A agência livre da NBA foi menos “quente” em 2023, mas trouxe mudanças importantes para a próxima temporada. Apesar de grandes nomes seguirem onde estão (por enquanto), a tendência é que James Harden e Damian Lillard terminem a campanha 2023/24 em outro lugar. Enquanto Lillard definiu o Miami Heat seu destino ideal, Harden tem uma novela particular e que pode envolver a direção da liga.
De acordo com Adrian Wojnarowski, da ESPN, a NBA abriu uma investigação sobre o caso Harden. Existem indícios de que o jogador aceitou receber menos em seu acordo na última offseason para ganhar uma extensão máxima neste ano. Acordos assim não são permitidos pela liga, pois ferem as regras de teto salarial. Uma vez que existe promessa por parte de um time antes do período da negociação, claramente tem uma violação. As conversas sobre renovações só podem acontecer para aquele período, não para o futuro.
Portanto, Philadelphia 76ers e Harden podem sofrer punições.
“Daryl Morey é um mentiroso e nunca farei parte de uma equipe da qual ele faz parte. Vou repetir. Daryl Morey é um mentiroso. Eu nunca farei parte de uma franquia da qual ele faz parte”, disparou o veterano.
Então, tirando os dois, que ainda não estão certos, vamos falar do que realmente aconteceu.
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Atlanta Hawks
Após ver que perdeu o tempo da troca, o Atlanta Hawks negociou o ala-pivô John Collins por, basicamente, nada. Apesar de ser um bom jogador, o atleta nunca foi um bom defensor. Mas sua situação em Atlanta piorou a cada ano. Ele chegou a ser um cara de duplo-duplo há pouco tempo, mas saiu como quarta ou quinta opção ofensiva. Agora, ele terá a chance de se reinventar no Utah Jazz.
Enquanto isso, o Hawks recebeu o veterano Patty Mills em troca para ser o reserva de Trae Young. No Draft, o time foi bem selecionando Kobe Bufkin. Embora a direção ainda esteja tentando trocar Clint Capela e/ou De’Andre Hunter, os dois continuam no elenco. Pelo menos, até a trade deadline.
Boston Celtics
Perder Marcus Smart não estava exatamente nos planos, mas a direção do Boston Celtics foi com tudo para ter Kristaps Porzingis. Por enquanto, a negociação é boa. No papel, claro. Em quadra, a situação pode ser um tanto diferente, já que o letão está fora do Mundial por conta de uma lesão no pé.
Mas o Celtics ainda pode trocar Malcolm Brogdon, já que o Los Angeles Clippers ainda não desistiu do armador. Nada deve acontecer até que a equipe garanta um jogador para a mesma posição, apesar de que Derrick White vai passar muitos minutos ali. No mais, a equipe de Massachusetts acertou em cheio ao selecionar Jordan Walsh na segunda rodada.
Brooklyn Nets
Enquanto aparece como a terceira equipe da troca envolvendo Damian Lillard e o Miami Heat, o Brooklyn Nets “resolveu sua vida”. A equipe estendeu o contrato de Cam Johnson, selecionou Noah Clowney no Draft, mas ainda precisa ver como Ben Simmons vai jogar. Isso porque o australiano pouco jogou pela equipe e o técnico Jacque Vaughn ainda não sabe o que fazer com ele. Então, uma troca não está fora dos objetivos.
Mas a agência livre da NBA não foi tão brilhante para o Nets em 2023. No fim das contas, o time é quase o mesmo que perdeu para o Philadelphia 76ers nos playoffs, tirando ainda Seth Curry. Pode ser pouco, a não ser que esteja se preparando para receber Tyler Herro. Aí, sim, as coisas podem mudar para melhor.
Charlotte Hornets
Em meio a vários problemas, o Charlotte Hornets resolveu selecionar Brandon Miller no Draft. Apesar de ser um bom jogador, a direção, ainda sob o comando de Michael Jordan, priorizou o posicionamento a talento. Assim, o Portland Trail Blazers recebeu Scoot Henderson de braços abertos.
E o Hornets ainda tenta montar o grupo para 2023/24, já que PJ Washington quer dinheiro, o time terá a volta de Miles Bridges e tem um jogador em último ano de contrato: Gordon Hayward. Além disso, Kelly Oubre, um dos melhores da equipe na última temporada, ainda não estendeu o contrato. Ou seja, o Hornets tem muitas decisões a tomar até outubro, quando começa a fase regular.
