O ditado popular diz que o tempo é o único invicto nos esportes. Mas ele nunca foi tão desafiado quanto hoje. Os atletas de elite desafiam as convenções da idade com uma longevidade nunca vista. E, como resultado, vemos cada vez mais veteranos atuando em alto nível. Por isso, o Jumper Brasil tem uma questão: quem são os 15 melhores jogadores da NBA acima dos 35 anos?
Quem vota?
Para responder essa pergunta, o site reuniu 15 votantes entre integrantes da equipe e convidados especiais. São, em síntese, analistas e produtores de conteúdo. Eis a lista dos participantes:
André Mori (Consultor Jumper Brasil)
Antonio “Ton” Carlos Junior (Jumper Brasil)
Edu Marangoni (Live Basketball BR)
Felipe Ibañez (Amassando o Aro)
Gustavo Freitas (Jumper Brasil)
Gustavo Lima (Jumper Brasil)
Higor Goulart (Jumper Brasil)
Leonardo Paglioni (Splash Brothers)
Leonardo Sasso (ESPN Brasil)
Luis Araújo (Consultor Jumper Brasil)
Mateus Carvalho (Pisou na Linha)
Matheus Gonzaga (Bandeja de 3)
Ricardo Stabolito Junior (Jumper Brasil)
Victor Linjardi (Jumper Brasil)
Willian Wallace (Coast to Coast Brasil)
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Pedimos para que cada um deles fizessem um ranking de 15 melhores jogadores acima de 35 anos da NBA. Estavam elegíveis, a princípio, todos os atletas e agentes livres da liga que tinham a idade citada (ou mais) no dia 01 de setembro.
A intenção ao abrimos as votações para fora dos membros do site é, antes de tudo, trazer uma visão mais diversificada dos assuntos.
Só 17 nomes, no total, foram citados durante a pesquisa. Os dois atletas que ficaram de fora da lista foram: Nicolas Batum e Mike Conley. Ou seja, tirando ambos, todos que receberam menções vão ser citados a seguir. Vamos lá, então: esses são os 15 melhores jogadores da NBA com mais de 35 anos eleitos pelo Jumper Brasil!
15. Russell Westbrook (Sacramento Kings) – 36 anos
Muito se discute – com razão – sobre a forma como Westbrook sempre jogou basquete aos seus termos. E, lá atrás, todos diziam que o jogo do craque “envelheceria” mal por causa da dependência dos recursos físico-atléticos. Por isso, acho que ele recebe muito pouco crédito pela forma como se cuidou na carreira. O armador não é o garoto de dez anos atrás, mas segue forte e explosivo nesse fim de carreira.
Apesar de ser um jogador divisivo, ninguém pode questionar a intensidade e entrega do astro em quadra. Ele mostrou que ainda tem esse vigor atuando pelo Denver Nuggets. Com uma disposição e esforço defensivos, aliás, melhor do que exibiu na maior parte da carreira. Se levar essa postura para o Kings, por mais que tenha os seus críticos, acho que ainda tem mais lenha para queimar.
14. Chris Paul (Los Angeles Clippers) – 40 anos
Nós precisamos discutir a questão física quando falamos da longevidade de um jogador, certamente. Mas um ponto subestimado nesse debate é a vontade de estar em quadra. Um atleta que passa dos 35 anos atuando na NBA está com a vida acertada, então não tem que mais jogar – ou trabalhar. Chris Paul já não tem que fazer isso, mas o desejo de competir no basquete o traz de volta a cada temporada.
No primeiro semestre, pelo San Antonio Spurs, ele virou o primeiro jogador a fazer os 82 jogos da campanha em sua 20a temporada. Em um time, aliás, que todos já sabiam que não tinha ambição competitiva desde o início da campanha. “A minha função agora, certamente, é diferente do que era antes. Mas gosto de vir treinar todos os dias. Estou animado para mostrar o que é entregar o seu máximo o tempo inteiro”, garantiu.
