Quais foram os melhores contratos da offseason da NBA?

Equipe do Jumper Brasil e parceiros do site elegem vínculos mais interessantes fechados entre equipes e jogadores nas últimas semanas

Harrell Kuzma Lakers 21 22 Fonte: AFP

Jumper Brasil tem uma pergunta interessante e potencialmente polêmica para você: quais foram os melhores contratos assinados na mais recente offseason da NBA? 

Para buscar respostas para essa questão, na última semana, o site reuniu sua equipe de editores e os parceiros do site para opinarem sobre o assunto. A intenção foi reunir uma diversidade de visões sobre os vínculos que foram finalizados nas últimas semanas. Nós formamos, então, um grupo diverso de produtores de conteúdo especializado em NBA que estão resumidos nos dez votos listados abaixo: 

  

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Integrantes Jumper                           Parceiros Jumper
Gustavo Freitas  André Rocha (Podcast Basqueteiros) 
Gustavo Lima  Layups & Threes (Colunistas) 
Ricardo Stabolito Junior  Lucas Torres (Central do Draft) 
Vinicius Donato  Podcast Amassando o Aro 
  Ricardo Romanelli (Jumper Front Office) 
  Splash Brothers Podcast 

  

Todos os consultados receberam uma mesma pergunta: quais foram os cinco melhores contratos fechados nessa offseason da NBA? Não foi solicitado que, necessariamente, eles citassem os jogadores em ordem de preferência ou rankeados. Houve regras, no entanto, estabelecidas para essa enquete e nem todas as negociações acertadas foram elegíveis. O Jumper, no fim das contas, definiu que a votação permitiria: 

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– Assinatura de contrato regular com agentes livres;
– Extensão com jogadores que mudaram de time nessa offseason;
– Renovação com jogadores do próprio time, contanto que não sejam extensões de vínculos de calouros selecionados na primeira rodada do draft (como Donovan Mitchell, Jayson Tatum, Brandon Ingram e Dario Saric). 

Cada voto em um jogador valeu um ponto e, no fim das contas, dezoito atletas foram citados entre os cinco melhores contratos assinados na offseason. Vamos, então, aos eleitos do Jumper Brasil para melhores contratos da offseason na NBA: 

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Serge Ibaka (Los Angeles Clippers, nove votos) 

Ala-pivô, 31 anos
Contrato: duas temporadas, US$19 milhões (opção do jogador em 2021)
Médias na última temporada: 15.4 pontos (38.5% de aproveitamento nos arremessos de longa distância) e 8.2 rebotes em 27.0 minutos de ação 

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Quando uma equipe candidata ao título investe a exceção salarial média (a popular mid level exception) em um reforço, Serge Ibaka é o tipo de jogador que buscam. Ele é um veterano provado, com experiência de vitória e derrota em finais, que traz um conjunto de habilidades muito específico para um pivô. O congolês nunca foi um jogador técnico ou habilidoso, mas o que “sabe fazer” é estratégico na NBA atual. 

O ex-atleta do Raptors é um protetor de aro de elite na liga que também consegue sair do garrafão e mover-se lateralmente para marcar jogadores no perímetro. É o tipo de versatilidade defensiva que a NBA exige de seus pivôs. Converteu, ao mesmo tempo, mais de 38% dos arremessos de longa distância e 70% de suas tentativas de cesta a cinco pés ou mais próximo do aro. Sabe pontuar onde a liga está pontuando. 

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Além disso, Ibaka também é um dos 17 jogadores da temporada passada com médias mínimas de 2.0 rebotes ofensivos e 6.0 rebotes defensivos por partida. Não dá para contar com um jogador de 31 anos sendo uma resposta em longo prazo para nenhum time, mas veja o que ele proporcionou para o Raptors nos últimos dois anos e tenha certeza de que é um cara que chega para ser uma solução para tiro curto. 

 

Montrezl Harrell (Los Angeles Lakers, nove votos) 

Pivô, 26 anos
Contrato: duas temporadas, US$19 milhões (opção do jogador em 2021)
Médias na última temporada: 18.6 pontos (58.0% de aproveitamento nos arremessos de quadra) e 7.1 rebotes em 27.8 minutos de ação  

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O prêmio de melhor reserva da NBA foi a coroação de seguidos anos em que Harrell foi um verdadeiro diferencial para o Clippers. Em uma liga onde poucos pivôs são bons ou eficientes o bastante para fazer a diferença, a equipe angelina possuía o luxo de contar com um deles saindo do banco. Ele mostrou-se uma força dominante e simplesmente “destruiu” segundas unidades finalizando pick-and-rolls iniciados por Lou Williams. 

O Lakers sabe o que pode esperar do jogador de 26 anos: empenho correndo a quadra, jogo físico, rebotes e agilidade para explodir em direção à cesta. Mas também acredito que a franquia e o técnico Frank Vogel apostam que possuam o sistema defensivo ideal para “escondê-lo”, utilizando-o para pressionar a bola no perímetro e importunar os ballhandlers adversários enquanto Anthony Davis cuida da proteção de aro. 

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Tem sido bastante discutido se Harrell pode ser um fator importante para seu time nos playoffs, uma vez que torna-se um claro alvo defensivo com a chegada de fases mais agudas da temporada. Não é segredo que todos vão tentar atacá-lo. Mas, se os atuais campeões acham que podem minimizar esse impacto, eles conseguiram um excelente negócio pagando menos de US$10 milhões ao reforço na próxima temporada.   

