Fonte: Kevork Djansezian / AFPPara a próxima temporada, Golden State Warriors e Los Angeles Clippers terão os elencos mais caros da NBA e, assim, terão que pagar altos preços em impostos. Então, as franquias somas valores astronômicos na chamada Luxury Tax. Para se ter ideia, o preço pago pelas organizações serão maiores do que todos os outros times da liga juntos.
Golden State Warriors
Esse tem sido o contexto da franquia de San Francisco desde o começo da longa janela de título da equipe. Até 2017 a profundidade do elenco do Warriors era gigantesca. Isso, devido ao valor dos jogadores na época não ser tão alto.
O exemplo máximo é Stephen Curry que, após o contrato de calouro e as lesões constantes no tornozelo, assinou uma irrisória extensão de US$44 milhões por quatro anos. Por fim, havia muito espaço no teto salarial para adicionar peças.
Logo, nomes como Andre Iguodala, Shaun Livingston, Leandro Barbosa e Andrew Bogut, se juntaram ao núcleo de Curry, Klay Thompson, Draymond Green e Harrison Barnes. As temporadas regulares de 2014/15 e 2015/16, quando a franquia somou 140 vitórias em 164 jogos e um título, foram ainda mais impulsionadas por tantas opções.
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Então, logo a lista de elenco ficou cara. Isso porque a próxima extensão de Curry foi de US$201 milhões, em 2017. Esse valor se juntou aos ganhos de Thompson e Green. Além disso, teve a contratação de Kevin Durant.
Hoje, o elenco segue caro. Cinco jogadores receberão mais do que US$20 milhões na próxima temporada. Curry (US$51.9 milhões) e Thompson (US$43.2 milhões), são os mais valiosos. Depois deles aparecem Chris Paul (US$30.8 milhões), Andrew Wiggins (US$24.3 milhões), além de Draymond Green (US$22.2 milhões).
Adicione a isso, os salários acima do mínimo de Gary Payton II (US$8.7 milhões) e Kevon Looney (US$7.5 milhões). Também há os contratos de jogadores vindos da loteria do Draft como por exemplo: Jonathan Kuminga (US$6 milhões) e Moses Moody (US$3.9 milhões).
Vale lembrar que Golden State só tem 11 contratos garantidos no momento. Além dos citados acima, Cory Joseph e Brandin Podziemski. A taxa de impostos do Warriors é projetada para a casa dos US$167.5 milhões. Portanto, a mais alta taxa da NBA.
Los Angeles Clippers
O contexto é diferente, mas a taxa de impostos também é um problema para o Clippers, a exemplo do Warriors, na NBA. Kawhi Leonard e Paul George já chegaram a uma equipe de playoffs para a temporada 2019/20. O time tinha dois salários vigentes na casa dos US$15 milhões com Patrick Beverley e Marcus Morris. A adição dos salários máximos dos astros, colocaram Los Angeles no limite.
As trocas que viriam nas temporadas seguintes (Nicolas Batum, Luke Kennard, Norman Powell e Robert Covington) ou até extensões contratuais caras (Marcus Morris e Reggie Jackson) ajudariam a colocar a franquia bem acima do teto salarial. Tudo isso visando, sobretudo, tirar o jejum de títulos da franquia.
As lesões tem impedido que o projeto se concretize. No entanto, o Clippers não desistiu e segue com uma folha salarial cara apesar dos rumores. George e Leonard tem uma diferença mínima em seus salários. Mas ambos superam a faixa dos US$45 milhões.
Norman Powell e Marcus Morris estão rompendo a casa dos US$15 milhões, enquanto outros quatro nomes excedem a faixa dos US$10 milhões. São eles: Nicolas Batum, Robert Covington, Ivica Zubac e Terance Mann.
A folha salarial só não é maior graças a economia de mais de US$100 milhões conquistada com a dispensa de Eric Gordon. O veterano assinou com o Phoenix Suns na agência livre. Além disso, o Clippers diminuiu o salário de Mason Plumlee para de US$8 milhões para US$5 milhões em 2023/24.
A franquia também conseguiu um ótimo acordo de US$4 milhões por Russell Westbrook. Los Angeles, então, tem 15 contratos garantidos e pagará estimados US$108 milhões em impostos.
Mais do que toda a NBA em conjunto
Então, juntando as estimativas de Warriors e Clippers, o valor pago em impostos à NBA será de US$276.4 milhões. Os outros 28 times da liga somam “apenas” US$153.8 milhões. Os valores ainda pode mudar com as especulações de trocas de estrelas como Damian Lillard e James Harden. Os altos impostos que tem lhes dado poucas oportunidades no mercado da NBA, ainda mais com o novo acordo de trabalho.
A troca de Jordan Poole por Chris Paul é um bom exemplo por Golden State. Se livrar de um contrato de múltiplos anos, em troca de um ainda mais caro, mas expirante. Assim, conquista maior espaço para os mercados futuros. Algo semelhante com o que fez o Clippers com Gordon.
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