Chicago Bulls
O Chicago Bulls fez algumas movimentações interessantes na agência livre de 2023, especialmente se estivesse concorrendo pelo título da NBA. Algo que não está. Então, parece que a direção ainda acredita que está em janeiro de 2022, quando o Bulls liderava o Leste. Mas é bom ressaltar que a peça principal que fazia tudo funcionar está fora por mais um ano: Lonzo Ball.
A não ser que Jevon Carter faça coisas similares a Ball, fica difícil defender a offseason da equipe. No mais, estendeu com Nikola Vucevic, Coby White, Ayo Dosunmu, fechou com o ótimo defensor Torrey Craig e selecionou o promissor Julian Phillips no Draft. Talvez, com uma troca envolvendo DeMar DeRozan, o Bulls consiga competir pelo topo da Conferência.
Cleveland Cavaliers
Sem grandes contratações e com mais dúvidas do que certezas, o Cleveland Cavaliers virou um time de playoffs. No entanto, a equipe fracassou na fase decisiva. Então, questionamentos como a permanência de Donovan Mitchell e rumores de troca envolvendo Jarrett Allen começaram a surgir. Para piorar, Ricky Rubio não deve jogar a próxima campanha, enquanto o brasileiro Raul Neto deixou a NBA.
Ou seja, quando tudo caminhava bem, as coisas começaram a andar para trás em Cleveland. A equipe ainda trocou Cedi Osman, recebeu Max Strus e selecionou o promissor Emoni Bates no Draft.
Dallas Mavericks
A boa agência livre do Dallas Mavericks teve de tudo. Primeiro, no Draft, o time mandou Davis Bertans para o Oklahoma City Thunder e, como resultado, selecionou Derreck Lively. Depois, foi atrás de um Dorian Finney-Smith 2.0 em Olivier-Maxence Prosper. Ainda, a equipe recebeu o pivô Richaun Holmes, do Sacramento Kings. Também chegaram o ala-pivô Grant Williams, o ala-armador Dante Exum. Aliás, Exum está de volta após passar um período na Europa, onde desenvolveu o arremesso do perímetro. Por fim, estendeu o contrato de Kyrie Irving.
Portanto, o Mavs está muito mais forte. Ao menos, no papel, é um time que chega para competir entre os primeiros do Oeste. Pode não funcionar por vários motivos, mas não pela produção da diretoria.
Denver Nuggets
Campeão na última temporada da NBA, o Denver Nuggets não fez uma grande agência livre em 2023. Perder Bruce Brown e o veterano Jeff Green não foi o ponto alto da equipe. Assinar as extensões dos veteraníssimos DeAndre Jordan e Reggie Jackson, também não parece algo muito interessante. Especialmente, se tudo acontece nas primeiras horas da offseason. Mas no Draft, a seleção de Hunter Tyson foi perfeita.
Seja como for, o quinteto titular está intacto. Todo mundo volta para a próxima campanha, mas existem dúvidas quanto ao banco.
Detroit Pistons
Quando você adiciona jogadores de qualidade para uma posição que o time já tem, pode significar várias coisas. Mas uma delas é que, talvez, não seja o melhor. Veja o Charlotte Hornets, por exemplo. Quantos alas podem ser titulares lá? A mesma coisa é com o Indiana Pacers, que vamos falar em breve. E o Detroit Pistons lotou as posições de armação, sendo que era uma das melhores da equipe.
Para quem tinha Jaden Ivey e Cade Cunningham como titulares, a seleção de Ausar Thompson é estranha. Mas fica ainda mais difícil defender se o Pistons tem ainda Monte Morris, Killian Hayes e Alec Burks. Nas trocas, o time ainda recebeu Joe Harris, que pode jogar como ala ou ala-armador. Então, tem um número elevado de caras que fazem as mesmas coisas. Aí, o caminho mais fácil é o de trocas. Por enquanto, nada. Agora, terá Monty Williams no comando.
Golden State Warriors
Apesar de a última temporada não ter sido boa, o Golden State Warriors fez poucas mudanças. Mandou Jordan Poole para o Washington Wizards, pegou Chris Paul na troca, estendeu o contrato de Draymond Green e não negociou Jonathan Kuminga. O Warriors ficou mais velho e perdeu ainda mais força do banco com a saída de Donte DiVincenzo para o New York Knicks.
