Deni Avdija sofreu um duro golpe em sua vida e carreira no ano passado, com a troca do Washington Wizards. Ele foi repassado para o Portland Trail Blazers em uma negociação inesperada, depois de sua melhor temporada na NBA. Foi o ponto final em uma estadia de quatro anos e quase 300 jogos pelo time que o escolheu o draft de 2020. O jovem teve que superar em quadra, mas um gosto amargo fica na memória.
“As pessoas de Washington me apoiaram por muitos anos e, por isso, criei uma conexão forte com todos. Então, eu senti como se levasse uma facada nas costas quando soube da troca. Entendo que a NBA é um negócio, mas sempre fui leal aos times e colegas de trabalho com que estive em minha carreira. Foi um baque duro deixar o Wizards”, relembrou o ala-pivô, em entrevista à rede israelense Ynet.
É verdade que Avdija não deu sinais de abatimento enquanto jogador do Blazers. Pelo contrário. Ele voltou a registrar as suas melhores médias de pontuação (16,9), rebotes (7,3) e assistências (3,9) na NBA na temporada de estreia pelo time. E teve um papel crucial na ascensão da equipe depois do Jogo das Estrelas. Seis de seus sete jogos acima dos 30 pontos na campanha aconteceram entre março e abril.
“Começar um novo capítulo em sua carreira é assustador e, ao mesmo tempo, muito empolgante. Você nunca sabe para onde vai e se é um bom encaixe. Nós não temos controle sobre isso. Mas eu estou feliz porque tenho o caráter e as habilidades para jogar com qualquer um. Achei uma casa incrível em Portland e estou animado com o nosso futuro”, garantiu o atleta de 24 anos.
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Orgulho nacional
Para Deni Avdija, no entanto, é hora de deixar a troca do Wizards e a temporada pelo Blazers em segundo plano. O ala-pivô, afinal, se prepara para defender a seleção de Israel no Eurobasket desse ano. É comum que a NBA crie algumas dificuldades para alguns dos seus atletas atuarem em competições internacionais. Mas, na visão do ala-pivô, a convocação do país é o ponto máximo do esportista.
“Eu nunca vou ser rápido em julgar alguém que não jogue pela sua seleção, pois não sei o que acontece nos bastidores. Cada atleta é um caso diferente, então devo respeitar a decisão de todos. Mas eu não sou assim. Sempre encararei como uma honra, acima de tudo, atender uma convocação e atuar pelo time nacional. Poder representar a minha pátria”, celebrou a nona escolha do draft de 2020.
Avdija, aliás, até criou um pouco de burburinho em Portland nos últimos dias com uma declaração sobre a seleção. Ele disse que, sem dúvidas, defender a seleção está acima do seu time e da NBA. “São os outros jogadores, não eu, quem terão que viver com a opção de não atender ao chamado do seu país. Só torço para que não olhem para trás um dia e se arrependam do que não fizeram”, concluiu.
Resultado dos sonhos
A seleção de Israel não entra no Eurobasket como uma das favoritas ao título. Vencer França e Espanha, por exemplo, parece um objetivo distante. Mas Avdija não vê isso como algo impossível. O melhor resultado do país no torneio continental foi o vice-campeonato em 1979, quando perdeu a decisão para a União Soviética. Ele quer, no mínimo, repetir esse feito agora.
“Eu acho que sucesso seria levar Israel à final do Eurobasket. É algo que quero demais, certamente. Sei que pode parecer surreal para um país pequeno, em particular, com o nível de competição que vamos enfrentar. Há incríveis seleções em nosso continente, mas creio que podemos fazer uma grande campanha se jogarmos juntos. Quero chegar a essa decisão”, cravou o ala-pivô do Blazers.
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