13. Brook Lopez (Los Angeles Clippers) – 37 anos
Chegar aos 35 anos jogando na NBA significa muita coisa. Uma delas é que o jogador não precisa – ou deveria precisar – do dinheiro. Afinal, se atuou muitos anos na liga, você teve altos ganhos financeiros. É o caso de Brook Lopez, por exemplo. Ganhou mais de US$220 milhões em salários por mais de 1100 jogos na liga. Por isso, ele garante: a grana não move um atleta desse perfil.
“Eu não vou mentir aqui que o dinheiro não é bom, mas isso não é o que me traz aqui. Ainda adoro jogar basquete, assim como amava quando era um garoto. Já estou em quadra há muitos anos e, mesmo assim, não perdi esse encanto. Além disso, após a experiência em Milwaukee, quero seguir vencendo. Então, acho que sou um encaixe perfeito nesse momento da minha carreira”, contou um dos melhores jogadores acima de 35 anos da NBA.
12. Al Horford (Golden State Warriors) – 39 anos
Adaptabilidade é uma virtude importante para os jogadores da NBA, pois, em algum momento, o seu jogo vai precisar mudar. Esse ajuste pode acontecer pela idade ou mudanças da própria liga, mas ele vem. Al Horford, nesse sentido, é um exemplo. Afinal, alguns de vocês podem nem o ter visto como um pivô técnico e esguio que operava em média distância lá nos longíquos 2007.
Nas primeiras sete temporadas da carreira, o veterano só tentou 29 tiros de três pontos. Era menos de 1% do seu volume ofensivo naquele instante, para se ter uma ideia. Mas, nos últimos dez anos, teve mais de 200 arremessos de longa distância em nove. Veja a campanha passada, por exemplo: mais de 68% das tentativas de quadra de Horford foram arremessos de três pontos. Foi uma grande mudança, né?
11. Klay Thompson (Dallas Mavericks) – 35 anos
Um erro comum é considerar “longevidade” como um jogador de 35 anos que ainda atua no mesmo nível – ou semelhante – dos seus 25 anos. Afinal, isso é quase impossível. Na verdade, basta ser regular, saudável e produtivo até uma idade mais avançada que você chegou lá. Klay Thompson está em declínio claro em sua versão do Dallas Mavericks, mas ainda foi um jogador importante para o time texano.
“Klay, antes de tudo, tem sido um ótimo companheiro de time e atleta para se treinar. Mas vai além disso. Quando falamos de um jogador com a sua idade no jogo atual, eu diria que disputar mais de 70 partidas é incrível. Ele é um jogador com quem podemos contar sempre e muito consistente em quadra. O adversário não descuida dele porque sabe que o arremesso está lá”, exaltou o técnico Jason Kidd.
10. Paul George (Philadelphia 76ers) – 35 anos
Não se engane: Paul George é um astro da liga. Aliás, foi um dos legítimos astros two-way da liga na última década. Mas disponibilidade é uma qualidade crucial. Por isso, a discussão em torno da ala virou o que acontece quando você tem um dos melhores jogadores acima de 35 anos da NBA que não consegue jogar. O técnico Nick Nurse revelou que vem instigando o veterano a passar o seu conhecimento para o elenco.
“Os nossos veteranos precisam ensinar os mais jovens sobre os caminhos da liga e como serem profissionais. Por isso, eu me sentei e conversei com Paul sobre isso. Ele não está em ação agora, mas é um grande defensor pelo seu entendimento do jogo e instintos de antecipação. Então, nós precisamos que ensine aos garotos um pouco disso. E o mais rápido possível”, contou o treinador do Philadelphia 76ers.
9. DeMar DeRozan (Sacramento Kings) – 36 anos
Pode-se dizer que, apesar de ser pouco reconhecido por isso, DeRozan é o contrário de George. O ala-armador não tem grandes conquistas na liga, mas a sua disponibilidade e constância são incríveis. E, a esta altura da carreira, deveriam ser muito mais elogiadas. Ele é o único jogador dessa lista, por exemplo, que disputou mais de 360 jogos na soma das últimas cinco temporadas.