O time californiano segue como candidato a título pelo fator Stephen Curry, mas precisa entender como Klay Thompson vai reagir em uma temporada de contrato. Talvez, seja o momento em que Andrew Wiggins assuma mais funções na equipe. O fato é que ninguém sabe ainda como Paul vai funcionar ali. E sua primeira resposta sobre vir do banco foi bem evasiva, deixando entender que pretende ser titular. A direção ainda perdeu Bob Myers.
Houston Rockets
O Houston Rockets não conseguiu o que queria, mas não foi tão mal quanto parece. Tinha muito dinheiro para contratar e deu boa parte dele a dois jogadores: Fred VanVleet e Dillon Brooks. Talvez, queira VanVleet para desenvolver Amen Thompson. A equipe trocou o bom KJ Martin para o Los Angeles Clippers para abrir mais espaço na folha salarial. A ideia era fechar com Austin Reaves e Brook Lopez, mas ficou sem os dois. Assim, assinou com Jock Landale.
Mas no Draft, o Rockets foi incrível. Além de Thompson, selecionou Cam Whitmore na vigésima escolha. Ou seja, Houston está muito mais forte, além de bons talentos jovens que já tinha, como Jalen Green, Jabari Smith Jr e Alperen Sengun.
Indiana Pacers
Aqui, eu discordo muito, para não dizer totalmente do meu colega Matheus Carvalho, aqui do Jumper Brasil. São opiniões diferentes, afinal de contas. Ele acha que a agência livre que o Indiana Pacers fez em 2023 na NBA foi excelente. Eu já acho muito difícil avaliar positivamente se você adiciona muitos jogadores bons para a mesma posição. Não consigo. O Pacers já tinha Myles Turner para ser o pivô principal e foi atrás de um ala-pivô para fazer dupla com ele. Até aí, tudo bem. Jarace Walker é realmente muito acima da média.
Mas quando a equipe resolve fazer troca por Obi Toppin, sendo que a rotação do garrafão ainda tem Jalen Smith, Isaiah Jackson, Daniel Theis e Jordan Nwora, parece desespero. Todos ali podem ser titulares na NBA. Apesar de Nwora poder atuar como ala, ele é melhor fazendo ala-pivô. Aliás, ele jogou 79% de seu tempo em Indiana naquela posição. Então, faz zero sentido.
Tudo bem que Bruce Brown é uma excelente adição, mas você ainda tem Buddy Hield, Bennedict Mathurin, Aaron Nesmith e selecionou Ben Sheppard no Draft. E na armação, ainda tem Tyrese Haliburton, Andrew Nembhard e TJ McConnell. Ou seja, tem lotação em todas as posições. Assim como Hornets e Pistons, o Pacers exagerou no número de jogadores para a rotação. Vai faltar tempo de quadra, vai sobrar insatisfação.
Los Angeles Clippers
O Los Angeles Clippers está esperando uma definição em relação a James Harden, mas a coisa pode ficar para depois do início da temporada. Então, o plano de deixar o elenco mais jovem foi para o espaço. De qualquer forma, o Clippers recebeu KJ Martin e selecionou Kobe Brown no fim da primeira rodada. Não dá para dizer que não cumpriu parte da ideia. Mas o time ainda estendeu com Russell Westbrook e quer Harden. Então, a coisa não bate.
Mas o Clippers é uma equipe que pode lutar pelo título por conta da profundidade do elenco. Eu sei que a gente fala isso há alguns anos, mas com as trocas certas, talvez seja realmente possível. Aliás, se tem uma coisa que o time tem é peça para negociar.
Los Angeles Lakers
Por partes: o Los Angeles Lakers conseguiu o que precisava. Agora, com isso, é suficiente para lutar pelo título? Foram muitas adições na agência livre da NBA, mas seus astros não são jovens e andam sofrendo muitas contusões e 2023 não foi um caso a parte. Chegaram: Jaxson Hayes (Pelicans), Jalen Hood-Schifino (calouro), Maxwell Lewis (calouro), D’Moi Hodge (calouro), Taurean Prince (Timberwolves), Cam Reddish (Blazers), Gabe Vincent (Heat). E o time ainda estendeu com Austin Reaves, Anthony Davis, Rui Hachimura e D’Angelo Russell.
Sim, o grupo está (muito) mais forte do que no início de 2022/23, então é o caso de pensar em brigar pelos primeiros postos do Oeste. E vale lembrar que o Lakers só parou na final de Conferência.
