Utah Jazz – Fim de um ciclo?

Em queda na temporada, equipe de Salt Lake City dá a impressão de que se aproxima do fim de um ciclo

Utah Jazz fim ciclo Fonte: Nathaniel S. Butler / AFP

O Utah Jazz está em queda livre nesta reta final de temporada regular e dá a impressão de que se aproxima do fim de um ciclo. O time de Salt Lake City vem de uma sequência de quatro derrotas e, como resultado, perdeu a quarta posição do Oeste para o Dallas Mavericks. Dessa forma, a equipe de Quin Snyder – no comando do Jazz desde 2014 – vai ter que correr atrás do prejuízo se quiser garantir o mando de quadra na primeira rodada dos playoffs.

Neste artigo vamos analisar esse declínio da equipe de Utah. O Jazz deixou de ser contender? O time atingiu o seu teto? Estamos diante do fim de um ciclo no Utah Jazz? Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas…

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Em 2022, a equipe de Utah venceu 20 dos 41 jogos disputados, ou seja, tem campanha negativa. O mês de janeiro foi o pior do Jazz na temporada. Na ocasião, o time conquistou apenas quatro triunfos em 16 partidas. O período coincidiu com as ausências de Rudy Gobert e Donovan Mitchell, ambos lesionados. Sem o pivô francês, âncora defensiva do time, o Jazz perdeu oito jogos em janeiro, incluindo duelos contra equipes da parte inferior da tabela, como Indiana Pacers de Detroit Pistons. Em contrapartida, foram seis reveses sem Mitchell. Portanto, a má fase era, em tese, justificada pelos desfalques dos principais nomes da equipe.

Tensão entre Mitchell e Gobert

Em meio àquela sequência negativa, o astro Donovan Mitchell disse com todas as letras que o time não era um candidato ao título. Poucos dias depois dessa afirmação saiu a notícia de que ala-armador e Gobert voltaram a se estranhar. De acordo com Brian Windhorst, da ESPN, o clima entre os astros do Jazz não era dos melhores. Segundo a publicação, a relação entre os atletas, que já teve momentos de muita tensão, azedou de vez após o pivô francês criticar a postura da equipe e elogiar o esforço defensivo de Devin Booker, estrela do Phoenix Suns.

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Dessa forma, o recado de Gobert parece ter sido interpretado como uma alfinetada no companheiro de equipe. Mitchell, inclusive, curtiu o tuíte em que o repórter Eric Walden, do jornal The Salt Lake Tribune, revela as críticas do francês à postura defensiva do Jazz.

Ainda naquela época, rumores de que Mitchell teria interesse em um “mercado maior” do que Utah começaram a circular na mídia norte-americana. No entanto, o próprio jogador negou publicamente a narrativa de que queria sair do Jazz e que teria uma relação ruim com Gobert. Além disso, garantiu que estava unicamente comprometido em levar Utah até o inédito título da NBA. 

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Ou seja, janeiro foi um mês conturbado para o Jazz, tanto dentro quanto fora de quadra.

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Reação em fevereiro / oscilação em março

Em fevereiro, o Jazz reagiu e teve uma sequência positiva, com oito vitórias e apenas um revés. Então, quando muitos achavam que o time de Utah havia retornado à boa forma… Em março, a equipe voltou a perder mais do que ganhar. Até o momento são oito reveses em 15 jogos, incluindo a já citada sequência negativa. Foram duas derrotas neste mês para o Mavs, rival direto na tabela. O desfalque da vez é o ala croata Bojan Bogdanovic, ausente por conta de um estiramento na panturrilha.

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Como podemos notar, o Jazz perde muito quando fica sem algum titular. Alguns times como Suns e Memphis Grizzlies, justamente os melhores do Oeste, superam as ausências de suas principais estrelas e mantêm o bom rendimento em quadra. Sem Gobert, a defesa do jazz vira uma peneira. Com Mitchell fora, o time perde um cara confável para decidir os jogos. E, por fim, sem Bogdanovic, a produção ofensiva fica prejudicada.

Outrora elogiado, o banco de reservas do Jazz está deixando a desejar em 2021/22. Para piorar, Ingles saiu. O substituto, Alexander-Walker, vem atuando pouco (cerca dez minutos por partida). Jordan Clarkson, como de costume, só quer saber de pontuar. Não defende nem ponto de vista. Hassan Whiteside é o pivô que engana. Dá um toco aqui, ali, e alguns acham que é um grande protetor de aro. Enfim, não passa confiança alguma e está a anos-luz de Gobert como defensor. Rudy Gay e Eric Paschall não conseguem render, e a posição 4 segue com um vácuo de qualidade.

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Mesmo com a oscilação, o Jazz segue como o líder da NBA em eficiência ofensiva (116.1). Entretanto, a eficiência defensiva caiu de forma considerável. Outrora top 5, hoje, a equipe é apenas a 11ª nesse quesito (110.2). Atualmente, Utah tem 45 vitórias e 30 derrotas.

Fim de um ciclo no Utah Jazz?

Então, o Jazz espera fechar a temporada regular com o mando de quadra assegurado na primeira rodada dos playoffs. Dos sete jogos restantes, quatro serão contra equipes com campanhas piores. Nesta semana, por exemplo, o time de Utah enfrenta os dois times de Los Angeles – Clippers (terça) e Lakers (quinta). E as outras três partidas serão pedreiras (Suns, Grizzlies e Golden State Warriors).

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Mesmo se estiver com o elenco completo, o Jazz não passa a confiança de que vai chegar longe nos playoffs. Nas últimas cinco temporadas, Snyder levou a equipe à disputa de três semifinais de conferência. No ano passado, o time fez a melhor campanha, mas foi eliminado pelo Clippers. O small ball do time angelino expôs Gobert, e o Jazz foi castigado por Paul George e companhia. Talvez tenha sido a grande chance de título da equipe desde a época de John Stockton e Karl Malone, nos anos 90.

Em suma, a impressão que tenho é a de que esse Jazz, capitaneado por Mitchell e Gobert, atingiu o teto sob o comando de Snyder. Um provável insucesso nos playoffs deste ano pode resultar em mudanças consideráveis. A folha salarial está “inchada”. Snyder, por exemplo, é alvo do interesse de Lakers e Spurs. O veterano armador Mike Conley, que está longe dos seus melhores dias, pode virar uma moeda de troca. Ele vai para o último ano de contrato totalmente garantido, assim como Bogdanovic.

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Portanto, ao que tudo indica, o Utah Jazz está se aproximando do fim de um ciclo. Contudo, trocar Mitchell ou Gobert (ambos com contratos longos) seria uma ruptura que eu, sinceramente, não acredito que vá acontecer no curto prazo. Agora, quanto às mudanças citadas acima… Enfim, que venham os playoffs e essas dúvidas sejam respondidas.

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