Mas, na verdade, isso vai muito além: é uma marca da sua carreira. Ele já acumula 12 temporadas seguidas com mais de 60 jogos disputados e média acima dos 20 pontos. Mais do que isso, cobrou mais de 5,5 lances livres por partida em todas convertendo acima de 82% deles. O astro não tem o estilo de jogo mais alinhado com o basquete atual, mas, ao mesmo tempo, a disponibilidade nunca teve tanto valor na NBA.
8. Jrue Holiday (Portland Trail Blazers) – 35 anos
Assim como Horford, Jrue Holiday é um exemplo de adaptação durante a carreira. As pessoas podem não lembrar, mas ele chegou à liga como um armador atlético e pouco cerebral. Depois de algumas lesões, o atleta deu uma guinada e virou um dos 3-and-D mais inteligentes da liga antes desse arquétipo ficar tão popular. E, com isso, virou a “peça final” para os títulos de Milwaukee Bucks e Boston Celtics.
“Eu vejo certas pessoas dizerem que Jrue é meio subestimado. Mas não concordo com o meio. Ele é subestimado por causa da sua personalidade e ser alguém que não chama a atenção. É um vencedor, antes de tudo, pois ‘renega’ o seu talento para fazer um papel que leve o time às vitórias. Eu estou bem feliz por tê-lo ao meu lado”, contou o técnico do Celtics, Joe Mazzulla, na última temporada.
7. Draymond Green (Golden State Warriors) – 35 anos
O fim de carreira do jogador de basquete, bem como para qualquer trabalhador, passa por pensar o que vai vir depois. A diferença é que você se aposenta uns 25 anos antes do que uma pessoa normal. Pode-se dizer que Draymond Green vive o seu futuro no presente, pois já atua como analista de televisão e podcaster. O defensor do Golden State Warriors quer trazer algo diferente para a cobertura da liga.
“Você não aprende mais sobre o jogo de basquete quando liga a televisão para assistir às partidas. Eu posso trazer de volta esse conhecimento, a tática, para a transmissão. Vários torcedores não sabem que há jogos dentro dos jogos e, por isso, perdem muito do que está acontecendo. Mas, se pudermos comentar o basquete, a discussão volta a ser as partidas. Como sempre deveria ter sido”, explicou o ala-pivô, um dos melhores jogadores acima de 35 anos da NBA.
6. Damian Lillard (Portland Trail Blazers) – 35 anos
Os avanços da medicina esportiva, certamente, estão entre os motivos que promovem a longevidade na NBA. Mas, quando falamos de um jogador de 35 anos, isso também traz um dilema. O que vale mais a pena: ser precavido com um atleta de idade avançada ou confiar em métodos mais modernos e rápidos? Damian Lillard vive tal drama enquanto se recupera de uma ruptura do tendão de Aquiles – e já fez a sua escolha.
“Já estou correndo e arremessando. É um estágio em que posso fazer muita coisa, mas é enganador. Por isso, eu não planejo jogar na próxima temporada. Quero ficar o mais saudável possível e confiante em minha movimentação antes de voltar às quadras. Os próprios médicos avisaram para não tentar ser aquele que retorna em tempo recorde, pois não sou mais um garoto”, contou o armador.
5. Jimmy Butler (Golden State Warriors) – 36 anos
Já falamos sobre jogadores que desenvolveram diferentes recursos para se adaptarem durante a carreira. Mas tem como mudar a essência do seu jogo? Jimmy Butler é um contraponto em relação a Horford e Holiday, por exemplo. Ele segue com um estilo de jogo físico e de confronto, mesmo com o avanço da idade. Isso cobra o seu preço em pequenas e constantes lesões, mas é parte do que o faz especial.
