Lembra quando Victor Wembanyama estreou mal, mas deu a volta por cima nos jogos seguintes da última temporada? As críticas eram enormes em cima do jovem do San Antonio Spurs. Afinal, havia uma expectativa enorme sobre seu jogo. No entanto, em 2024/25, os calouros da NBA não conseguem chegar nem perto do que era ruim do francês.
Não que ninguém não tenha avisado, né? A classe de calouros era uma das piores que a NBA viu nos últimos anos. Apesar de existir talento em alguns jogadores, muitos deles estão crus e ainda não conseguem jogar por muitos minutos neste nível. É natural, mas é um caso bem comum em quase toda a primeira rodada do último Draft.
Zaccarie Risacher, do Atlanta Hawks, foi a primeira escolha, enquanto Alex Sarr foi para o Washington Wizards na segunda. Reed Sheppard ficou como terceira pick, com o Houston Rockets. Mas aí existe a diferença entre realidade e necessidade.
Risacher e Sarr devem atuar por muitos minutos em suas equipes, pois são processos de reestruturação nos elencos. Sheppard, por outro lado, enfrenta a concorrência dos titulares Fred VanVleet e Jalen Green. Mas mais que isso, Houston quer ir aos playoffs e o jovem não consegue ter espaço. Pelo menos, por enquanto.
Mas os outros calouros ainda não engrenaram na temporada 2024/25 da NBA. Basta ver pelas estatísticas.
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Até o momento, apenas um supera os 24 minutos por jogo (na NBA, são 48): Bub Carrington, do Wizards. Mas mesmo assim, ele só o faz porque o veterano Malcolm Brogdon está fora por lesão. Carrington atuou por 25.5 nos três primeiros embates, enquanto produziu 6.5 pontos, 3.0 assistências e 2.0 rebotes. Ou seja, nem com algum tempo de quadra, ele conseguiu ter boas performances (21.4% de aproveitamento nos arremessos).
O próximo com mais minutos é justamente seu colega, Sarr. Titular nos três jogos, o pivô faz 7.0 pontos, 5.5 rebotes e 2.0 bloqueios em 23.5. Assim como Carrington, ele vem “amassando o aro”: 29.4%, sendo 18.2% do perímetro.
Mas não dá para dizer que é uma novidade. Na Summer League, o jogador sofreu muitas críticas pelo baixo aproveitamento.
Zach Edey, aposta do Memphis Grizzlies para o time titular de 2024/25, vem tendo muitos problemas na NBA. Primeiro, com faltas. Na estreia da temporada, ele atuou por apenas 15 minutos. Por enquanto, ele registra 8.3 pontos, 5.0 rebotes e 4.7 faltas em cerca de 17 minutos por noite.
Agora, um doce para quem adivinhar o cestinha entre os calouros da NBA em 2024/25…
Justamente, aquele que você provavelmente nunca ouviu: Jamison Battle, do Toronto Raptors.
Com 9.0 pontos e 4.7 rebotes em 16.7 minutos, é quem mais pontuou até aqui. Ele vem ganhando espaço por conta das lesões de RJ Barrett, Kelly Olynyk e Bruce Brown. Do contrário, teria raros momentos em quadra. E vale lembrar que ele não foi escolhido no Draft e possui contrato two-way.
Outros calouros em 2024/25
Até por conta de espaço nos elencos, muitos calouros não possuem minutos suficientes para se destacarem no início da temporada da NBA. É normal que isso aconteça. No Portland Trail Blazers, por exemplo, Donovan Clingan divide tempo com Deandre Ayton e Duop Reath. E ainda tem Robert Williams fora por lesão.
Mas nos 13.3 minutos que teve até aqui, Clingan fez 5.0 pontos, 5.7 rebotes e 2.3 tocos.
Matas Buzelis, do Chicago Bulls, chegou como promessa na escolha 11. No entanto, o ala de 20 anos possui apenas 1.7 ponto em míseros 7.0 minutos nos três primeiros jogos.
No Los Angeles Lakers, Dalton Knecht, um dos mais “prontos” da classe, tem dificuldade em ficar muito tempo em quadra. São 16.3 minutos, enquanto produz 7.7 pontos e acertou 41.7% dos arremessos de três (cinco em 12). Até pelo fato de o time estar entre os primeiros na classificação do Oeste, é apenas normal que não tenha tanto espaço no momento.
Processo natural
Antes do Draft da NBA, o Jumper Brasil “avisou” que não seria uma classe de calouros tão forte. Faltava profundidade, enquanto alguns dos melhores jogadores eram apenas promessas. Ou seja, era necessário levar mais tempo do que o normal. Poucos estão prontos, de fato.
Então, o que acontece com eles é apenas um processo natural de transição. Afinal, eles jogavam em ligas diferentes e, alguns deles não possuem tanta experiência em níveis mais fortes. Muitos passaram apenas um ano no basquete universitário, enquanto outros atuaram no G League Ignite. Buzelis é um deles.
Mas mesmo “crus”, alguns calouros conseguem mostrar serviço na NBA em 2024/25.
É o caso de Yves Missi, do New Orleans Pelicans.
O Pelicans passou os últimos meses nos rumores de troca por dois motivos. Primeiro, porque Brandon Ingram quer a extensão e não recebeu. Depois, é por conta da falta de pivôs no elenco.
Com a troca por Dejounte Murray, New Orleans cedeu Larry Nance Jr e Cody Zeller. Além disso, não estendeu com Jonas Valanciunas. Então, sobrou para Daniel Theis, que chegou na offseason após passagens pouco produtivas por Indiana Pacers e Los Angeles Clippers, para ser titular. Assim, Missi ganhou minutos.
E passa longe de ser ruim. São jogos consistentes para um jovem de 20 anos que teve uma temporada em Baylor. Até aqui, produz 8.3 pontos (52.9% de aproveitamento), 5.3 rebotes, 2.3 tocos e 1.0 roubo de bola em 21.7 minutos.
Por enquanto, nenhum outro calouro vem melhor que ele.
Próxima classe
Como o meu xará (Gustavo Lima) informou, a classe de 2025 possui talento de sobra. Cooper Flagg, Ace Bailey e Dylon Harper despontam como os melhores, enquanto VJ Edgecombe e Nolan Traoré já mostraram serviço.
Muitos times sabem do que Flagg é capaz, então já se preparam para um futuro próximo. Todo mundo sabe que ele será um grande jogador. Até Bradley Beal viu de perto. Ele deve ficar apenas um ano em Duke, mas nos amistosos que fez até aqui, deu para entender o que ele promete fazer na NBA.
Então, o que acontece com os calouros de 2024/25 da NBA, não vai acontecer na próxima temporada.
Aguarde.
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