Cada jogo da decisão do título da NBA naturalmente escreve uma página na história da liga. No entanto, nessa quarta-feira, Nikola Jokic e Jamal Murray fizeram algo maior. A dupla não só liderou a segunda vitória do Denver Nuggets na série contra o Miami Heat, mas protagonizou um feito inédito. Eles viraram os primeiros colegas de time a registrarem triplos-duplos em um mesmo jogo de finais.
“Eu trabalho com esses caras há quase 10 anos, então já vivemos momentos muito bons juntos. Mas, obviamente, essa é a nossa primeira vez nas finais. E foi, acima de tudo, uma prova de força após uma derrota. É o que os campeões e guerreiros fazem. Foi, de longe, a melhor atuação de Nikola e Jamal como dupla nesses sete anos”, exaltou o técnico Michael Malone, depois da vitória por 109 a 94.
Jokic manteve a sua rotina de grandes atuações encerrando a noite com 32 pontos, 21 rebotes e dez assistências. O astro sérvio, aliás, tem média de triplo-duplo nos playoffs. Murray, enquanto isso, saiu de quadra com 34 pontos, dez rebotes e dez assistências. Foi só a segunda vez na carreira que o armador conseguiu um triplo-duplo. Façanha da dupla que, como esperado, não empolgou o pivô.
“Estou feliz porque conseguimos a vitória, sobretudo. Era um resultado crucial, pois compensamos a derrota que sofremos em casa. Simplesmente não podíamos ficar para atrás. Mas não sei dizer se foi a nossa melhor performance. É algo tão difícil cravar, né? Só estávamos tentando ganhar o jogo, então podemos pensar nisso depois”, minimizou o duas vezes MVP da liga.
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Reação
Para Murray, em particular, a atuação no terceiro jogo da série foi uma questão de honra. Assim como o Nuggets, ele precisava dar um sinal de reação. Ele não teve uma péssima atuação no segundo jogo, mas ficou muito abaixo do seu padrão. A impressão geral é que o armador, sobretudo, foi “controlado” por Jimmy Butler. No entanto, Malone não foi surpreendido pela atuação do comandado.
“Eu senti a presença e determinação de Jamal o dia inteiro. Esqueçam os números, pois estou falando de sua energia. Ele estava comprometido e sabia a importância do momento, antes de tudo. A sua performance ao lado de Nikola em uma partida que precisávamos vencer, certamente, foi muito especial. Ele comparece quando precisamos”, celebrou o experiente treinador.
Um triplo-duplo, obviamente, é mais chamativo do que os 18 pontos e dez passes decisivos do jogo dois. Mas, de fato, Murray celebrou a mudança de postura. Ele viu-se mais intenso em quadra e, como resultado, as estatísticas acompanharam esse comportamento mais combativo. Um comportamento, aliás, muito mais condizente com uma final de NBA.
“Errei o arremesso do empate no domingo, mas eu sinto que foi uma boa tentativa. Fiquei muito mais incomodado com o resto do jogo porque acho que não ofereci a intensidade que o time precisava. Não fui bem o bastante. Mesmo que não tenha sido péssimo, ficou a sensação de que poderia fazer muito mais por essa equipe”, reconheceu o jogador de 26 anos.
Mais recordes
Nikola Jokic fez um triplo-duplo como Jamal Murray, mas os seus números tiveram um valor histórico muito maior. Ele tornou-se, por exemplo, o primeiro atleta com dez triplos-duplos em uma edição dos playoffs. Foi o primeiro registro, além disso, de uma performance de 30 pontos, 20 rebotes e dez assistências nas finais da liga. Para o colega, nem as surreais estatísticas fazem jus à performance do pivô.
“As estatísticas, antes de tudo, falam por si só. E, aliás, quantas vezes Nikola já fez isso antes? Quantas vezes ainda vai ter que fazer para que acreditem em seu jogo? São bons arremessos, tocos, decisões inteligentes, comunicação na defesa, poucos desperdícios de bola. Enfim, ele faz tudo parecer tão simples. Faltam palavras para defini-lo”, concluiu um impressionado Murray.
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