O ala-armador acumula seis temporadas seguidas entre os dez jogadores com a maior média de lances livres da NBA. Em todas, aliás, cobrou mais de sete lances livres por partida. Como resultado, ele comandou uma guinada do Warriors nesse quesito – em que sempre esteve entre os piores. Não adianta: por mais recursos novos que possa trazer, Butler sempre vai ter um jogo baseado no contato.
4. James Harden (Los Angeles Clippers) – 36 anos
O torcedor em geral só tem acesso a uma pequena amostra do tanto que um jogador da NBA treina. As câmeras desligam, mas eles não param. A última temporada marcou um renascimento para James Harden, que voltou a ser eleito all-star e para um dos times ideais da liga. Afinal, o que faz que voltasse a ser um dos melhores jogadores da NBA depois dos 35 anos? Ele garante que tudo é resultado do trabalho nos bastidores do Los Angeles Clippers.
“O meu segredo para chegar até aqui, antes de tudo, é o trabalho. Aliás, não sinto que recebo o devido crédito pelo tanto que me esforço nesse sentido. As pessoas preferem falar sobre um monte de coisas que não sabem, mas nada está acima do trabalho que faço todos os dias. Pois sei que, se não trabalhasse tanto, não teria a chance de jogar até hoje”, cravou o experiente armador.
3. Kevin Durant (Houston Rockets) – 37 anos
Saber se ajustar e adaptar às mudanças do basquete é uma virtude dos jogadores. E, mais do que isso, uma necessidade para a maioria deles. Mas os talentos geracionais costumam ser uma exceção. Eles impõem os seus jogos em qualquer cenário porque combinam aptidão e eficiência. Kevin Durant é a prova disso quando falamos de arremessos de média distância.
Segundo John Schuhmann, do site oficial da NBA, o ala é um dos raros jogadores que “justifica” seguir no midrange em relação à linha de três pontos. Afinal, ele converteu mais de 50% dos seus arremessos desse tipo durante a temporada passada enquanto teve mais de 200 tentativas. Só que o astro não fez isso só na última campanha, mas nos últimos quatro anos seguidos. Nenhum outro atleta o fez em mais do que dois.
2. LeBron James (Los Angeles Lakers) – 40 anos
LeBron James é mais do que o jogador mais velho em atividade na NBA. É um caso de longevidade nunca visto na história da liga, pois combina isso a atuação em alto nível. Ninguém jogou tantos anos tão bem quanto o craque do Los Angeles Lakers. Mas, dessa vez, a temporada começa diferente. Pela primeira vez na carreira, ele não vai disputar o primeiro jogo de uma campanha por causa de uma lesão.
“Os médicos do Lakers e LeBron veem o meio de novembro, a princípio, como uma data realista para que estreie na temporada. Ele será reavaliado no fim desse mês e, então, vamos ter uma melhor ideia sobre isso. É certo que eles vão ser bem precavidos nesse processo. Afinal, por mais que seja um tipo de super-homem, LeBron vai completar 41 anos em dezembro e disputará a 23a temporada da carreira”, informou o jornalista.
1. Stephen Curry (Golden State Warriors) – 37 anos
Desde o início de carreira, a gente já falava que Stephen Curry tinha um jogo moldado para ser longevo. Não se trata só do seu incrível arremesso, mas ser capaz de impactar jogos sem ter a bola nas mãos. A sua presença em quadra e a movimentação constante o fazem uma ameaça por si só, em síntese. E, dessa forma, ele avisa: espera jogar muito mais tempo ainda. Ele não é só um dos melhores jogadores da NBA acima dos 35 anos. Quer continuar a sê-lo, assim como LeBron, além dos 40.
“Eu ainda adoro jogar basquete e treinar todos os dias. Sou um abençoado por conseguir evitar lesões graves e proteger o meu corpo. Então, o que posso dizer é que gostaria de ter a opção de jogar aos 40 anos. Só ter as condições. Não sei se isso vai fazer sentido para mim ou se vou querer até lá, por exemplo. Afinal, muita coisa pode mudar. Mas se a decisão vai ser feita por mim é um ponto muito importante”, cravou o maior jogador da história do Warriors.
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