  

Christian Wood (Houston Rockets, quatro votos) 

Pivô, 25 anos
Contrato: três temporadas, US$41 milhões (totalmente garantido)
Médias na última temporada: 13.1 pontos (38.6% de aproveitamento nos arremessos de três) e 6.3 rebotes em 21.4 minutos de ação 

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A última temporada não foi a primeira vez que Wood apareceu com destaque no final de uma campanha por um time pouco competitivo. Dessa vez, porém, a impressão geral é que o desempenho foi forte demais para ser (mais uma vez) ignorado. Depois da saída de Andre Drummond, a revelação do Pistons anotou 22.3 pontos e 9.5 rebotes nos 15 jogos finais da equipe na temporada – e, lembre-se, Detroit não foi à “bolha”. 

O novo reforço do Rockets é um jogador valiosíssimo na NBA atual por sua versatilidade ofensiva: trata-se de um grande arremessador para a posição, imparável no pick-and-roll e colocando a bola no chão para atacar atletas mais lentos. Ele terminou, não por acaso, a temporada entre os 15% dos jogadores mais eficientes da liga atuando como roll man, arremessador em situações de spot up e finalizando em torno do aro. 

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Excetuando esse talento natural para colocar a bola na cesta, Wood está longe de ser um produto finalizado: sua defesa é anêmica e a visão de quadra soa absolutamente nula, por exemplo. Mas o que ele já tem é bom o bastante para fazer a diferença. A verdade é que, mesmo se levarmos em conta os astros do jogo, dá para contar nos dedos quantos pivôs são pontuadores tão versáteis quanto o jovem atleta na NBA.   

  

Jae Crowder (Phoenix Suns, quatro votos) 

Ala, 30 anos
Contrato: três temporadas, US$29.1 milhões (totalmente garantido)
Médias na última temporada: 10.5 pontos, 5.9 rebotes e 1.1 roubos de bola em 28.8 minutos de ação 

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Crowder viveu um momento de relativa baixa na carreira nos últimos anos, até achar as condições ideais para voltar a aparecer de maneira eficiente na temporada passada. Em Memphis e (mais especificamente) Miami, ele lembrou-nos porque já foi um dos atletas “complementares” mais bem vistos da NBA atuando como ala-pivô em formações mais baixas – oferecendo espaçamento no ataque e versatilidade defensiva nas alas. 

O Suns precisa entender que, em linhas gerais, o veterano vai ser melhor quanto menos ficar na bola – ou seja, recebendo a bola para arremessar com liberdade e defendendo. Ele acertou 40% dos 70 arremessos de longa distância livre (o popular wide open) que tentou nos playoffs passados. Na teoria, atuar ao lado dos astros Devin Booker e Chris Paul parece ser esse cenário ideal em que criadores colocam a bola em suas mãos. 

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Talvez, a abordagem defensiva até mais calcada na imposição física do que mobilidade de Crowder seja um encaixe “menos perfeito” em Phoenix (atuando com o fortíssimo Deandre Ayton) do que em Miami (ao lado do ágil Bam Adebayo). No fim das contas, porém, o Suns contratou um jogador complementar ideal para seus astros e jovens talentos por um bom preço em um mercado que valoriza alas mais do que nunca. 

  

Tristan Thompson (Boston Celtics, três votos) 

Pivô, 29 anos
Contrato: duas temporadas, US$19 milhões (totalmente garantido)
Médias na última temporada: 12.0 pontos (51.2% de conversão nos arremessos de longa distância) e 10.1 rebotes em 30.2 minutos de ação 

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Uma das reclamações mais assíduas dos torcedores do Celtics nos últimos anos tem sido os rebotes: o time, contra oponentes mais fortes ou fracos, “sangra” na tábua defensiva. Por essa lógica, então, Thompson é uma contratação pontual fechada a um preço muito adequado para o mercado de pivôs que vimos – trata-se, basicamente, o mesmo valor pago a Ibaka e Harrell sem a opção para o atleta no segundo ano de vínculo. 

O ex-jogador do Cleveland Cavaliers pegou 18.7% dos rebotes que aconteceram quando esteve em quadra na última temporada, uma das 20 maiores marcas da liga, o que vai ajudar um time que teve apenas a 17a maior taxa de rebotes defensivos da campanha passada. E, assim como Daniel Theis, ele pode sair do garrafão e “sobreviver” a certas trocas de marcação no perímetro de forma bastante decente. 

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Pode apostar que Brad Stevens gostaria que Thompson fosse um jogador mais técnico e versátil ofensivamente, mais do que um mero finalizador em torno do aro. A capacidade de passe, em especial, é pútrida: distribui 0.87 assistência para cada erro de ataque em mais de 600 jogos na carreira. Mas veja o lado bom também: ele converteu nove arremessos de três pontos na última temporada. Tempos estranhos! 

  

Outros jogadores citados pelo painel de consulta do Jumper BrasilFred VanVleet (Raptors, dois votos) Maurice Harkless (Heat, dois), Steven Adams (Pelicans, dois), Goran Dragic (Heat, dois), Aron Baynes (Raptors, dois), Markieff Morris (Lakers, dois), Danilo Gallinari (Hawks, um), Derrick Favors (Jazz, um), Jerami Grant (Pistons, um), DeMarcus Cousins (Rockets, um), Marc Gasol (Lakers, um), Dwight Howard (Sixers, um), De’Anthony Melton (Grizzlies, um), Trey Burke (Mavericks, um) e JaMychal Green (Nuggets, um).    

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