Previsão da temporada – Chicago Bulls

Equipe de Illinois busca voltar aos playoffs após fracasso na campanha anterior

Fonte: Equipe de Illinois busca voltar aos playoffs após fracasso na campanha anterior

Chicago Bulls

2015-16: 42-40, 9º lugar na conferência Leste
Playoffs: não se classificou
Técnico: Fred Hoiberg (segunda temporada)
GM: Gar Forman (oitava temporada)
Destaques: Jimmy Butler, Rajon Rondo e Dwyane Wade

Time-base: Rajon Rondo – Dwyane Wade – Jimmy Butler – Taj Gibson – Robin Lopez

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Elenco

9 – Rajon Rondo, armador
25 – Spencer Dinwiddie, armador
– Michael Carter-Williams, armador
0 – Isaiah Canaan, armador
3 – Dwyane Wade, ala-armador
2 – Jerian Grant, ala-armador
21 – Jimmy Butler, ala
11 – Doug McDermott, ala
16 – Paul Zipser, ala
45 – Denzel Valentine, ala
44 – Nikola Mirotic, ala-pivô
22 – Taj Gibson, pivô
5 – Bobby Portis, ala-pivô
8 – Robin Lopez, pivô
6 – Cristiano Felício, pivô

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Quem chegou: Denzel Valentine (draft), Paul Zipser (draft), Spencer Dinwiddie, Dwyane Wade, Jerian Grant, Robin Lopez, Isaiah Canaan, Michael Carter-Williams

Quem saiu: Pau Gasol, Joakim Noah, Derrick Rose, Aaron Brooks, Cameron Bairstow, Mike Dunleavy, E’Twaun Moore, Justin Holiday, Tony Snell

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Após a demissão de Tom Thibodeau, a diretoria do Chicago Bulls optou por trazer um técnico com uma filosofia completamente diferente de seu antecessor. Fred Hoiberg quis implantar, logo de cara, um estilo de jogo mais agressivo que o de Thibodeau, com a quadra mais espaçada. Encontrou resistência dentro do grupo, que pedia a permanência daquela identidade.

Em um primeiro momento, os jogadores compraram a ideia. No entanto, Derrick Rose, Joakim Noah e Jimmy Butler, seguiam temerosos com a defesa, que abria buracos a cada investida descoordenada ao ataque. Noah reclamou publicamente sobre suas funções, após ter perdido a titularidade. O pivô não rendeu em espaço diminuto e tornou-se uma distração para o resto do elenco. Depois de sua contusão, que o tirou de fora do resto do ano, sabia-se que ele não vestiria mais a camisa do Bulls.

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Essa transição demorou a acontecer e o time jogava cada vez menos. Então, Kirk Hinrich, outro veterano, foi trocado para o Atlanta Hawks. Seria a confiança no trabalho de Rose? Ou seria apenas uma mudança de ares? O resultado disso foi visto meses depois.

O Bulls não engrenava, perdia jogos consecutivos e por fim, a confiança dos atletas. Pau Gasol, assim como Noah, detonou os vestiários e afirmou, antes mesmo do término da temporada, que não permaneceria no elenco. Apesar disso, a equipe chegou ao estágio final da fase regular com chances de classificação para os playoffs. Passou perto. Mesmo com 42 vitórias, não conseguiu seguir em frente e teve, pela primeira vez em sua história, uma campanha vencedora (mais de 50% de aproveitamento em vitórias) sem angariar a pós-temporada.

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A ordem era reconstruir.

O perímetro

Dwyane Wade

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A diretoria do Bulls confia no trabalho de Hoiberg e sabe que pode render bons frutos. Para isso, negociou Rose, até então um dos astros da equipe, com o New York Knicks. Inicialmente, a ideia era contar com o veterano Jose Calderon como armador. O espanhol, que chegara na troca de Rose, é ótimo arremessador e ainda tem uma boa visão de quadra. Porém, o time teve a chance de contratar Rajon Rondo e não a desperdiçou. Após grande reviravolta na carreira, Rondo tornou-se uma grande contratação. O atleta, que teve uma passagem pra lá de discreta no Dallas Mavericks, reviveu seus melhores momentos no Sacramento Kings, ao lado de DeMarcus Cousins.

Com Rondo, a presença de Calderon tornou-se dispensável. E foi o que aconteceu. No mesmo dia em que Rondo acertou sua chegada, o Bulls negociou Calderon com o Los Angeles Lakers.

O impasse das negociações entre Miami Heat e Dwyane Wade abriram os olhos da diretoria. Sonho antigo da franquia, Wade estava cada vez mais longe do time da Flórida e então, recebeu uma oferta do Bulls. Contratado por um salário jamais recebido no Heat, também até por conta do aumento do teto salarial, Wade chegou com pompas de astro e sabe-se que pode contribuir imediatamente.

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No entanto, o sinal de alerta ligou.