Memphis Grizzlies
Para quem não terá Ja Morant nos primeiros 25 jogos da temporada, a chegada de Marcus Smart é excelente. O Memphis Grizzlies ainda terá o veterano Derrick Rose no grupo. Até pelo fato de a torcida de Memphis amar o jogador desde os tempos do basquete universitário, é possível imaginar que ele terá muito respaldo ali. E o Grizzlies pouco fez na agência livre, fora isso. Apesar de parecer que a diretoria não trabalhou tanto assim, ainda teve a extensão de Desmond Bane.
Ou seja, para um time tão jovem como é o Grizzlies, manter quase todo o grupo e adicionar dois ótimos veteranos, é algo espetacular. E tem outro detalhe: Memphis terminou em segundo no Oeste por dois anos consecutivos. Portanto, não espere queda de produção.
Miami Heat
Assim como o Los Angeles Clippers, o Miami Heat espera por um astro para elevar ainda mais o nível de seu elenco. O armador Damian Lillard quer ir para lá, mas esbarra no desejo do Portland Trail Blazers de o manter. Além disso, tem o fato de que o Blazers não está facilitando a troca. Então, o Heat segue aguardando.
Por enquanto, o time mais perdeu do que ganhou. Saíram Max Strus, Victor Oladipo e Gabe Vincent. Isso, sem contar com a presença veterana nos vestiários de Udonis Haslem. E Miami pouco conseguiu fazer na offseason, como a seleção de Jaime Jaquez no Draft, a volta de Josh Richardson e a assinatura de um pivô reserva para Bam Adebayo (Thomas Bryant). Agora, se a troca por Lillard acontecer perdendo apenas Tyler Herro dos principais nomes, a equipe da Flórida pode lutar pelo título mais uma vez.
Milwaukee Bucks
A ordem era mudar de cima para baixo. Então, saiu o técnico Mike Budenholzer e chegou Adrian Griffin para o seu lugar. Enquanto isso, o time estendeu com os ótimos Khris Middleton e Brook Lopez. A ideia é brigar pelo título mais uma vez com o mesmo grupo, mas com um comandante diferente. Aliás…
Bobby Portis já deu uma “chegada” em Griffin. Agora, um detalhe. Fique de olho nos próximos passos do Milwaukee Bucks. Não tem nenhum contrato garantido para 2025/26. Nem Giannis Antetokounmpo tem. Todos dependem do time ou dos jogadores a partir de 2024/25 (Jrue Holiday). Ou seja, a janela para título não é tão larga mais.
Malik Beasley chega, enquanto Jae Crowder estendeu e Robin Lopez está de volta.
Minnesota Timberwolves
O Minnesota Timberwolves tem alguns detalhes interessantes, já que não fez grandes mudanças para a próxima temporada. Primeiro, Mike Conley e Kyle Anderson são expirantes. Depois, o time vai tentar, mais uma vez, aquela formação alta com Rudy Gobert e Karl-Anthony Towns. Se voltar a não funcionar, não duvide de trocas durante a campanha. Todos os citados podem deixar a equipe.
Agora, quem não sai por nada é Anthony Edwards. Ele é a cara do novo Timberwolves. Aliás, o time tem outro assim: Jaden McDaniels, um dos melhores defensores da NBA. Então, é bom ficar de olho no que a direção pode fazer até fevereiro, caso tudo não esteja 100%. Ao menos, Naz Reid estendeu rapidamente e está longe de ser um problema. No Draft, Leonard Miller foi uma ótima seleção.
New Orleans Pelicans
O New Orleans Pelicans pode fazer mudanças antes mesmo do início da temporada. Existe uma tendência que Jonas Valanciunas vá para outro lugar, enquanto CJ McCollum pode seguir o mesmo caminho. Jordan Hawkins é um ótimo prospecto e deve ganhar tempo de quadra logo em sua primeira temporada. Por outro lado, Zion Williamson está em uma frigideira. Não literalmente, por favor.
Mas o fato é que a paciência com ele está acabando. Seu nome esteve em mais rumores do que em qualquer outro período de sua curta carreira. Talentoso, mas pouco preocupado com a sua parte física, o ala-pivô parece estar no caminho certo. Precisa ficar em quadra, mas suas lesões são sempre muito graves. Não tem aquele papo de ficar fora por três, quatro jogos. É coisa de 30, 40 de uma vez.
De qualquer forma, o núcleo jovem do Pelicans é excepcional: além de Williamson (23 anos), tem Brandon Ingram (25), Herb Jones (24), Trey Murphy (23), Dyson Daniels (20), Jordan Hawkins (20)… é de dar inveja a qualquer equipe.
