A trade deadline ocorreu na quinta-feira passada, mas a janela de transferências só acabou mesmo nesse domingo. A última troca da temporada, afinal, foi fechada mais de 72 horas depois. E após muita polêmica. Segundo Adrian Wojnarowski, da ESPN, o Golden State Warriors concluiu as negociações da NBA ao aceitou a troca para readquirir Gary Payton II.
Os destinos de quatro atletas, assim, foi sacramentado oficialmente. O especialista defensivo, em primeiro lugar, voltou a ser jogador dos atuais campeões depois de menos de um ano. O ala Kevin Knox, além disso, está liberado para integrar-se à franquia do Oregon. O pivô James Wiseman está a caminho do Detroit Pistons, enquanto o ala Saddiq Bey segue para o Atlanta Hawks.
As incertezas em torno do negócio começaram logo depois do acordo. Payton não passou nos exames médicos do Warriors, pois está com uma lesão no abdome. O jogador não disputou o início da temporada por causa de uma cirurgia no mesmo local. A previsão inicial é que o problema pode afastá-lo das quadras por até três meses, ou seja, do resto da campanha regular.
Golden State, então, acusou o Blazers de má-fé nas negociações por esconder a condição física do atleta. Os dirigentes de Portland, enquanto isso, dizem que as acusações são injustas. O empresário do ala-armador está ao lado do seu antigo time. A franquia, ainda assim, resolveu seguir em frente com a transação e confirmar a aquisição do reforço lesionado.
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Reclamação
O Warriors pode até ter aprovado a troca por Payton, mas, nos bastidores da NBA, a polêmica vai seguir. Wojnarowski apurou que o time formalizou uma reclamação com a liga sobre a postura do Blazers nas negociações. A cúpula liderada por Bob Myers, antes de tudo, acredita que ocultou-se a lesão de forma proposital. As punições vão de multas até a perda de escolhas de draft.
“O Golden State compartilhou o que acreditam ser evidências, para começar, de que Portland falhou em oferecer informações médicas relevantes. A liga recebeu esse dossiê e deve analisar o caso. A condição de Gary antes da troca, então, não teria sido devidamente esclarecida para que as conversas não fossem comprometidas”, explicou o jornalista.
Nesse dossiê, os atuais campeões oferecem mais detalhes sobre as suas suspeitas e descobertas. Existe a sinalização, por exemplo, de que o defensor foi medicado com o analgésico Toradol para que pudesse jogar. As dores com que lida, afinal, são insustentáveis. A acusação, em particular, tem sido fortemente negada pelo Blazers e os representantes do ala-armador.
“A segurança dos nossos jogadores é muito importante, para começar. Estávamos escalando Gary porque estava liberado por nossos médicos. Mais do que isso, nós estávamos confiantes de que reunia condições. Não o colocaríamos em quadra se não estivesse saudável ou houvesse riscos. Então, acredito que fizemos a coisa certa”, afirmou o gerente-geral Joe Cronin.
Além da quadra
Mas, se Payton pode não ter condições de ajudar imediatamente, por que aceitar a troca? O Warriors, a princípio, possui motivações que vão além das quatro linhas para fechar a negociação. Não é só sobre o ala-armador. Para começar, o fim da passagem de Wiseman pela franquia traz alívio na organização. O insucesso da segunda escolha do draft de 2020 tornou-se uma distração para a equipe.
E, acima de tudo, existe uma motivação financeira para levar o negócio à frente. Os californianos vão economizar cerca de US$40 milhões em salários e multas com a transação nos próximos anos.
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