Poucos segundos para o fim do quarto, saída de bola e um jogador arremessa de trás do meio de quadra. A tentativa não caiu, mas não importa: a cesta não valeria de qualquer jeito. Afinal, o relógio já havia “zerado” quando a bola saiu das mãos do atleta. A gente vê isso quase todos os dias. O ala Duncan Robinson, por isso, sugere uma mudança na forma como a NBA contabiliza uma estatística.
“Eu tenho uma ideia de melhoria para a liga. Acho que Zach Lowe falou sobre isso antes, mas é algo óbvio para mim. Os arremessos nos segundos finais de um quarto deveriam contabilizar para uma porcentagem diferente. Deveria ser uma estatística diferente dos arremessos de quadra normais. Pois odeio quando atletas driblam até o fim do tempo para depois lançarem a bola”, propôs o atleta do Detroit Pistons.
Com o passar do tempo, esse comportamento dos jogadores virou motivo de crítica nas redes sociais. Pois isso é visto como uma forma de “protegerem” os números pessoais sem pensar no time. Seria, em síntese, um ato de egoísmo. Mas Robinson prefere não julgar os seus colegas. Ele só crê que a NBA tem muito a ganhar, no fim das contas, com os atletas lançando esses arremessos sem hesitar.
“Os jogadores sabem que aqueles arremessos não vão contar. Mas eles chutam só para passarem a ideia de que tentaram e não sabiam que o tempo já havia terminado. A liga tem que fazer alguma coisa porque os atletas deveriam ser incentivados a tentarem os arremessos loucos. Então, conte isso de outra forma que não impacte o aproveitamento de arremessos deles”, apontou o veterano.
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Motivos
Duncan Robinson não julga os colegas porque entende o valor que a estatística na NBA pode ter. Existe um peso que só quem está nos bastidores sabe e, por isso, as pessoas não têm conhecimento. Vários atletas conseguem atrair interesse na agência livre, por exemplo, por números específicos. É um impacto que vai muito além das porcentagens em si.
“Eu sei o motivo de alguns jogadores não tentarem arremessos assim. E, mais do que isso, entendo esse tipo de pensamento. Muita gente não sabe, mas alguns atletas têm bônus em contrato ligados ao índice de acerto de arremessos de quadra. Mas o fato é que eles deveriam tentar essas bolas. Aliás, todos deveriam tentar”, detalhou um dos melhores chutadores da liga.
As cestas no estouro do cronômetro são sempre uma atração. E, de quanto mais longe, melhor. Robinson, por isso, pede que a NBA convide os jogadores a tentá-los cada vez mais sem se importar com números. “Sabemos que essas bolas são diferentes porque são bem circunstanciais. A liga, então, tem que criar algum tipo de distinção. Quando acontecem antes do meio da quadra ou coisa assim”, reforçou.
Casa nova
Robinson vive uma grande mudança em sua vida nas últimas semanas. Depois de sete temporadas e mais de 400 jogos, ele foi negociado pelo Miami Heat com o Pistons. Deve assumir, além disso, um papel muito diferente em Detroit. Ele se acostumou a atuar com veteranos em uma cultura bem competitiva na Flórida. Agora, ele será o veterano em um lugar que sente ser uma metáfora de sua carreira na NBA.
“Quando eu penso na cidade de Detroit, a primeira coisa que vem à mente é resiliência. É um lugar que já viveu os momentos mais altos e baixos, mas sempre resistiu. E, de certa forma, sinto que isso se alinha à trajetória da minha carreira nessa liga. Já vivi muita coisa. E, por isso, sinto que devo ao esporte passar os meus conhecimentos adiante para um grupo tão jovem e talentoso”, contou o experiente ala.
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