Poucos jogadores são mais divisivos entre os próprios colegas do que Patrick Beverley. Afinal, a postura de “carrapato” na defesa rendeu-lhe diversos desafetos. Companheiros de elenco adoram sua presença enquanto os adversários consideram-no de impertinente a desleal. Nenhuma das inimizades, no entanto, prejudicou tanto a carreira de Beverley quanto Russell Westbrook ao duvidar de sua capacidade defensiva.
“Russell prejudicou a minha carreira, para resumir. Os treinadores, atletas e torcedores passaram a olhar-me de maneira diferente, pois questionavam a minha abordagem na defesa. Diziam que eu só corria e gritava pela quadra, então tudo era mais um tipo de encenação do que marcação de fato. E, na verdade, até hoje muita gente crê nisso”, contou o armador, em entrevista ao podcast do ex-jogador JJ Redick.
Westbrook e Beverley possuem, em suma, um histórico de inimizade que vem de muitos anos. Tudo começou na primeira rodada dos playoffs de 2013. O astro, na época, sofreu ruptura no menisco após uma colisão (evitável) com o especialista defensivo. Confusões, então, seguiram-se entre ambos. Em 2019, “Russ” disse que “Bev” enganava a todos na liga porque só corria pela quadra sem fazer nada em vez de marcar.
Para o agora armador do Minnesota Timberwolves, as palavras do rival ressoaram tanto por causa da disposição de muita gente em odiá-lo. “Outros atletas passaram a atacar-me o tempo inteiro pelos comentários de uma pessoa. Só aquelas palavras já foram o bastante porque todos queriam acreditar naquilo. Queriam dizer que só corria por aí e não marcava nada, mas tudo bem”, desabafou o veterano.
Desrespeito
Uma das provas de como o comentário de Westbrook prejudicou a carreira de Beverley, por exemplo, aconteceu nas negociações de extensão com o Los Angeles Clippers. Seu ex-time tentou garantir a permanência em longo prazo antes de decidir trocá-lo com o Memphis Grizzlies. Em seguida, ele seria enviado para Minnesota. A oferta angelina foi, em síntese, encarada como completo desrespeito.
“O nosso time estava nas finais do Oeste, então chegamos onde nunca havíamos antes. Estava lá desde o início da construção daquele elenco e, por isso, pensava que o novo contrato seria um processo fácil. Entrei no escritório e, simplesmente, eles jogaram um número em minha frente que era praticamente vergonhoso. Não havia outra opção a não ser ir embora”, lamentou o jogador de 33 anos.
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