A pré-temporada da NBA está apenas começando, mas dizem que o jogo em si não vale muito. Será mesmo? Diversas vezes vimos times simplesmente não funcionarem na fase de amistosos e mudarem bastante na campanha regular. Mas quantas vezes aconteceram de uma equipe não dar certo em nenhuma delas?
Claro, é um período feito meramente para testes. Ali, os últimos ajustes acontecem, pois os técnicos estão vendo o que cada atleta rende em treinamentos. Embora o básico “treino é treino e jogo é jogo” exista, muitas vezes conseguimos ver encaixe (ou a falta dele) nos amistosos. A reação dos jogadores é outra e a fisicalidade de um oponente é bem diferente de um companheiro de equipe. Apesar de haver competição em treinos, é jogando que dá para entender se um cara vai render ou não sob pressão.
Certa vez, vazou uma imagem dos lances livres do Los Angeles Lakers. Ali, comparavam o que os jogadores faziam em treinamentos e em jogos. A diferença é enorme.
Era do time de 2013. Dwight Howard, por exemplo, fazia mais de 82% nos treinos. Mas nos jogos, o pivô não chegava aos 50%. Até Steve Nash, que fazia 97% deles treinando apresentava queda de rendimento nas partidas.
Então, mais uma vez, o que acontece nos treinos é uma coisa bem diferente dos jogos. Tudo certo até aqui, né?
Dá para associar com os amistosos. Primeiro, porque vale mais um jogo de pré-temporada da NBA do que num treinamento. Tem torcida, sistema de som para ajudar ou atrapalhar, narradores e tudo mais.
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O resultado, em si, não importa muito. Mas é bom lembrar que o time que está no quadro ali perdeu as oito partidas de pré-temporada. Sim, o Lakers que tinha Kobe Bryant, Pau Gasol, Metta World Peace, Nash e Howard era o mais badalado da offseason. Afinal, Kobe ainda era espetacular, Gasol vivia no All-Star Game e World Peace era um defensor implacável. Por outro lado, a equipe recebia dois dos melhores reforços para 2012/13.
Apesar de Nash ser um veterano e estar muito mais próximo da aposentadoria, ele teve 10.7 assistências no ano anterior. Enquanto isso, Howard era o melhor pivô da liga.
Imagine isso.
Eu me lembro bem de alguns amigos dizendo: “pode entregar a taça”.
Aquele Lakers falhou miseravelmente, Nash se machucou, Howard e Bryant brigaram e o time levou uma varrida do San Antonio Spurs na primeira rodada dos playoffs.
Pule alguns anos.
Em 2021/22, o mesmo Lakers fechou aquela troca por Russell Westbrook. Sabe quantos jogos a equipe venceu na pré-temporada?
Nenhum.
A temporada foi um desastre e o Lakers sequer chegou ao play-in.
Tem alguém com a mesma cara para 2023/24?
É cedo. Muito cedo. Mas você viu o Dallas Mavericks contra o Minnesota Timberwolves?
Tudo bem, é pré-temporada, o resultado não vale muito e todo aquele blá, blá, blá. Mas o Mavs não jogou absolutamente nada enquanto os titulares estiveram em quadra. Foi feio, foi estranho. Tudo aquilo que falamos sobre a offseason ter sido boa pareceu exatamente o contrário em quadra.
Tem o fator Jason Kidd, claro. Ainda não sei como ele continua como o treinador ali, mas não encaixa.
Pode ser que a coisa mude, pois Kyrie Irving não atuou na segunda partida e Luka Doncic só ficou em quadra no primeiro tempo. Mas foi algo tenebroso.
Grant Williams, Olivier-Maxence Prosper, Dereck Lively, Kyrie Irving e Luka Doncic devem formar o quinteto titular para a temporada. É óbvio que eles precisam treinar muito e entrosamento leva tempo. Especialmente quando apenas os últimos dois jogaram juntos em 2022/23 e, mesmo assim, por meia campanha.
Mas falta altura ao Mavs. Lively é extremamente cru, tem zero experiência e não seria titular na imensa maioria das equipes da liga. Entretanto, o fato de ele ter cerca de 2,35 metros de envergadura, faz com que Kidd o utilize mesmo assim.
O Mavericks pode funcionar em dois anos ou na individualidade de Doncic e, claro, de Irving. De repente, com outro técnico. Mas até lá, não. O Mavs terá muitos problemas para ir aos playoffs. Seríssimos.
Fique de olho na próxima terça-feira, quando o time encara o Real Madrid.
Pouco tempo de treinamento
Não que seja uma desculpa, pois todos os times passam por isso. Mas a NBA coloca o jogo de pré-temporada muito próximo da reapresentação dos atletas, o que vale o registro. Então, você ainda tem viagens longas em alguns casos (como Timberwolves e Mavericks). Soma-se a um elenco quase todo novo, um treinador questionável e dois calouros no quinteto titular, não dá para esperar muito.
Mas mais uma vez, todas as equipes passam por algo similar. Dallas e Minnesota puderam se reapresentar antes dos outros times e tiveram, na teoria, o mesmo tempo de treinamento.
Vale ressaltar, também, que diversos jogadores reuniram caras do elenco para treinos privados. Jordan Poole, por exemplo, chegou ao Washington Wizards e já organizou alguns treinamentos assim.
As estatísticas avançadas mostram como um quinteto atua. Se você tem mais entrosamento, claro que suas chances de vitória aumentam.
O que assusta, no caso do Mavs, é que o time só foi minimamente competitivo quando Doncic esteve em quadra (nos dois jogos). De novo, minimamente.
A pré-temporada pode até não valer como resultado, mas dá sinais do que está por vir.
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