Anthony Edwards é o jogador que mais distribui passes do Minnesota Timberwolves na temporada. Os seus 44,1 passes por partida, aliás, estão acima da última campanha e são a segunda maior marca de sua carreira. Isso costuma ser motivo de elogios, mas, de forma surpreendente, o ala-armador não está feliz. Sincero, o jovem astro revelou que se sente frustrado por isso.
“Eu não sei se vai ser um padrão, mas não gostaria de jogar assim. Sei que é basquete bom e inteligente, mas não é como quero jogar. Só tenho 23 anos de idade, então não quero passar a bola a noite inteira. Sinto que, da forma como os outros times vêm me marcando, é o que preciso fazer pelo time. No entanto, em síntese, esse não sou eu”, disparou o craque, depois da derrota contra o Boston Celtics.
O jogo contra os atuais campeões foi uma das atuações mais fracas de Edwards como pontuador nessa temporada. Limitado pela marcação de Boston, ele anotou 15 pontos em 16 arremessos. Teve mais assistências (seis) do que cestas de quadra convertidas (cinco) em 36 minutos de ação. O ala-armador conta que noites assim, antes de tudo, são testes para o seu foco.
“É bem difícil me manter motivado quando tenho que passar a bola tanto assim. É duro porque o meu jogo é pontuar. Eu não sei se os rivais querem me tirar do jogo do ponto de vista mental, mas é assim que as defesas passaram a me enfrentar. E não tem sido fácil para mim. Os rivais não conseguem me ‘desajustar’, mas, certamente, isso é algo que me frustra”, admitiu a referência de Minnesota.
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Marcação dupla
É notável que a qualidade dos passes de Anthony Edwards subiu muito desde a chegada ao Timberwolves. Afinal, ele nunca foi um passador em volume antes de jogar na NBA. Mas, mesmo com a grande evolução no quesito, não planeja virar um atleta com essas características agora. Ele admite que, a princípio, tem sido impossível não se sentir um pouco deslocado quanto mais abdica da bola.
“Às vezes, os outros times já ‘dobram’ em mim assim que passamos do meio da quadra. Eu fico sem entender o que está acontecendo. No entanto, tenho que encontrar formas de driblar esse tipo de situação. É claro que quero receber a bola de volta, mas também não quero parecer fominha. A verdade é que, quando a marcação dobra e passo, vou para o corner e não sei o que devo fazer”, reconheceu o jovem.
Nem sempre jogar basquete vencedor significa atuar da forma como se quer. Edwards, então, só quer garantir que todos saibam que está se esforçando no processo. “Eu não quero que pareça que não estou tentando fazer funcionar, pois estou tentando. Mas o outro time dobra a marcação em mim a cada lance. Jogar assim não é divertido para mim, no fim das contas”, lamentou.
Ajustes
Mas, se Edwards não consegue se livrar das dobras de marcação, de quem é a culpa? O ala-armador, para começar, pode melhorar. Os seus companheiros podem atrair mais atenção ou fazer as defesas “pagarem” mais pelo foco no astro do time. E, por fim, o trabalho dos treinadores pode buscar alternativas. De forma discreta, o jogador cobrou a comissão técnica por apoio.
“Nós estamos enfrentando bons times e jogadores todas as noites. Hoje, por exemplo, Jayson Tatum acabou com a gente. Boston é o atual campeão. Mas, do nosso lado, eu não consigo jogar da mesma forma que Jayson. Sejam quais forem os ajustes necessários, sei que não estamos fazendo”, apontou o jogador de 23 anos.
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