Com polêmica de ex-jogador do Warriors, Unicaja detona seleção da NBA G League

Equipe espanhola venceu Copa Intercontinental desse ano batendo time norte-americano na decisão

warriors nba g league Fonte: Divulgação / FIBA

Juan Toscano-Anderson foi o nome mais comentado da final da Copa Intercontinental de Clubes desse ano. O ex-jogador do Golden State Warriors não conseguiu levar a seleção da NBA G League à vitória e, além disso, saiu “queimado” do torneio. Durante a decisão, contra o Unicaja Málaga, ele fez declarações desrespeitosas sobre o basquete europeu para tentar motivar o seu time. E, como resultado, causou a ira de outros atletas.

“O nosso sonho não é jogar na Liga ACB, cara. Muito menos jogar na merda da Euroliga. O nosso sonho é atuar na NBA e, com isso, ganharmos milhões de dólares. Então, o que eles estão fazendo conosco é inaceitável”, exclamou o ala, durante um tempo técnico no terceiro quarto da partida. A equipe norte-americana perdia por 18 pontos de diferença àquela altura.

O discurso teve pouco resultado, pois os espanhóis venceram a partida por 15 pontos de vantagem. No entanto, gerou um efeito imediato entre jogadores europeus e que atuam no continente. Vários deles usaram as suas redes sociais para criticar Toscano-Anderson. “A sua liga não é basquete de qualidade e só tem crianças”, disparou Sam Dekker, do London Lions.

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O MVP da competição, Dylan Osetkowski, também fez questão de rebater o comentário depois da vitória na final. “Me perdoem esses termos, mas opiniões são como bundas: cada um tem a sua. Por isso, Juan tem o direito de ter a sua opinião. Eu sinto que demos uma ótima resposta em quadra”, sentenciou o pivô.

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Nada demais

Mas, na verdade, nem todos se posicionaram de forma tão radical sobre o comentário de Toscano-Anderson. Um dos principais jogadores europeus da atualidade, aliás, defendeu o ala. Segundo Evan Fournier, o ex-atleta do Warriors só queria “inflamar” a seleção da NBA G League em um cenário negativo. E, para ter esse tipo de impacto, não se pode usar palavras delicadas e termos formais.

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“Talvez, eu não tenha acompanhado a história toda. Mas eu sou o único que não vejo nada de errado aqui? A equipe está perdendo, então o cara tentou motivar o elenco. Nada além disso, nada demais. Eu realmente não acredito que tenha sido desrespeito com o basquete europeu, mas posso estar errado”, ponderou o ala-armador francês.

De qualquer forma, depois do jogo, Toscano-Anderson se retratou por seus comentários. “As minhas palavras foram para os meus companheiros em um contexto bem específico. Disse que, se quisermos jogar na NBA, então devemos encarar todos no mais alto nível. Tenho muito respeito pela competição internacional, pois conheço o nível de talento em atuação. Portanto, nunca quis ser desrespeitoso”, argumentou.

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Segunda melhor

Para Toscano-Anderson, a participação na Copa Intercontinental FIBA tinha uma missão maior do que o título. O jogador queria mostrar que a G League, em síntese, é mais do que uma mera liga de desenvolvimento. Existe competição de alto nível além de garotos despreparados para a NBA. De mais alto nível, aliás, do que a própria Europa.

“Nós queremos ser agressivos nesse torneio e, com isso, fazer uma afirmação para o mundo do basquete. Eu acredito que a G League é a segunda melhor liga de basquete do planeta. A gente veio para cá com a missão de mostrar isso dentro de quadra”, disse o atleta de origem mexicana.

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