New York Knicks
O New York Knicks pouco fez na agência livre 2023 da NBA. Mas o pouco já parece bom o bastante. Primeiro, “fisgou” Donte DiVincenzo do Golden State Warriors e apostou suas fichas nos três de Villanova: Jalen Brunson, Josh Hart (estendeu com o ala) e DiVincenzo. Além disso, despachou Obi Toppin para o Indiana Pacers. Ou seja, o resto do elenco é praticamente o mesmo que foi aos playoffs na última temporada.
Ainda falta resolver algumas pendências, como o francês Evan Fournier, um reserva para Julius Randle (não venha me dizer que é Isaiah Roby, de passagem horrorosa pelo San Antonio Spurs) e o contrato de Immanuel Quickley. De resto, o Knicks está praticamente pronto para entrar em quadra daqui dois meses.
Oklahoma City Thunder
Aos poucos, o Oklahoma City Thunder montou seu elenco promissor. Agora, está na hora de começar a colher seus frutos. Chet Holmgren vai fazer sua estreia na NBA, enquanto Shai Gilgeous-Alexander virou um astro e Josh Giddey está cada vez melhor. Jalen Williams foi muito bem em seu primeiro ano. Mas o Thunder ainda terá novidades para a próxima temporada.
Vasilije Micic finalmente chegou, após muitas tentativas frustradas. Aos 29 anos, o armador sérvio era o melhor jogador do basquete europeu. Então, chegou a hora de mostrar seu talento em um elenco jovem, mas que está dando os primeiros passos na disputa por playoffs. O fato de chegar ao play-in, por exemplo, mostra o quanto o Thunder está no caminho certo.
Cason Wallace foi a escolha no Draft e deve aparecer aos poucos, mas tem muito talento.
Orlando Magic
De novo, sabe aquele papo de lotar uma posição? Não faz sentido, mas o Orlando Magic apostou em um armador, sendo que já contava com Markelle Fultz e Cole Anthony. Os dois se completam ali. No entanto, a equipe selecionou Anthony Black no Draft e assinou com o veterano Joe Ingles. Apesar de o australiano ser um ala, ele demanda muito a bola. Agora, é torcer para nada disso afetar a evolução de Franz Wagner, que vinha se transformando em um ótimo organizador.
Ainda no recrutamento, o Magic foi de Jett Howard, algo que ninguém entendeu direito até agora. Falando em não entender, o time estendeu com Gary Harris por mais dois anos. Ele é tipo um peixe fora d’água ali. Apesar de estar com 28 anos, parece que está na liga há umas dez temporadas. Vive com lesões, embora seja ótimo defensor e arremessador do perímetro. Só que o que isso adiciona se ele não terá tempo de quadra? Enfim, o Magic andou para trás.
Philadelphia 76ers
Bem… Philadelphia 76ers é um caso a parte. Tirando Pat Beverley, as assinaturas são muito contestáveis. Mo Bamba, Montrezl Harrell, Dewayne Dedmon, tudo para a reserva de Joel Embiid. Mas sabe quem vai jogar quando o atual MVP não estiver disponível? Paul Reed, que aceitou acordo com o Utah Jazz, mas o Sixers foi lá e cobriu a oferta. Aliás, com isso, o time entrou nas multas por superar os valores máximos do teto salarial.
Agora, o que dizer sobre o andamento da novela James Harden? Que absurdo! O 76ers está cavando a própria cova e pode deixar de ser relevante para títulos se não conseguir resolver bem o caso. E “resolver bem” significa trocar rápido, não sofrer punição da NBA e evitar que Embiid peça negociação. Afinal, o técnico Nick Nurse não chegou lá para fazer parte de uma reformulação no elenco.
Phoenix Suns
A agência livre do Phoenix Suns foi excelente em 2023 e pode, sim, brigar pelo título da NBA. Primeiro, trocou Chris Paul. A ideia era deixar o elenco ainda mais forte no ataque e conseguiu com Bradley Beal. Depois, quando o time começou a anunciar as contratações, era cada uma melhor que a outra. Assim, o time cuidou do aproveitamento do perímetro e, também, da defesa.
Keita Bates-Diop, Eric Gordon, Bol Bol, Chimezie Metu, Jordan Goodwin, Yuta Watanabe… o banco é melhor que algumas equipes titulares na NBA, tá? Até os two-way que chegaram tinham minutos em outros lugares: Saben Lee e Udoka Azubuike. Então, o Suns, que já tem Kevin Durant, Devin Booker e Deandre Ayton, está ainda melhor.
