Não é segredo para ninguém que as chances do Milwaukee Bucks nos playoffs passam pelas mãos de Giannis Antetokounmpo. É o principal jogador do elenco e, além disso, conduziu o time ao título da NBA em 2021. Mas a falta de pivôs faz com que a equipe chegue à reta final da campanha sem poder preservá-lo. Pelo contrário. Doc Rivers precisa usá-lo mais em uma posição que traz mais desgaste.
“Nós não temos um equilíbrio no momento nessa posição. A verdade é que, a princípio, não temos outro pivô de ofício a não ser Brook Lopez. Então, quando ele não está em quadra, nós vamos ter que improvisar. Giannis vai ter que jogar nessa função por um tempo. A situação não é ideal, mas, hoje, não temos escolha”, lamentou o técnico, depois da derrota contra o Golden State Warriors.
O Bucks teve uma onda de azar com os seus pivôs tirando Lopez. Para começar, Bobby Portis está suspenso por causa de uma violação acidental à política antidoping da NBA. Jericho Sims chegou na trade deadline, mas se lesionou e passou por cirurgia. E o time não pode “tirar o pé do acelerador” na temporada, pois está em uma disputa apertada por mando de quadra nos playoffs.
“O nosso banco de reservas está bem complicado em termos de opções para o garrafão após tudo o que aconteceu. Por isso, Giannis terá que fazer esse sacrifício pelo grupo. Mais do que isso, não descartamos usar Kyle [Kuzma] como pivôs por alguns minutos também. Sei que parece loucura, mas a nossa situação é essa”, admitiu Rivers, sem muitas alternativas.
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Preocupação
Mas Giannis Antetokounmpo não é a única preocupação do Bucks pensando nos playoffs que estão por vir. Afinal, o problema vai além de não ter um reserva para a posição. O titular está sobrecarregado. Lopez, que está prestes a fazer 37 anos, atuou mais de 30 minutos nos últimos seis jogos da equipe. Rivers sabe que isso representa um grande risco com o calendário incessante da NBA.
“Também não estou gostando do tempo de quadra de Brook. Eu acho que está atuando minutos demais, então precisamos tentar evitar o excesso. É claro que, em um jogo ou outro, a sua minutagem pode ser mais alta. Mas algo como 39 minutos todas as noites, por exemplo, não é bom pensando em longo prazo. Isso não é bom para a saúde do time”, admitiu o veterano treinador.
Rivers, no entanto, entende que administrar o tempo de quadra de Lopez é um discurso mais teórico do que prático. “Vamos tentar lidar com os minutos de Brook com cuidado, pois sabemos que o ritmo atual não o ajuda. Mas, às vezes, não temos escolha porque falta altura para a equipe”, reforçou.
Retornando
A boa notícia para Rivers é que o retorno de Portis, certamente, vai acontecer antes dos playoffs. A suspensão do jogador termina em 08 de abril, ou seja, ele pode disputar as últimas quatro partidas da campanha. A tendência é que esteja em quadra de imediato para buscar recuperar o ritmo de jogo. Mas o treinador ressalta que o seu impacto vai muito além das quatro linhas.
“As pessoas não veem que há certos jogadores de quem precisamos no dia a dia. Bobby é um cara importante, pois a sua voz é bem forte dentro do elenco. Por isso, a ausência dele é sentida demais. Eu diria que a sua voz é maior e melhor do que a minha entre os atletas. É claro que sentimos falta dele em quadra, mas, acima de tudo, não dá para substituir o ser humano”, explicou o técnico.
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