Na semana passada eu escrevi sobre aqueles que não me enganaram. Agora é a vez dos que realmente conseguiram. Segue a lista.
1- Phoenix Suns – Uma palavra: fabuloso! É isso o que o trabalho do técnico Jeff Hornacek se resume em 2013-14. Logo em seu primeiro ano, transformou jogadores até então medianos em grandes atletas. É só olhar o que fizeram Goran Dragic e Gerald Green neste ano. Dragic ainda teve uma boa passagem pelo Houston Rockets e tornou-se um sério candidato ao Jogo das Estrelas. Já Green, um sujeito complicado em seus primeiros anos na NBA, virou profissional e o resultado está em seus números. Ele faz sua melhor temporada da carreira, com sobras. O Phoenix Suns pode até não se classificar para os playoffs, mas o resultado é sensacional.
2- Cleveland Cavaliers – O time tem a primeira escolha no draft, contrata Andrew Bynum, segue com jogadores de futuro promissor, mas o resultado final é desesperador. O Cleveland Cavaliers tinha tudo para se classificar para os playoffs e hoje não consegue absolutamente nada. Anthony Bennett foi um fiasco, Bynum foi embora rapidamente, e Dion Waiters brigou com Kyrie Irving. Bem, deu tudo errado.
3- Jason Kidd – Seis vitórias nas primeiras 20 partidas. Em um elenco tão badalado como o do Brooklyn Nets, qualquer técnico sem experiência já teria sido demitido. Na minha opinião, o erro foi em contratá-lo, já que não tinha nenhuma partida em seu currículo na posição e o time carecia de alguém com rodagem. Entretanto, a diretoria bancou Jason Kidd e o Nets voltou a ser uma ameaça aos principais candidatos da Conferência Leste, mesmo sem o pivô Brook Lopez. Pode ser uma pedra no sapato de Miami Heat, Indiana Pacers e Chicago Bulls.
4- Monta Ellis – Particularmente, não gosto do estilo de Monta Ellis. Um jogador individualista, baixo para a posição, e que tem uma seleção de arremessos bem questionável. Então, ao ir para o Dallas Mavericks, a primeira coisa que pensei foi que o time texano estaria em um período de reformulação de elenco. Com Dirk Nowitzki próximo de sua aposentadoria, tinha certeza que o Mavs jamais brigaria por alguma coisa. Imaginei errado. Ellis teve uma evolução de quase 10% em seu aproveitamento nos arremessos de quadra, melhorou nos três pontos, e por fim, conseguiu anotar ao menos 18 pontos nas primeiras 15 partidas, um recorde na franquia. Não por menos, briga pelos playoffs.
5- Toronto Raptors – Masai Ujiri foi contratado pelo Toronto Raptors para uma implosão no elenco. A ideia era trocar o armador Kyle Lowry, o ala Rudy Gay, entre outros. Dos principais, apenas Gay foi negociado e o time simplesmente começou a vencer. A equipe canadense possui campanha positiva jogando fora de casa. Apenas outros três times na conferência Leste conseguem o mesmo. Sem ir aos playoffs desde 2007-08, o Raptors finalmente vai conseguir a vaga. Brilhante!
6- New York Knicks – A base era praticamente a mesma da temporada passada, quando teve a segunda melhor campanha da conferência Leste e o time ainda adicionou o veterano Metta World Peace e o italiano Andrea Bargnani ao seu elenco. Inexplicavelmente, o Knicks andou para trás em 2013-14. Brigas nos vestiários, contusões, dúvidas acerca da capacidade de seu treinador e um medo terrível de Carmelo Anthony sair depois dessa temporada podem explicar o fracasso da equipe. Ainda que consiga chegar aos playoffs, o time de Nova York está longe de encantar. Boa sorte para Phil Jackson.
7- DeMarre Carroll – Sua intensidade em quadra é marcante. Entretanto, eu não imaginava que DeMarre Carroll poderia ser titular todas as noites no Atlanta Hawks. E o melhor: jogando bem. Carroll tinha basicamente as mesmas funções defensivas no Utah Jazz, mas foi em Atlanta que ele se destacou, principalmente no ataque. Convertendo 37.5% de suas tentativas de longa distância, o ala tornou-se uma ameaça constante atrás da linha de três.
8- Roy Hibbert – Aquela disputa contra o Miami Heat nas finais do Leste de 2012-13 e sua convocação para o Jogo das Estrelas me convenceram que Roy Hibbert estaria entre os melhores pivôs da atualidade. Infelizmente, não foi bem assim. Hibbert ganhou mais tempo de quadra, é verdade. Mas ele conseguiu piorar todas as principais estatísticas, sem contar que Andrew Bynum pouco entrou em quadra. Não existem desculpas.
9- Portland Trail Blazers – Qual a diferença essencial do Portland Trail Blazers de 2012-13 para esta temporada? Banco de reservas. No ano passado, tinha um quinteto titular respeitável (saiu J.J. Hickson e chegou Robin Lopez para o seu lugar), mas os suplentes eram terríveis. Mo Williams, Thomas Robinson e Dorell Wright adicionaram profundidade no elenco. OK, tirando Williams, os outros dois jogaram em média 13 minutos cada. Além disso, com o veterano armador na equipe, Damian Lillard não precisou atuar por cerca de 38 minutos como na temporada passada e conseguiu produzir ainda mais. Isso sem contar com LaMarcus Aldridge, que faz em 2013-14 o seu melhor ano da carreira.
10- Blake Griffin – Quando Chris Paul machucou o ombro, pensei que o Los Angeles Clippers tivesse uma queda de rendimento significativa. Não foi o que aconteceu. Liderado por Blake Griffin, o Clippers seguiu entre os principais times da conferência Oeste e o ala-pivô mostrou ser mais do que um mero campeão de enterradas. Melhorou sua defesa, uma de suas maiores críticas até então, e seu arremesso está mais confiável. Enfim, Griffin está querendo se tornar um jogador completo.
11- Henry Sims – De onde saiu Henry Sims? Quando foi negociado pelo Cleveland Cavaliers como complemento para o Philadelphia 76ers, poucos imaginavam que Sims poderia ganhar a titularidade em sua nova equipe. Vá lá que a concorrência também não é grande coisa e o Sixers está fazendo de tudo para seguir perdendo. Mas seus números mostram pouco do que ele realmente faz em quadra, como no confronto diante do Chicago Bulls. Melhor dizendo, contra Joakim Noah. Sims conseguiu 18 pontos e 15 rebotes em 31 minutos. Pode não fazer nada na temporada que vem, até porque Nerlens Noel estará pronto para jogar, porém mostrou potencial, sem dúvida alguma.
12- Otto Porter Jr. – Terceira escolha do último draft, Otto Porter realmente me impressionou em Georgetown e não poderia concordar mais com a opção do Washington Wizards. Só que as coisas não foram exatamente como eu imaginava. Porter Jr. não só teve um primeiro ano para esquecer, mas também ficou relegado à posição de garoto Gatorade. Em duas oportunidades que teve ao menos 20 minutos em quadra, ele somou quatro pontos. Patético.