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Times históricos que não foram campeões – Indiana Pacers (1998)

No sétimo artigo da série, Gustavo Lima fala do grande Pacers liderado por Reggie Miller e treinado pelo lendário Larry Bird

Fonte: No sétimo artigo da série, Gustavo Lima fala do grande Pacers liderado por Reggie Miller e treinado pelo lendário Larry Bird

O sétimo artigo da série traz (na minha visão) o melhor Indiana Pacers de todos os tempos. A equipe de 1998 tinha o fantástico arremessador Reggie Miller, fez uma campanha espetacular (a melhor da história da franquia até então), mas parou nas finais da Conferência Leste. Derrotado por qual time? Pelo Chicago Bulls de Michael Jordan, o algoz da maioria dos times históricos analisados nesta série, em uma decisão eletrizante de sete jogos.

A equipe de Indianápolis foi contender nos anos 90, quando chegou nove vezes aos playoffs, incluindo quatro finais de conferência. Isso sem contar as finais da NBA, alcançadas em 2000. Em todas elas, o time foi capitaneado pelo ala-armador Reggie Miller, considerado um dos melhores arremessadores da história da liga.

O auge do Pacers, na década, foi a equipe de 1998. Na ocasião, a equipe fez até então a melhor campanha de todos os tempos da franquia, com 58 vitórias e 24 derrotas (superada pelo time de 2004, com um recorde de 61-21). Antes de falar do Pacers que marcou época é preciso contar como se deu a formação do elenco que entraria para a história de Indiana.

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O começo da era Reggie Miller

Maior cestinha da história do Pacers, Reggie Miller defendeu a franquia por 18 temporadas

A nossa história começa em 1987, ano em que o gerente-geral do Pacers, Donnie Walsh, selecionou Miller na 11ª posição do draft. A escolha foi considerada polêmica na época, já que os fãs da equipe queriam que Walsh tivesse escolhido Steve Alford, ídolo da Universidade de Indiana. Só para constar, Alford, que hoje é técnico de UCLA, foi um fiasco na NBA. Ponto para o GM do Pacers!

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Em sua primeira temporada na liga, Miller foi reserva do veterano John Long. Treinado pelo histórico Jack Ramsay, campeão pelo Portland Trail Blazers (1977), a equipe de Indianápolis foi apenas a nona colocada do Leste e ficou de fora dos playoffs.

No ano seguinte, o pivô holandês Rik Smits foi selecionado pelo Pacers na segunda escolha geral e Miller tornou-se titular e o segundo cestinha do time, atrás apenas do ala Chuck Person. Contudo, o Pacers não alcançou os playoffs e teve quatro treinadores na temporada.

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Em fevereiro de 1989, o time de Indiana trouxe o ala alemão Detlef Schrempf, por meio de uma troca com o Dallas Mavericks, em que o pivô Herb Williams foi enviado para o time texano.

Em 1989/90, o time chegou à pós-temporada sob o comando de Dick Versace e liderado por Miller, agora maior pontuador da equipe. Na primeira rodada, o Pacers, que havia feito a oitava melhor campanha do Leste, foi varrido pelos bad boys do Detroit Pistons, atual campeão e que conquistaria o bicampeonato naquela temporada.

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Na segunda rodada do draft de 1990, o Pacers selecionou o ala-pivô Antonio Davis, na 45ª posição.

Nas três temporadas seguintes, o Pacers treinado por Bob Hill e com Miller como cestinha chegou aos playoffs, mas não passou da primeira rodada. Em 1991, o ala-pivô Dale Davis foi selecionado na 13ª posição do draft. No ano posterior, Person foi trocado com o Minnesota Timberwolves junto com o armador Micheal Williams. Em contrapartida, o Pacers recebeu o armador Pooh Richardson e o ala Sam Mitchell.

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Reggie Miller foi algoz do Knicks em duelos históricos nos playoffs do Leste

A chegada de Larry Brown e os duelos históricos contra o Knicks

A offseason de 1993 foi importante para os rumos da equipe nos anos posteriores. Hill foi demitido e Larry Brown contratado para comandar o time. Schrempf, que havia sido selecionado para o All-Star Game daquele ano, foi trocado com o Seattle SuperSonics pelo também ala Derrick McKey. O armador Haywoode Workman assinou com a equipe e, no início da temporada, o também agente livre Byron Scott, tricampeão pelo Los Angeles Lakers nos anos 80, reforçou o time de Indiana.

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As mudanças deram resultado e o Pacers foi o quinto colocado do Leste, com 47 vitórias e 35 derrotas. Na primeira rodada, a equipe varreu o Orlando Magic de Shaquille O’Neal e Penny Hardaway. Na semifinal, o Pacers surpreendeu o Atlanta Hawks, que havia feito a melhor campanha da conferência. Em seis partidas, Indiana superou a equipe de Mookie Blaylock, Danny Manning e Stacey Augmon.

