O que o mercado ainda oferece – Pivôs

Ricardo Stabolito indica quem são os melhores jogadores de garrafão ainda sem contrato para a próxima temporada

Fonte: Ricardo Stabolito indica quem são os melhores jogadores de garrafão ainda sem contrato para a próxima temporada

“O que o mercado ainda oferece” é uma pequena série anual que sempre faço após o primeiro mês de agência livre garimpando quem são as melhores opções que permanecem disponíveis para contratação. Aqueles que conhecem o Jumper Brasil há mais de um ano sabem do que se trata.

Neste ano, porém, há uma mudança essencial: a organização deixa de ser por cinco posições clássicas para apenas três – guards, alas e pivôs. Basicamente, isso está sendo feito porque o jogo mudou e muitos jogadores já não se encaixam mais no sistema tradicional. É complicado definir: são híbridos, versáteis.

Esta é a última parte. Já falamos de guards e alas, então sobraram os pivôs. Não estou me referindo aqui apenas aos atletas da posição cinco, mas também alas-pivôs mais pesados e sem flexibilidade para atuarem no perímetro. É evidente que existem boas opções além dos dez citados aqui e a ordem em que os jogadores estão relacionados, rankeamento, vai variar de pessoa para pessoa. Mas é isso aí, vamos fechar a conta!

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NBA: Detroit Pistons at Utah Jazz1. Greg Monroe (Detroit Pistons, restrito)

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Monroe é um pivô jovem de qualidade, mas não possui muitas das qualidades que se espera de um jogador da posição na NBA atual. Sua capacidade de pontuar de costas para a cesta, visão de quadra e trabalho de pernas são raros – verdadeiros diferenciais se bem usados. O problema é que perde pontos ao redor da liga por não proteger o aro e espaçar a quadra. Montar uma equipe com um atleta tão “à moda antiga” virou uma tarefa complicada.

Situação: não quer continuar no Pistons, mas não será trocado por nada. O mais provável é que aceite a oferta qualificatória para ter mais controle sobre seu futuro em 2015.

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Andray Blatche2. Andray Blatche (Brooklyn Nets, irrestrito)

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Nas últimas duas temporadas, Blatche “ressuscitou” sua carreira atuando pelo salário mínimo no Nets. Parou de criar problemas e voltou o foco para dentro de quadra. Não há dúvidas de que ele pode pontuar das mais variadas maneiras, mas o impacto em qualquer outro aspecto do jogo é nulo. Mostrou ser um excelente reserva. É questionável se pode ser algo mais.

Situação: Raptors e Clippers foram alguns dos times que mostraram interesse ao longo da offseason. Uma decisão deve ficar para depois do Mundial, onde jogará pelas Filipinas.

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Washington Wizards Media Day3. Emeka Okafor (sem time, irrestrito)

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Ficar fora da temporada inteira por uma lesão no pescoço é preocupante. Okafor, porém, é um pivô titular na NBA e tem apenas 31 anos. Em forma, ele é um defensor acima da média que protege o aro e finaliza em torno da cesta com eficiência. Joga dentro de suas limitações. Se seus exames estiverem ok, o veterano é um potencial steal esperando para ser contratado.

Situação: esteve entre os pivôs que foram recebidos para treinos no Clippers recentemente. E, surpreendentemente, só.

 

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Jermaine O'Neal 24. Jermaine O’Neal (Golden State Warriors, irrestrito)

O’Neal foi uma agradável surpresa na última temporada. Não esteve sempre saudável (seria pedir demais), mas chegou em plenas condições e atuou muito bem nos playoffs. Mostrou ainda poder encarar jogos mais físicos e “pegados” com vitalidade. Depender dele é um suicídio. Tê-lo no elenco é um trunfo.

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Situação: ainda decidindo se aposenta ou joga mais uma temporada. O Warriors tem interesse na renovação.

 

Aron Baynes 25. Aron Baynes (San Antonio Spurs, restrito)

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Baynes é um dos jogadores que ficaram perdidos na movimentação do mercado. Na verdade, poucos sabiam que ele iria ser agente livre restrito em julho. O jovem não é um pivô dos mais técnicos e atuou pouco pelo Spurs campeão da NBA, mas compensa com muita dedicação e tem um físico para “comprar” todas as brigas necessárias em quadra. Às vezes, você precisa de um trombador.

Situação: o Spurs está em uma posição muito tranquila podendo cobrir qualquer proposta que chegue. Mais provável que resolvam tudo internamente.

 

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Elton Brand6. Elton Brand (Atlanta Hawks, irrestrito)

Nem todos notaram a drástica reinvenção pela qual passou o jogo de Brand ao longo dos anos. De versátil arma ofensiva, ele tornou-se um bom defensor na virada dos 30 anos para superar uma série de lesões e seguir carreira. Sua capacidade de pontuação e físico não são mais os mesmos, mas o ala-pivô ainda é capaz de ajudar com ótima defesa individual e experiência.

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Situação: Hawks e Knicks teriam interesse. Ninguém precisa ter muita pressa para assinar um jogador de contrato mínimo.

 

7. Gustavo Ayón (Atlanta Hawks, irrestrito)

Depois de um início animador, a carreira de Ayón na NBA simplesmente não decolou. Mudou muito de times, não se firmou e tenho a impressão que nunca teve sua grande chance. Como Monroe, muitas de suas qualidades simplesmente não se encaixam na forma como o jogo se desenha na liga hoje em dia.

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Situação: aposta em uma boa atuação pela seleção mexicana na Copa do Mundo FIBA para se valorizar. Europa é uma opção real.

 

8. Ekpe Udoh (Milwaukee Bucks, irrestrito)

Udoh nunca conseguiu chegar perto de justificar ter sido a sexta escolha do draft de 2010. Ao mesmo tempo, é verdade, nunca jogou em times muito bons. Ele retrocedeu nos últimos dois anos em Milwaukee. Um ala-pivô atlético que bloqueia arremesso e protege o aro sempre vai ser uma adição interessante ao time certo, porém. Tem mais potencial do que um jogador de 27 anos comum.

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Situação: analisava propostas de candidatos ao título e pretendia tomar uma decisão em poucos dias. Isto foi dito no meio de julho. Na espera.

 

9. Greg Stiemsma (sem time, irrestrito)

Assim como Ayón, Stiemsma apareceu com muita promessa e foi caindo gradativamente na vala comum. Ele ainda é o mesmo cara grande que altera e bloqueia arremessos de dois ou três anos atrás, o que tem seu valor. O tempo tratou de deixar claro que é só isso.

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Situação: deverá receber convite para a pré-temporada de alguma equipe, mas, até agora, nada.

 

10. Kenyon Martin (New York Knicks, irrestrito)

Martin continua sendo um jogador útil quando joga. Ele defende múltiplas posições, não foge do jogo físico e pega rebotes. O problema é que “quando joga” faz cada vez mais a diferença. Já com 36 anos, o veterano depende muito de um físico que suportou apenas 50 partidas nas últimas duas temporadas somadas.

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Situação: acaba de fazer uma cirurgia no tornozelo e quer renovar seu contrato com o Knicks. O interesse não parece ser mútuo.

 

Também na discussão:

Nazr Mohammed: sempre foi melhor do que dão crédito, mas já tem 36 anos.
Jason Maxiell: ala-pivô brigador com cada vez menos a oferecer.
Greg Oden: sobreviveu à temporada porque só atuou 219 minutos.
Andrew Bynum: de que importa talento se você não quer jogar?

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