Fonte: Brian Babineau / AFPKevin Garnett viveu o capítulo derradeiro da trajetória como jogador do Boston Celtics nesse domingo e, finalmente, teve sua camisa aposentada pela equipe. A cerimônia de homenagem e retirada do uniforme #5 aconteceu logo após a derrota do time para o Dallas Mavericks. A festa contou com diversos ex-colegas de elenco e, por fim, trouxe uma sensação de conclusão para o integrante do Hall da Fama.
“Antes de chegar a Boston, Antoine Walker [ex-jogador] chamou-me e deu conselhos valiosos que levei para a entrevista de apresentação. Então, depois de ser apresentado, a primeira coisa que fiz foi vir a esse ginásio e olhar para o alto. E, em síntese, vi tudo. Antevi não apenas o título que conquistamos juntos, mas também que me tornaria um imortal nesse ginásio”, lembrou o veterano, em seu discurso de agradecimento.
Dois velhos conhecidos chamaram a atenção entre tantos convidados ilustres do evento: Paul Pierce e Ray Allen. Afinal, eles formaram o “Big Three” de Boston que comandou a conquista do título da NBA em 2008. Allen foi uma presença (ainda) mais emblemática porque havia se tornado desafeto de Garnett após deixar o Celtics para jogar no Miami Heat. Depois de uma década, por fim, os dois fizeram as pazes.
“Kevin trouxe, antes de tudo, um senso de cultura para essa cidade que necessitávamos na época. Trouxe o orgulho celta de volta! Então, quero agradecer-lhe como parceiro de time, amigo e irmão. Acredito, além disso, que falo por todos dessa cidade e torcida. Os jogadores que tiveram a chance de jogar ao seu lado, por fim, sempre vão amá-lo. Nós agradecemos mesmo”, reconheceu Pierce.
Ser melhor
O estilo enérgico de Garnett em quadra rendeu-lhe, ao mesmo tempo, fãs e detratores em todos os extratos da liga. Ele virou um dos símbolos da liga atuando pelo Minnesota Timberwolves, mas, em 2007, chegou ao Celtics “despido” de estrelato. Ele abdicou de números, volume ofensivo e feitos individuais para, finalmente, ser campeão. Conduziu companheiros à glória assim como foi conduzido à glória por seus companheiros.
“Eu estava acompanhando a vídeos e materiais antes de vir aqui hoje. Falam muito, por exemplo, que fiz vários atletas melhores ao chegar aqui. E, no fim das contas, discordo porque tudo foi mútuo nessa história. Foram todos esses ótimos jogadores que fizeram-me melhor e, no final das contas, eu gosto de pensar que tornamos uns aos outros melhores”, concluiu o lendário ala-pivô, agora eterno camisa #5 de Boston.
Garnett tem a camisa aposentada pelo Celtics como reconhecimento a um jogador que, em síntese, mudou a história da franquia mais tradicional da liga. Em seis temporadas em Boston, o ex-atleta foi eleito para cinco Jogos das Estrelas, quatro quintetos ideais de defesa da liga e, além disso, ganhou o prêmio de melhor defensor da liga em 2008.
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