Uma busca de 16 temporadas chegou ao fim após Chris Paul finalmente ter alcançado a primeira final de NBA da carreira e, para o polêmico Kendrick Perkins, o feito do craque merece exaltação extra por não ter envolvido os supertimes da liga. O ex-pivô e analista da ESPN fez extensos elogios ao armador do Phoenix Suns porque foi campeão do Oeste comandando uma equipe em formação e não se juntando a um time pronto, mais cheio de estrelas, como a maioria dos grandes nomes da liga na atualidade.
“Chris chegar à final foi muito importante. Foi tudo. Porque não é sobre o que você faz, mas como faz. A forma como chegou lá é emblemática. Na offseason passada, quando ainda estava no Oklahoma City Thunder, tenho certeza que deram-lhe a chance de ser enviado para um time campeão – o Lakers, por exemplo. Mas ele não aceitou trilhar o caminho mais fácil. É por isso que, hoje, valorizo tanto essa campanha”, argumentou o comentarista, em participação no programa “The Jump”.
Após a exibição da atração, Perkins publicou o vídeo do debate em suas redes sociais e levou seus comentários um pouco além. “Em Phoenix, Chris escolheu liderar um grupo de garotos com nenhuma experiência em playoffs até a decisão. Ele não ‘trapaceou’ o processo juntando-se a um desses supertimes”, disparou o veterano, que discutia o assunto com o também ex-jogador Richard Jefferson no programa.
Paul foi o grande reforço do Suns na última offseason para fortalecer o jovem elenco que venceu as oito partidas disputadas na “bolha”, em Orlando – e, ainda assim, ficou fora dos playoffs. O objetivo inicial da franquia era voltar aos playoffs, encerrando um jejum de uma década, mas a campanha foi muito além do que o imaginado: a equipe aproveitou o fato de não ter sofrido com lesões sérias para alcançar a segunda posição do competitivo Oeste na temporada regular.
“Chris não pegou atalhos: foi para Phoenix, que tinha um jovem elenco com jogadores draftados e encarou a guerra. Ele enfrentou adversidades, não ‘pulou’ todo o trabalho duro que leva a um anel de campeão. Essa é a razão pela qual exalto sua jornada até aqui mais do que qualquer outra já feita por um superastro recente. Ele simplesmente não fugiu, abraçou astros em ascensão como Devin Booker e Deandre Ayton, e foi um líder da forma como precisavam”, concluiu o veterano.
Nos playoffs, o Suns teve uma trajetória emblemática no caminho para conquistar o Oeste pela terceira vez em sua história: bateu o campeão Lakers na primeira rodada após perder dois dos três jogos iniciais da série, “varreu” o Denver Nuggets do MVP Nikola Jokic e desbancou o temido Los Angeles Clippers em seis partidas na final de conferência. Agora, o time aguarda o vencedor do Leste para tentar levantar o troféu Larry O’Brien pela primeira vez.
Paul, de 36 anos recém-completos, já havia sido reconhecido por sua temporada pela NBA sendo eleito para o Jogo das Estrelas e o segundo quinteto ideal do ano. Em 70 partidas disputadas na campanha, o veterano armador registrou médias de 16.4 pontos (com 39.5% de aproveitamento nos arremessos de longa distância), 4.5 rebotes e 8.9 assistências por noite.
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