Fonte: SAM FORENCICH / AFPBem, parece que agora, vai. O astro Damian Lillard está insatisfeito com os movimentos do Portland Trail Blazers e, agora, vamos mostrar três opções de trocas por ele. Até então, o jogador acreditava nas ideias da diretoria e queria ser campeão por lá. No entanto, com mais um papo de que o Blazers vai passar por nova reconstrução, ele não quer repetir a dose.
Sendo bem sincero, Lillard afirmou que não tem o menor interesse em reformulação de elenco. E, olhando para o que Portland pode oferecer hoje, dificilmente vai conseguir o que ele tanto quer por lá: um título.
É fato que vários times já se interessaram pelo armador, mas é preciso entender cada momento. Quando LeBron James e Anthony Davis o chamaram para uma reunião, o Blazers tinha acabado de ser vice do Oeste. Então, não fazia sentido ele trocar algo sólido e promissor, com tudo o que já passou em Portland por uma tentativa de título fora de lá.
Embora sua equipe não tenha conseguido bons resultados desde então, o tempo mostrou que o atleta tomou a decisão pensando em seu legado. E deu certo por várias razões.
Primeiro, o Los Angeles Lakers naufragou após o título e quem chegou lá (Russell Wesbtrook), pagou o pato. Ele trocaria Portland, onde é ídolo e referência para os jovens para sofrer críticas em Los Angeles? Além disso, veio muito mais dinheiro que outras equipes poderiam pagar.
Em julho de 2022, ele aceitou uma extensão máxima com o Blazers e, agora, tem acordo até 2026/27.
Então, vamos analisar três opções de trocas para Damian Lillard.
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Utah Jazz
Por que não? O Utah Jazz tem um time promissor, muitas escolhas de Draft e bastante espaço para acomodar os US$45.6 milhões de Lillard para 2023/24. Ou seja, faz sentido para o Jazz. Mas como fazer para o Blazers?
Bem, primeiro é entender que o atleta completa 33 anos em julho. Portanto, Portland tem uma chance enorme de reconstruir abaixo do teto salarial. Depois, vamos saber o que ele vale no mercado, por conta da idade e seu contrato. Daí, vem a resposta: apesar de ele ser ainda um jogador incrível, para o resto da NBA, não tem tanto valor quanto a gente pensa.
Em quadra, Lillard vai entregar mais um, dois, ou até três anos, mas isso quer dizer que seu novo time será campeão? Ele vai fazer alguém vencer a longo prazo? A curto, sim, é possível. Mas quem tem peças e espaço para encaixar tal valor? Mas mais que isso, quem quer fazer um movimento assim?
Então, o Jazz é uma das melhores opções de trocas por Damian Lillard porque o Blazers vai abrir espaço e receber jogadores jovens. E é o que Portland quer, afinal.
A troca
Utah recebe: Damian Lillard
Portland recebe: Collin Sexton (US$17.3 milhões), Kelly Olynyk (US$12.2 milhões*), escolhas de primeira rodada de 2023, 2025 (via Cleveland Cavaliers) e 2027 (via Los Angeles Lakers)
* Parcialmente garantido
Veja, o Blazers pode ter Sexton ao lado de Anfernee Simons para a armação, enquanto Olynyk chegaria para o seu último ano de contrato. Ou seja, aliviaria US$12.2 milhões ao fim de 2023/24 e, ainda, teria uma boa opção no garrafão. Por fim, boas escolhas de Draft.
Pode não parecer muito para Portland, mas entendendo uma nova realidade ali, com reformulação de elenco, faz sentido. O time poderia receber mais? Sim, se você pensar só no que Lillard produz hoje. E, de novo, não é sua chegada em Utah que vai fazer o Jazz campeão na próxima temporada. Dá para incluir, por exemplo, Rudy Gay (expirante de US$6.4 milhões). De qualquer forma, reconstrução é isso. Não está mandando Lillard para brigar por algo sem ele. É pensando no futuro, com escolhas de Draft e jogadores promissores.
New York Knicks
De novo, o Knicks. Mas você já deve estar acostumado, né? Time de grande mercado sempre é candidato a troca por um astro. Olhando, primeiro, para a perspectiva da franquia como uma empresa. Lillard faz todo sentido em Nova York, mas aqui é diferente da negociação com o Utah Jazz.
Enquanto o Jazz tem espaço em sua folha salarial e a ideia é abrir espaço, com o Knicks funciona com um prazo mais longo. Neste caso, o time de Nova York teria de enviar mais atletas jovens, como RJ Barrett, Obi Toppin e Miles McBride. No entanto, enviaria ainda jogadores para que os salários possam bater. Então, entrariam Evan Fournier (com contrato garantido até 2023/24) e Derrick Rose (último ano de acordo).
Em contrapartida, o Knicks receberia, além de Lillard, o pivô Jusuf Nurkic para ser reserva de Mitchell Robinson, na pior das hipóteses.
A troca
New York recebe: Damian Lillard e Jusuf Nurkic
Portland recebe: Obi Toppin, Miles McBride, Derrick Rose, Evan Fournier, RJ Barrett e escolhas de primeira rodada de 2024 e 2026
Para o Knicks, seria uma tentativa de título imediato. Assim, seria possível jogar Lillard ao lado de Jalen Brunson no perímetro. O fato de ter um pivô de melhor qualidade vindo do banco (seja Nurkic ou Robinson) dá ao time mais opções na segunda unidade.
Enquanto isso, o Blazers já abriria espaço na folha com Rose. Fournier, por outro lado, ainda teria mais um ano. Mas no fim, é o que importa para Portland. Abrir espaço, ganhar escolhas de Draft, Barrett e pensar no futuro.
Miami Heat
Aqui, a coisa muda de figura. O Heat tem peças que encaixam financeiramente e escolhas de Draft. Ou seja, imediatamente se torna uma das melhores opções de trocas por Damian Lillard.
Como seria para o Blazers, afinal?
Portland receberia o expirante de Kyle Lowry (US$29.7 milhões), além de Duncan Robinson (contrato até 2025/26). Ali, Robinson teria espaço para jogar por longos minutos. Quando jogou 30 minutos ou mais na carreira, ele produziu 15.6 pontos, 3.9 rebotes e converteu 430 cestas de três em 1047 tentativas (41.1% de aproveitamento). Então, certamente ele iria ajudar.
E o Heat, por outro lado, faria uma tentativa legítima pelo título. Com Jimmy Butler, Bam Adebayo e Lillard, Miami entraria na próxima temporada como um dos reais candidatos. A parte ruim para a franquia é que teria prazo de validade.
A troca
Miami recebe: Damian Lillard
Portland recebe: Kyle Lowry, Duncan Robinson e escolhas de primeira rodada de 2024 e 2026
A folha de pagamento do Blazers iria reduzir drasticamente a partir de 2024/25, ainda podendo receber mais escolha de Draft por Jusuf Nurkic. Tudo depende de como o pivô, de 28 anos, é visto no mercado. Daria, ainda, flexibilidade para conseguir uma sign and trade envolvendo Jerami Grant. Portanto, se a direção quiser mesmo ir para o lado da reconstrução, os caminhos mais rápidos para voltar aos playoffs é assim.
Por fim, Miami já ultrapassaria o teto salarial e a luxury tax mesmo sem Lillard em 2023/24. Ou seja, já teria de pagar multa de qualquer forma. Então, que pague lutando pelo título.
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