Fonte: Reprodução / XJaylen Brown se firma a cada rodada como um possível candidato ao prêmio de MVP da temporada da NBA. Mas o astro não se vê como um dos atletas desse grupo quando o assunto é o “respeito” que recebe dos árbitros. Ele já reclamou várias vezes durante a temporada sobre faltas que sofre e não são marcadas. No entanto, ele nem considera fazer uma coisa comum na liga: recorrer aos flops.
“Os árbitros não marcam algumas faltas em mim como em outros atletas que ‘se jogam’ o tempo inteiro. Eles caem no chão e fazem uma cena assim que sentem qualquer tipo de contato. Não vou citar nomes, mas alguns deles são bons demais e não precisavam disso. Posso garantir que eu não sou assim: não sou um flopper. Não quero fazer isso, pois acho tosco”, desabafou o ala, em uma de suas lives.
Apesar de não ser “nominal”, os alvos da crítica de Jaylen Brown são claros. O atual MVP da liga, Shai Gilgeous-Alexander, é ironizado por rivais por cobrar mais de dez lances livres por jogo. Joel Embiid e James Harden, além disso, são outros ícones que ganharam essa fama e o prêmio individual mais importante da liga. O astro do Celtics não aposta que isso vá mudar tão cedo.
“Talvez, o errado seja eu. Afinal, se você quiser ser um grande jogador, o caminho pode ser vender a sua alma na NBA. Se quiser ser MVP, por exemplo, é preciso virar um tipo de flopper. E eu poderia fazer isso. Posso começar a treinar como entrelaçar os braços em outros atletas, enquanto salto para trás e jogo a minha cabeça para um dos lados. Coisas assim, sabe?”, debochou o ídolo do Boston Celtics.
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Não é basquete
É verdade que Jaylen Brown já ganhou um prêmio de MVP na NBA: foi o melhor jogador das finais de 2024. Mas todos sabem que é uma situação bem diferente. O ponto mais curioso é que, nessa temporada, o craque tem um bom volume de lances livres. É um dos 13 atletas com média acima de sete lances livres por jogo. Ainda assim, ele crava que o número está bem abaixo do que deveria.
“Se jogar no chão ao menor sinal de contato, antes de tudo, não é basquete. Pode até ser NBA, mas não é basquete. E, certamente, não sou esse tipo de atleta. Então, você não deve esperar me ver fazer esse tipo de performance. Mas, ao mesmo tempo, não vão colocar as mãos em mim a cada posse e pensar que nada vai acontecer. Também não é assim”, avisou o ala de 29 anos.
É claro que os lances livres fazem parte do basquete e explorar erros da marcação é um recurso. Brown, no entanto, prega que isso não pode ser um dos principais recursos de um jogador. “Faltas acontecem e vão ser marcadas em mim, mesmo que menos do que em outros atletas. Mas eu não acho que o basquete deve ser jogado com base nisso. Não é para ser assim”, concluiu.
Reclamação
Como citado, Brown tem sido muito vocal e crítico sobre o volume de faltas que sofre – e nem sempre são marcadas – nessa temporada. Tudo começa porque, na ausência de Jayson Tatum, ele assumiu um protagonismo maior no Celtics. Mas é uma questão maior para o astro. Ele acha que, apesar da carreira vitoriosa, realmente não recebe mérito e respeito por parte de árbitros.
“Eu sou um dos jogadores mais agressivos em quadra aberta na liga. Aliás, diria que não há ninguém mais agressivo do que eu. Por isso, não entendo por que não marcam faltas em mim. Noite após noite, essa mesma história se repete. Eu vejo tantos outros atletas, enquanto isso, que recebem tantas ‘faltinhas’. Não entendo o que ocorre, mas esse é o fato”, revoltou-se o campeão da liga.
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