O Jumper Brasil dá seguimento à série “Prospecto do Draft 2023” com o ala-armador Ausar Thompson. Destaque do Overtime Elite na temporada, o atleta de 20 anos é projetado como uma das dez primeiras escolhas do recrutamento deste ano. Então, confira a análise do site para o jovem talento.
Ausar Thompson
Idade: 20 anos
País: EUA
Time: City Reapers (Overtime Elite – EUA)
Posição: ala-armador/armador
Altura: 6’7″ (2,01m)
Envergadura: 7’0″ (2,13m)
Peso: 98,9 kg
Médias na última temporada: 16,3 pontos, 6,1 rebotes, 7,1 assistências, 2,4 roubos de bola, 1,1 toco, 3,3 turnovers, 48,1% de aproveitamento nos arremessos de quadra, 29,8% nas bolas de três pontos (com 3,8 tentativas por jogo) e 66,2% nos lances livres em 27,3 minutos
Atributos físico-atléticos
- Thompson, em primeiro lugar, tem ótimas dimensões para atuar em qualquer posição de perímetro. É um guard em teoria, mas o seu combo de estatura, envergadura e físico sugerem um ala de ofício;
- Não ao nível do seu irmão gêmeo talvez, mas também se trata de um atleta de elite. Corre com leveza e fluidez pela quadra, com a velocidade e impulsão de um candidato a Concurso de Enterradas;
- Embora o Overtime Elite não seja uma competição muito física, o jovem mostrou disposição para o jogo de contato. Preenche muito espaço e tenta ser impositivo, em particular, quando pressiona jogadores mais baixos.
Ataque
- Thompson, certamente, “liberta” o melhor do seu jogo em transição e velocidade. Toma ótimas decisões com a bola em quadra aberta, mas também preenche linhas de passe e até oferece espaçamento vertical;
- A sua assertividade e agressividade movendo-se sem a bola, aliás, é um aspecto subestimado. Costuma ser muito atento e, acima de tudo, oportunista em cortes para a cesta nos erros das defesas;
- Provou-se muito capaz de “quebrar” as defesas para infiltrar e, por fim, finalizar em torno do aro no Overtime Elite. Não é perfeito do ponto de vista técnico, mas compensa com um controle corporal exemplar;
- Fez avanços animadores, em particular, com o seu arremesso de longa distância nos últimos meses. Pareceu um chutador respeitável depois de alguns ajustes em sua mecânica e um movimento mais ritmado;
- É um excelente reboteiro para um ala-armador, ajudado por seus recursos físico-atléticos. Apresenta o bônus de conseguir colocar a bola no chão imediatamente e, assim, iniciar o ataque rapidamente;
- O físico de Thompson sugere um ala, mas os seus instintos e a disposição como passador aproximam-no de um armador. Ele dividiu, na verdade, as funções de armação do City Reapers com o irmão gêmeo;
- Não é tão criativo como passador quanto Amen, mas sinto que faz leituras mais rápidas e precisas em pick-and-rolls, por exemplo. Tem enorme chance, por isso, de ser um ótimo criador secundário no próximo nível.
Defesa
- Defensor bastante agressivo que destaca-se, em primeiro lugar, pela quebra de linhas de passe dos rivais. Registrou 2,4 roubos de bola na temporada passada, mas a sensação vendo os jogos é que foram mais;
- Pode defender até quatro posições, a princípio, por causa dos atributos físicos-atléticos de elite. Cobre muito espaço em quadra e, mais do que isso, exibe um esforço admirável no lado defensivo da quadra;
- Ele mostra a sua dedicação na defesa pela forma como gosta de pressionar os condutores de bola durante toda a posse. Aposto que vários técnicos da NCAA adorariam ter Thompson para pressionar quadra inteira, por exemplo;
- Os seus instintos como defensor na ajuda são impressionantes, pois, antes de tudo, é um atleta bastante atento e de reações rápidas. Ter um ala com a sua capacidade de proteção de aro na NBA atual é valioso.
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Pontos fracos
- O prospecto possui ferramentas físico-atléticas sensacionais, mas um problema complicado também: alto centro de gravidade. Como resultado, parece ter um drible alto demais e dificuldades de postura defensiva;
- Tem uma clara preferência, ao mesmo tempo, por operar e finalizar com a mão direita. Não preocupa no Overtime Elite, mas, combinado ao drible alto, pode ser um ponto explorado por times inteligentes da NBA;
- A média de 3,3 desperdícios de posse por jogo é bem alta para alguém que não atua como um armador em tempo integral. A sua visão de quadra, por enquanto, não é tão avançada quanto a qualidade de passe;
- Falta-lhe desenvoltura, acima de tudo, para criar para si mesmo com a bola nas mãos. É simplesmente péssimo em criar separação para defensores e arremessar saindo do drible. A sua noção de ângulos, ademais, é nula;
- O aprimoramento da forma de arremesso é um trabalho em andamento. Ainda é um jovem, afinal, que não acertou nem 30% das suas tentativas de três pontos e 70% dos lances livres na última temporada;
- Se estivesse na NCAA, ele já seria um freshman “velho” com 20 anos. Além disso, nunca participou das seleções de base dos EUA. Então, mesmo para um prospecto, a sua experiência competitiva é ínfima;
- O Overtime Elite é, para resumir, uma competição profissional entre meninos de 16 a 20 anos. Ou seja, Thompson brilha como um dos jogadores mais velhos de uma liga com nível técnico extremamente suspeito.
Conclusão
Ausar Thompson vai entrar na NBA para buscar o seu espaço, antes de tudo, por sua indiscutível capacidade defensiva. É o desenvolvimento e eficiência no ataque, no entanto, que vai definir o quão bom será como profissional.
Comparação: jovem Andre Iguodala
Projeção: TOP 10
Confira alguns lances de Ausar Thompson
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