Parece que nenhum jogador do Miami Heat está a salvo das cobranças de Erik Spoelstra nesse início de pré-temporada. Em particular, os jovens talentos do elenco. Depois de criticar Kel’El Ware, o técnico voltou a sua atenção para uma lacuna do jogo de Nikola Jovic. Ele crê que o ala-pivô sérvio fez grandes avanços em quadra, mas o impacto na tábua segue fraco desde o início da carreira.
“Nikola mostrou evolução em todas as áreas do seu jogo. Mas o rebote ficou para trás e foi a exceção. Por isso, é algo que estou falando o tempo inteiro. Eu sei que ele é capaz de ser um reboteiro bem melhor do que tem sido. Isso tem que ser a sua prioridade de melhoria, certamente, em todos os treinos. Dá para notar as partidas em que ele está focado mesmo em pegar rebotes”, avaliou o treinador.
Os números, a princípio, dão razão a preocupação de Erik Spoelstra com Jovic. Ele tem média de só 3,8 rebotes atuando mais de 21 minutos por partida desde que chegou ao Heat. Tudo indica que o sérvio vai ser titular na temporada, pois fez parte do quinteto inicial dos três jogos de preparação. O técnico, então, espera que o comandado atue com a entrega que o status exige.
“Uma melhora de Nikola nos rebotes tem várias camadas extras. É uma manifestação, acima de tudo, do senso de responsabilidade. Alguém do seu tamanho precisa pegar rebotes porque é o primeiro passo de grandes ações ofensivas. Isso faz o ataque da equipe fluir. Então, pelo bem do time, não pode ser um jogador errante na tábua”, cobrou o duas vezes campeão da NBA.
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Salta e pega
Rebotes, a princípio, parecem um ato simples: você pula e coleta a bola logo depois de um arremesso errado. Mas, no caso de Jovic, é um ponto meio complexo. Segundo o site Cleaning the Glass, o ala-pivô pegou só 12,5% dos rebotes defensivos disponíveis enquanto esteve em quadra na última temporada. Quase 85% dos jogadores de garrafão da liga tiveram índice superior ao jovem.
“Eu acho que os rebotes são bem mais do que saltar perto da cesta e pegar uma bola. Um dos pontos que percebo é que agora sou um atleta que saio do garrafão e ‘troco’ muito mais marcação no perímetro. Ou seja, em várias pessoas, eu estou defendendo armadores. É duro tentar bloquear um arremesso de longa distância e, logo depois, ainda buscar o rebote”, justificou o atleta de 22 anos.
A cobrança em Jovic vai ser ainda maior por causa da extensão que assinou. Afinal, a equipe acaba de investir US$64 milhões para garantir que fique em Miami até 2030. “Eu quero aumentar a minha porcentagem de box outs. Não tenho um número, mas meu objetivo é melhorar nisso. E, com isso, ajudar o time como um todo a melhorar para superarmos os adversários todas as noites”, projetou.
O outro
Antes de Jovic, como citado, Erik Spoelstra já havia cobrado outro jogador do Heat pelo desempenho na pré-temporada: Kel’El Ware. O pivô recebia elogios por causa dos 18 pontos e 13 rebotes que anotou em só 19 minutos contra o Milwaukee Bucks. Então, o veterano veio com um contraponto. Afinal, qual foi o impacto prático para o time dessa grande atuação individual?
“Eu não estou olhando para as estatísticas brutas. Acho que todos olharam os números errados, pois o que importa é o impacto que se provoca no jogo. Nós perdemos por 21 pontos enquanto Kel’El esteve em quadra. Então, não me importa que faça 18 pontos e 13 rebotes se não tiver um real impacto na partida. Isso é uma parte do processo para amadurecer um jogador”, explicou o elogiado técnico.
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