Portland Trail Blazers
Imagine o seguinte: seu melhor jogador diz o tempo todo que quer ficar, mas que o elenco precisa melhorar. Ano a ano, Damian Lillard bateu na mesma tecla. Então, ele pediu para trocar a escolha de Draft, ir atrás de Draymond Green e estender com Jerami Grant. Só que a diretoria do Portland Trail Blazers só fez o terceiro. E por muito!
Assim, Lillard desistiu de Portland e pediu troca para o Miami Heat. Ainda não aconteceu, mas não tem mais volta. Por mais que Scoot Henderson seja isso tudo, não dá para ele esperar mais alguns anos até que o calouro faça a diferença. Portanto, o Blazers vai entrar em nova reconstrução. A gente só não sabe quando.
Além de Henderson, o time selecionou o ótimo Kris Murray, irmão de Keegan Murray, do Sacramento Kings.
Sacramento Kings
O Sacramento Kings fez uma agência livre conservadora em 2023, mas com bons motivos após ir aos playoffs da NBA. Tudo certo até aqui. Estendeu com Domantas Sabonis e Harrison Barnes, não quis dar muito dinheiro para Kyle Kuzma, fechou uma troca por Chris Duarte e trouxe o ótimo Sasha Vezenkov da Europa. Por fim, deu um contrato ao pivô Nerlens Noel. Apesar de se lesionar muito, Noel é excepcional defensor. No fim das contas, o Kings agiu como um time grande. Manteve o que era bom, reforçou onde precisava e quer repetir o sucesso da última campanha.
Veja, o Kings foi o terceiro do Oeste em 2022/23. Então, optou pelo caminho mais simples, já que “time que está ganhando não se mexe”.
San Antonio Spurs
A ideia do San Antonio Spurs não é de vencer agora. Por isso, sua agência livre da NBA em 2023 não foi agressiva, já que o time não vai competir em 2023. Mas a equipe tem peças para fazer mudanças em seu grupo, já que conta com quatro jogadores “trocáveis” e com contratos expirantes. De qualquer forma, não deve acontecer muita coisa, a não ser que Victor Wembanyama faça o Spurs ganhar jogos que não estão no script.
San Antonio terá Gregg Popovich no comando mais uma vez, mas ele não vai se despedir antes de lutar por mais um título. Então, algumas trocas ainda podem acontecer até fevereiro. Seja pensando em 2023/24 ou na próxima campanha. Mas que o time vai se mexer, não há dúvidas.
Toronto Raptors
A diretoria do Toronto Raptors trata cada jogador como se fosse um Michael Jordan. Então, não chega a ser surpresa que sua agência livre tenha sido burocrática em 2023 e que vários times da NBA estejam totalmente frustrados com as negociações. Não foi do nada que Fred VanVleet foi embora sem dar adeus. As equipes tentam trocas por OG Anunoby e Pascal Siakam, mas ouvem contrapartidas completamente absurdas.
Ou seja, o Raptors deverá fazer mais uma temporada longe dos primeiros lugares no Leste, ainda mais que vai experimentar Scottie Barnes como armador principal. Pode dar muito certo, mas as chances de não mudar muita coisa são grandes.
Utah Jazz
O Utah Jazz já mostrou que pode competir. Agora, o time trouxe John Collins e Omer Yurtseven, acertou em cheio na seleção de Kevonte George e estendeu com Jordan Clarkson por um valor bem menor. Portanto, a direção trabalhou muito bem nas posições que precisava. Espere por um Jazz ainda mais difícil de superar.
Mas Utah ainda não parece totalmente pronto. George foi muito bem na Summer League, mas o parâmetro não é muito alto. É preciso ver como ele vai reagir em situações contra caras maiores, mais fortes e mais rápidos. De qualquer forma, não falta muito para o Jazz começar a brigar pelo topo do Oeste.
Washington Wizards
Por fim, o Washington Wizards. Sua agência livre em 2023 teve foco em reformular seu elenco para as próximas temporadas da NBA. Mas isso não vai fazer do Wizards um time pouco interessante de se acompanhar. Kyle Kuzma ficou, chegaram bons jogadores como Jordan Poole, Tyus Jones, Landry Shamet e Danilo Gallinari. No Draft, Washington foi de Bilal Coulibaly, que será alvo de muita quinta série, mas é muito promissor.
E o Wizards ainda manteve caras como Daniel Gafford, Deni Avdija, Johnny Davis, Corey Kispert e Delon Wright. Não deve dar em nada na próxima campanha, mas existe um começo de ideia ali.
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