possui um elenco bastante interessante para os playoffs. Paul George não tinha um reserva definido. Leandrinho pode quebrar o galho na posição um, de armador principal, mas suas funções serão as mesmas de sempre: correr e arremessar.

Marcus Camby chega ao Rockets para ser, em princípio, reserva de Samuel Dalembert. Próximo de completar 38 anos, Camby estava no Blazers.

Falando em Portland, esse sim, se deu mal.

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Não que esse não fosse o objetivo, mas ver um time com uma base tão boa se desfazer, é algo para se pensar.

OK. A diretoria do Blazers quis fazer isso. Queria uma implosão (palavra usada perfeitamente pelo Ricardo Stabolito no programa) e conseguiu.

Mandou Camby para o Rockets e, no fim, entregou Wallace para o Nets.

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O Portland apertou o botão do “modo destruir e recomeçar”. Agora o time não carrega nenhum contrato pesado e fará uma redoma em torno de LaMarcus Aldridge. Ficaram boas peças, como Nicolas Batum, Wesley Matthews, Jamal Crawford, e Raymond Felton. De novo, pensando no futuro.

Duas equipes eu não consegui definir se ganharam ou perderam. E foram justamente as que estiveram envolvidas na troca de Nenê.

O Nuggets fez besteira, isso é fato. Mas não estou dizendo agora. Isso aconteceu quando deu ao brasileiro um contrato altíssimo e de longa duração. A troca de ontem serviu para remediar.

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Economicamente, o time do Colorado se deu bem. Em quadra, não sei exatamente.

Ganhou JaVale McGee. Bom defensor, mas é quase um caso perdido. Indisciplinado, perdido, e confuso. Pode ajudar muito, se George Karl o fizer entender o que é basquete. Talento ele tem.

As boas performances do calouro Kenneth Faried foram fundamentais para o negócio ocorrer.

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Mas e Nenê no Wizards, como fica?

O pivô brasileiro chega a um time desorganizado, sem um líder, e clamando por ajuda externa. Talvez seja a vez de Nenê aparecer. Torço para que isso aconteça, pois ele sabe jogar.

O Wizards conta com bons jogadores, mas não para agora. Trevor Booker, Chris Singleton, Jan Vesely, Kevin Seraphin, e Jordan Crawford, podem e devem crescer muito na Liga. John Wall já é uma realidade.

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Nenê adiciona, além de seu jogo dentro do garrafão, uma boa experiência e isso pode ser útil aos jovens.

O terceiro time que participou da troca foi o Los Angeles Clippers, que recebeu Nick Young. Para quem precisava de um jogador da posição, Young fará a equipe ainda mais completa. Ainda não é certo se ele será titular ou se virá do banco como opção para Randy Foye e Caron Butler. De qualquer forma, será muito importante.

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Dwight Howard ficou. Isso é bom para quem?

Essa resposta fica para o ano que vem, quando o Orlando poderá ficar sem o seu principal jogador nos últimos anos. De novo. O jogo segue, e os rumores também.

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