O que esperar de Russell Westbrook no Denver Nuggets?

Armador é uma das novidades da equipe de Nikola Jokic para 2024/25

Russell Westbrook Denver Nuggets Fonte: Reprodução / Instagram

O novo capítulo da carreira de Russell Westbrook será no Denver Nuggets a partir da temporada 2024/25 da NBA. E será seu sexto time nos últimos sete anos. Ele nunca passou mais de um ano e meio em qualquer equipe desde que deixou o Oklahoma City Thunder. E, agora, chega em uma franquia que tem perdido força em seu elenco, mas que conta muito com ele para ter um “novo fator” no próximo ano.

Mas vai dar certo? O encaixe é um dos mais interessantes entre os reforços da liga nessa agência livre. Alguns pontos são bem divertidos, mas também tem muita coisa que pode falhar. E tudo isso em meio a muita pressão para que o impacto do ex-MVP seja muito positivo. Vamos entender.

Espaçamento é um problema sério

Nada é visto com um tom tão pessimista nessa encaixe do que os arremessos. OK, você sabe que Westbrook nunca foi um bom arremessador de três pontos. Denver também, nós também.

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Na série contra o Dallas Mavericks nos playoffs de 2024 por Los Angeles, ele foi um fator negativo no ataque. Muito preso na zona morta em funções fora da bola na frente, ele não teve a movimentação necessária para criar melhores chances para si mesmo. Tudo bem, o Clippers não ajudou muito, sendo muito estático. Mas o armador teve terríveis 23.5% nas bolas de três. Os arremessos gerais? Horrendos 26% de aproveitamento.

E pior do que ter alguém que arremessa tão mal nos playoffs, é ter isso em um time que sofreu justamente para converter bolas de três nas séries do ano passado. A equipe teve um volume muito baixo de bolas triplas na fase regular, enquanto foi o time que menos arremessou de três na NBA. Mas na pós-temporada, a eficiência também foi um problema. Entre os jogadores regulares da rotação, só três tiveram mais do que 35% nas bolas triplas: Michael Porter, Aaron Gordon e Justin Holiday. Destes, o último foi embora.

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Westbrook funciona melhor em ataques com espaçamento bom e muita movimentação. O Nuggets até consegue fazer o segundo em meia quadra, mas o material humano para converter bolas e abrir espaço para o melhor do armador é um problema quase certo nessa dinâmica.

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Ritmo de jogo

Aqui é um ponto que se bem trabalhado pode ser o grande ganho do Denver Nuggets com Russell Westbrook. Times que conseguem atacar em múltiplos ritmos geralmente são ataques mais poderosos. O Nuggets nunca precisou ser um time de transição, especialmente por quão bom é o ataque de meia quadra liderado por Nikola Jokic. Em 2023/24, por exemplo, a equipe foi a quarta mais lenta da NBA em pace (ritmo).

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É aqui que ter Westbrook faz bastante sentido. O banco de reservas e os minutos sem Jokic podem ser liderados por um dos armadores mais dinâmicos da liga. Não que seja perfeito, a fama do MVP de 2017 em erros de ataque é muito conhecida. Mas atacar rápido é uma maneira de diminuir o impacto de um espaçamento menos eficiente.

Se for bem trabalhado por Michael Malone, essa pode ser uma nova forma de atacar bastante interessante para o campeão da liga em 2023. No banco de reservas, isso pode beneficiar os minutos de Peyton Watson, que teve dificuldades de ficar em quadra quando a fase decisiva da liga chegou, justamente pela falta de capacidade de converter alguns arremessos nos playoffs.

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Ou seja, ter uma nova forma de atacar como alternativa a uma clássica da equipe que pode ser menos eficiente em 2024/25, é uma tentativa interessante de se fazer. Talvez, é aqui que mora a grande justificativa da contratação, que foi pedida pelo próprio Jokic.

E a defesa?

Aqui é um ponto legal e que também favorece Westbrook. Seu impacto defensivo saindo do banco em Los Angeles foi muito positivo na última temporada. Aliás, foi uma tônica desde que ele chegou a equipe em 2022/23.

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Em vários momentos em que o jogo ofensivo não aconteceu, o astro se manteve em quadra pela dose da sempre presente energia em quadra e também de muito mais atenção nesse sentido. Com a carga ofensiva sempre muito alta que o astro teve em outros times, a defesa sempre foi um tanto quanto prejudicada, carecendo de uma maior atenção do armador, que as vezes se perdia.

A temporada de 2023/24 foi uma das melhores que vimos dele no quesito. Unindo a energia e a atenção de maneira muito sólida. E quando pensamos que o armador dos últimos anos foi Reggie Jackson, estamos falando, acima de tudo, de uma evolução nesse quesito.

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A grande questão para o Nuggets porém, é que dois líderes defensivos deixaram a equipe nos últimos dois anos, em Kentavious Caldwell-Pope e Bruce Brown. Apesar de representar uma melhora em relação a Jackson, Westbrook não é a coisa mais importante que aconteceu na defesa da franquia nesse mercado. É a perda do ala-armador que vai determinar muito do que veremos da equipe nesse lado da quadra em 2024/25.

Conclusão

Não existe dúvida de que Russell Westbrook no Denver Nuggets renderá muito assunto. O encaixe claramente não é óbvio, enquanto foi uma das contratações mais aleatórias por assim dizer da agência livre.

Mas existem caminhos para funcionar. Nas bolas triplas, a equipe vai precisar de um ano mais forte de Christian Braun e Peyton Watson, mas também de impacto do segundanista que brilhou em algumas chances que recebeu no ano passado, com Julian Strawther.

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Além disso, a contratação de Dario Saric também melhora o espaçamento. Denver terá a capacidade de manter cinco jogadores abertos a quase todo momento na quadra. Isso será muito benéfico para que o armador tenha espaço para infiltrações.

Mas a grande questão por outro lado parece ser se o time consegue lidar com uma outra perda importante no mercado. A equipe tinha problemas com a profundidade do elenco no último ano, e isso só aumentar com a saída de Caldwell-Pope. A resposta, seja para o melhor funcionamento de Westbrook, tanto como de um Nuggets que parece ter perdido força, precisará vir de lugares que tem sido pontos fortes da franquia: coletivo e treinadores.

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A expectativa é grande para ver o MVP de 2017 em quadra.

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