A produção de conteúdo virou moda entre os atletas da NBA. Gravar podcasts tornou-se uma tendência na liga como meio de controlar rumores e narrativas. Mas, durante uma temporada, será que isso é uma prática saudável e agregadora? Há quem acredite que não. Por isso, o polêmico Kendrick Perkins cobra que jogadores do New York Knicks sigam o exemplo de Paul George e se afastem dessas atividades.
“Paul não deveria ser o único jogador a parar de gravar para se concentrar nas atuações em quadra. Jalen Brunson e Josh Hart, a princípio, deveriam tomar a mesma decisão. E isso porque, se você está comprometido em conquistar o título da NBA, isso deveria ser o seu único objetivo. O foco total deve estar em vencer e qualquer outra coisa é uma distração”, defendeu o comentarista da ESPN.
Brunson e Hart são amigos de longa data e passaram a gravar o podcast “Roommates” há algum tempo. A produção toma parte do tempo deles e, além disso, costuma ter os seus colegas de elenco do Knicks como convidados. Ou seja, já virou algo integrado ao dia-a-dia da franquia. Perkins vê isso como um sinal da mudança dos tempos na liga, mas também uma ameaça à integridade dos times.
“Se eu entrasse no vestiário do Boston Celtics de 2008 falando do meu podcast, daria ruim para mim. Todo mundo ficaria irritado comigo, certamente. Afinal, os jogadores precisam ter prioridades. E, quando você faz parte de um time candidato ao título, a prioridade sempre é ser campeão. Mantenha o foco, pois as outras coisas podem esperar”, reforçou o campeão da NBA.
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De verdade
Os jogadores do Knicks estão em uma situação diferente de Paul George, pois a equipe é bem mais competitiva. Os nova-iorquinos estão na terceira posição do Leste e possuem a quarta melhor campanha dessa temporada. Mas, apesar dos resultados, o time ainda não venceu o TOP 3 da liga nesse ano. Perdeu os sete jogos contra Cleveland Cavaliers, Boston Celtics e Oklahoma City Thunder.
“Todos sabem que adoro Jalen, mas esse time não tem o bastante para chegar ao topo. Para mim, não são candidatos ao título de verdade. Não tem jogadores atléticos e um elenco com as opções necessárias, por exemplo, para competir contra os melhores do Leste. A torcida está ansiosa pela volta de Mitchell Robinson, mas acho que isso não resolve muita coisa”, disparou Perkins.
Então, para o analista, o que pode levar o Knicks a competir contra os melhores times da liga? A resposta não é simples. Ele acredita que a franquia precisa de contratações que só o tempo pode trazer. “O que precisam é de um ou dois anos para reforçarem o elenco e, assim, virarem uma ameaça. Nesse momento, certamente, não podem competir contra Cleveland e Boston”, cravou o pivô aposentado.
Defesa
A maior dificuldade do Knicks nessa temporada, por enquanto, é uma surpresa para times do treinador Tom Thibodeau. A eficiência defensiva da equipe está só na 20a posição do ranking da temporada. Nos últimos dez jogos, em particular, é a segunda pior da liga – só a frente do Phoenix Suns. Perkins vê isso, antes de tudo, como um reflexo da postura dos dois astros do elenco.
“O problema do Knicks, antes de tudo, está em uma questão de mentalidade. Hoje, a franquia tem uma dupla de pivô-armador – Jalen e Karl-Anthony – que está entre os cinco defensores menores eficientes de suas posições. Quando as duas referências do elenco não entregam o esforço necessário em um candidato ao título, isso é um sinal vermelho. Não vão a lugar nenhum, em síntese”, finalizou o polêmico ex-jogador.
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