Como, em sã consciência, um time que quer explorar o arremesso de três, tem em seu backcourt titular jogadores como Rondo e Wade? Isso sem contar com Jimmy Butler, que passa longe de ser especialista ali.

A questão, ainda não respondida integralmente, tem na evolução desses atletas a oportunidade de fazer o que Hoiberg pretende. Rondo acertou 36.5% (62 cestas convertidas) em longa distância na temporada com o Kings, a melhor da carreira no quesito. Já Wade, que na fase regular de 2015-16 arriscou apenas 44 vezes de três (sete acertos, 15.9% de aproveitamento), brilhou nos playoffs pelo Heat com 12 acertos em 23 chutes (52.2%).

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Para sanar qualquer dúvida, Doug McDermott está no elenco para contribuir com isso. Em seu segundo ano na liga, McDermott acertou 42.5% de suas tentativas.

Butler é o cara. Ao menos, segundo Wade. Para o veterano, o astro do time já estava lá quando ele chegou. Então, a equipe é dele. Claro que defensivamente, Butler é um dos melhores da liga. Liderou o Bulls nos últimos anos, mas ainda precisa evoluir no arremesso. No esquema de Hoiberg, é essencial que isso aconteça.

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Paul Zipser e Denzel Valentine, escolhas no último draft, deverão ter pouco espaço no primeiro ano. Zipser sai um pouco na frente de Valentine, por conta de boa pré-temporada.

Ainda quero entender o que Michael Carter-Williams, que chega depois de troca com o Milwaukee Bucks, pode trazer de benefício para o Bulls. Eleito o Calouro do Ano em 2014, o atleta deu apenas um ano de esperança ao Philadelphia 76ers antes de ser negociado com o Bucks. Arremessa mal, seleciona seus chutes de forma pior ainda, comete muitos erros de ataque, e precisa da bola nas mãos para produzir. É uma versão desatualizada de Tyreke Evans. Ainda é jovem e é um talento a ser lapidado. Hoje, é low risk, high reward. Se der certo, Carter-Williams pode ser muito útil no futuro.

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O garrafão

https://www.youtube.com/watch?v=2igAxMcSck0

Sem Gasol, o Bulls foi de Robin Lopez no mercado. Mas a contratação é baseada na estratégia de Hoiberg, que precisa de alguém capaz de pegar rebotes ofensivos. Em 2015-16, Lopez foi o segundo que mais deu segundas chances ao seu time, atrás apenas de Andre Drummond (Detroit Pistons) e empatado com Tristan Thompson (Cleveland Cavaliers). Lopez, além de saber pegar rebotes, é bom defensor e tem um arremesso de média distância para realizar vez ou outra.

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Ainda não existe a confirmação, porém a tendência é que Lopez tenha ao seu lado o ala-pivô Taj Gibson. A esperança do treinador era que Nikola Mirotic chegasse “voando” na pré-temporada, o que não aconteceu. Hoiberg precisa de um sujeito espaçando a quadra e, Mirotic, era exatamente isso. Pode até recuperar a posição durante a temporada, mas por enquanto, o esforçado Gibson ganha um lugar no quinteto inicial.

Como o esquema de Hoiberg não precisa tanto assim de pivôs, o Bulls conta com poucas opções para o setor, incluindo o jovem Bobby Portis e o brasileiro Cristiano Felício. Portis esteve na briga pela titularidade e até teve boas partidas em sua temporada de estreia. Mas hoje, seria o terceiro nome entre os alas-pivôs. Já Felício, foi uma grata surpresa. Claro que não está pronto. Ninguém pede isso a ele agora. No entanto, assim como Portis, é para o futuro da equipe.

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Análise geral

Rajon Rondo

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Embora o Bulls de hoje seja apenas um protótipo do que seu técnico quer, ali existe uma chance de algo interessante acontecer. Para isso, as presenças de veteranos como Wade, Rondo e Lopez, são necessárias para conduzir essa reformulação.

E é essa a palavra. A reformulação passa por um elenco que mudou quatro titulares da campanha passada (Mike Dunleavy, Rose, Gasol e Noah) e trouxe jogadores experientes e capazes de levar o time aos triunfos. Não dá para cravar se vai dar certo já em 2016-17, mas a tendência é que o Bulls brigue por uma vaga nos playoffs. No papel, o time é muito bom. Em quadra, é necessário aguardar mais algumas semanas.

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Para ter uma chance, é bom que o esquema comece a funcionar. Na pré-temporada, Wade fez o que se espera dele e tratou de arremessar de três. Mirotic precisa entrar no modo de competição, enquanto Butler deverá fazer mais do mesmo e ser o principal atleta da equipe. Enquanto parece não fazer nenhum sentido a proposta que a equipe vai trazer para 2016-17 com este elenco, acreditamos na classificação.

No mais, será estranho ver Wade com outra camisa.

Previsão: oitavo colocado na conferência Leste

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