É fim de festa, mas nem tanto

O mercado esfriou, mas ainda tem gente que pode reforçar seu time

Fonte: O mercado esfriou, mas ainda tem gente que pode reforçar seu time

Em pouco mais de três semanas, vimos o esboço de muita coisa sendo montado para a próxima temporada durante o período de agência livre, só que agora a fonte parece estar secando. Daquela lista que o xará fez, praticamente todos já resolveram o seu futuro. Os que ainda estão sem time, vão brigar até o último centavo. Ou minuto, como queiram.

Alguns veteranos, como Shawn Marion, Mo Williams e Jameer Nelson estão aguardando novas ofertas. Aparentemente, os três brigam por uma vaga no Dallas Mavericks. Ray Allen nem sabe ainda se vai ou se fica. O jogador, um dos melhores arremessadores de todos os tempos, está pensando seriamente sobre a aposentadoria.

Dos mais jovens, existe apenas um pouco de falta de mercado. Talvez, por esperarem muito a decisão de outros, acabaram ilhados e podem acabar ficando exatamente onde estão. São os casos de Greg Monroe e Eric Bledsoe.

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Monroe depende de alguns detalhes para seguir no Detroit Pistons. Procurado por várias equipes, o ala-pivô teria pedido aos diretores de sua equipe para que tomassem uma decisão entre ele e Josh Smith. Com a chegada de Smith na temporada passada e a importância que ganhou Andre Drummond no elenco, o jogador teve queda de rendimento e exigiu uma solução. Por mais que depois disso alguns tentaram tapar o buraco, dizendo que nunca houve nada disso, tudo faz sentido. Monroe precisa de espaço, o Pistons, de mais jogadores de perímetro, e todo mundo sabe disso.

Já Bledsoe tornou-se um problema. Depois de ver a chegada de Isaiah Thomas, o armador pediu ao Phoenix Suns o contrato máximo. Ora, bolas. Ele quer ganhar o que Stephen Curry recebe baseado apenas em especulação. Sim, especulação. Porque até o momento, ele ainda não demonstrou ser merecedor de um acordo desse tipo. Sim, eu sei. Ele tem potencial e provavelmente conseguirá atingir esse patamar. Só que ainda não está lá.

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Agente livre restrito, Bledsoe é pretendido pelo Milwaukee Bucks, que pelo que eu vejo, quer todos os armadores do mundo e parece não confiar mesmo em Brandon Knight. Porém, se o Bucks oferecer algo, o Suns cobre. Então, não tem muito para onde correr.

Alguns times acabaram se dando bem nesse período. Charlotte Hornets, Washington Wizards e Chicago Bulls me parecem ter saído na frente. 

O Hornets manteve a boa base que foi aos playoffs da temporada passada e adicionou o controverso ala-armador Lance Stephenson. O Wizards reforçou o garrafão e trouxe o veterano Paul Pierce para o lugar de Trevor Ariza. Já o Bulls teve a chegada de Pau Gasol e Aaron Brooks para ser o seu terceiro armador. Imagine só. Brooks, outrora titular e dos bons, virou a terceira opção em Chicago.

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Outras equipes não tiveram o mesmo sucesso. Los Angeles Lakers e Houston Rockets, principalmente, foram os grandes perdedores para 2014-15.

O Lakers simplesmente não conseguiu acertar com ninguém. Tinha espaço no teto salarial, poderia trazer excelentes jogadores, mas esbarrou no fator Kobe Bryant. Os tempos são outros, e ninguém quer jogar com Kobe hoje.

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Antes de você começar a se irritar, eu acho que Kobe foi um dos melhores que já vi, mas seu salário pouco convidativo é um problema grave para montar qualquer elenco. Basta olhar para o que montou para saber que não vai para os playoffs mais uma vez. E o detalhe: Bryant terá 36 anos quando a temporada começar.

Agora o que dizer sobre o Rockets? Que lástima. Sonhou com Carmelo Anthony e Chris Bosh e acordou com Trevor Ariza e Alonzo Gee. Bom, pelo menos Daryl Morey não vai receber votos para o prêmio de melhor executivo neste ano.

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Por mais que alguém venha com o discurso de que Ariza foi muito bem na temporada passada, eu preciso explicar algo para que você volte ao planeta Terra. Ariza estava em último ano de contrato. Muitos jogadores fazem isso. Eles explodem e, depois, quando assinam contratos lucrativos, jogam o seu basquete normal, básico, sem riscos. E outra: ele está em sua segunda passagem pela equipe e jamais passou de 15 pontos por partida em uma temporada. 

O Rockets deixou um cara de um talento incrível como Chandler Parsons ir embora e assinou com Ariza. 

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Sem querer menosprezar (tanto) o novo contratado, mas o Dallas Mavericks se deu muito bem com Parsons. Azar do Rockets, de verdade. Não quis comprometer, não quis ousar. Assinou com Ariza para ter flexibilidade. Mas para onde esse time vai com Dwight Howard e James Harden, se nem da primeira rodada dos playoffs conseguiu passar? E isso que o elenco ainda contava com Omer Asik e Jeremy Lin, além de Parsons.

Relendo tudo isso aqui pareceu que eu odeio o Ariza, mas não é o caso. Até gosto do cara. Eu que fiz questão de demonstrar a diferença de talento mesmo.

E isso é tudo, pessoal? Não mesmo.

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Pelo que li e ouvi nos últimos dias, parece que tem mais coisa vindo por aí. Existe agora a enorme possibilidade de o ala-pivô Kevin Love ser negociado e adivinha para onde ele pode ir…

Bem, o Chicago Bulls até entrou na briga, assim como o Golden State Warriors conversa e não sai do lugar. Mas quem parece que vai ficar com ele é mesmo o Cleveland Cavaliers. A equipe, que tem novamente LeBron James, não só como seu principal jogador, mas interlocutor, está trabalhando para ter Love em seu elenco.

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Não por menos, o Cavs abriu espaço em seu teto salarial, trocou peças em último ano de contrato, renovou com seu principal atleta, trocou de técnico e agora se prepara para receber mais um astro em seu elenco. 

Depois de muita conversa, parece que o ala-armador Andrew Wiggins, primeira escolha do draft, não vai assinar contrato com o Cavs, mas sim com o Minnesota Timberwolves. Uma regra da NBA diz que, se Wiggins assinar com o Cavaliers, só poderá ser trocado depois de 30 dias. Ou ainda, ele pode de fato ter seu compromisso selado com o time de Cleveland, e aguardar um mês apenas por protocolo para que seja oficializado. O Wolves quer envolver Kevin Martin e J.J. Barea em qualquer negociação.

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Sabe-se que Dion Waiters não quer ser reserva. Wiggins no Cavs significa exatamente isso. E apenas no achismo, Waiters não fica nem se Wiggins for negociado. E Martin, em um pacote que envolve Love, faria todo o sentido.

Eu não o faria. Acho que a chance de ter quatro primeiras escolhas em um mesmo time, vale muito mais do que apostar em um astro que tende a virar Chris Bosh em um time que tem LeBron. Não pelo estilo de jogo, que esse por si só já é parecido. Mas pela queda nos números ofensivos que deve ter.

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E na sua opinião, que agente livre ainda pode melhorar algum elenco?

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