Nas finais do Leste, o adversário foi o New York Knicks, treinado por Pat Riley e liderado por Patrick Ewing, John Starks e Charles Oakley. Em uma série catimbada e histórica, que chegou a sete partidas, o Pacers lutou bastante, mas foi superado pelo time novaiorquino.

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O time de Indianápolis perdeu as duas primeiras partidas, mas bateu o Knicks nas três seguintes. O jogo 5 da série, aliás, é um dos mais espetaculares da história dos playoffs. O Knicks liderou boa parte do duelo e foi para o último período com uma vantagem de 12 pontos: 70 a 58. Parecia uma fatura liquidada. Parecia… No quarto final, Reggie Miller anotou 25 dos 35 pontos do time de Indiana e calou o Madison Square Garden. A cada cesta, ele provocava o cineasta Spike Lee, famoso torcedor do Knicks. O Pacers conseguiu a virada improvável e jogou o time novaiorquino nas cordas.

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Indiana tinha a faca e o queijo nas mãos para chegar à sua primeira final na NBA, já que o sexto jogo do confronto seria disputado em Indianápolis. Mas com uma grande atuação de Starks, que anotou 26 pontos, o time visitante venceu por 98 a 91 e levou a decisão para Nova Iorque. No sétimo e derradeiro jogo, Ewing teve uma atuação fantástica – 24 pontos, 22 rebotes, sete assistências e cinco tocos – e guiou o Knicks às finais. Restaram a frustração e a sensação de que o Pacers ficou muito perto de alcançar a decisão da liga.

Na offseason de 1994, o Pacers trouxe o armador Mark Jackson, após uma troca com o Los Angeles Clippers, que recebeu Pooh Richardson, Malik Sealy e os direitos de Eric Piatkowski. A negociação deixou claro que o objetivo de Indiana era se manter forte e brigar por uma vaga nas finais. Com um time mais qualificado que o do ano anterior, o Pacers conseguiu 52 vitórias e 30 derrotas e terminou a temporada regular na segunda posição do Leste, atrás apenas do Magic.

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Na primeira rodada dos playoffs, Indiana varreu o Hawks. Na semifinal, a equipe teve o Knicks de novo pela frente. Em mais um duelo equilibrado, decidido em sete partidas, o Pacers, desta vez, levou a melhor sobre o rival. O primeiro jogo do confronto entrou para a história dos playoffs. Graças a oito pontos seguidos de Miller, nos últimos 18 segundos de jogo, o Pacers conseguiu uma virada incrível e levou a melhor na partida disputada no Madison Square Garden.

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Na decisão do Leste, o Pacers enfrentou o Magic, time que havia varrido no ano anterior. Mas desta vez, com Shaq e Hardaway jogando no mais alto nível, a missão seria bem mais complicada. Como não poderia deixar de ser, a série foi a sete jogos. Quem teve o mando de quadra, no caso, o time de Orlando, dono da melhor campanha da conferência, saiu-se vencedor.

A quarta partida daquelas finais do Leste entrou para o rol de confrontos inesquecíveis em playoffs. Com quatro mudanças de liderança, nos últimos 13 segundos de jogo, o Pacers venceu por 94 a 93, após uma cesta de Smits no estouro do cronômetro.

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Com duas finais de conferência seguidas, o Pacers entrou na temporada 1995/96 como um dos candidatos ao título. A base foi mantida e o time ainda assinou com os veteranos Eddie Johnson e Ricky Pierce para qualificar o banco de reservas. No draft de 95, a franquia selecionou o armador Travis Best (pick 23) e o ala-armador Fred “The Mayor” Hoiberg (pick 52).

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O time de Indiana terminou a temporada regular com a terceira melhor campanha do Leste, com 52 vitórias e 30 derrotas, atrás somente de Bulls (72-10) e Magic (60-22). Um detalhe que vale a pena ser citado: o Pacers foi a única equipe que bateu o histórico time de Chicago por duas vezes naquela temporada. A promessa era a de que os playoffs do Leste pegariam fogo!

Só que para azar e decepção da franquia de Indiana, Miller sofreu uma lesão ocular no último mês da temporada regular e só retornou às quadras no quinto e derradeiro jogo da primeira rodada dos playoffs. O Pacers foi surpreendido pelo Hawks e a temporada encerrou-se com um gosto amargo.

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Na offseason seguinte, Jackson e Pierce foram trocados para o Denver Nuggets pelo ala Jalen Rose. No recrutamento de 96, o Pacers selecionou o pivô Erick Dampier, na décima escolha.

Naquela temporada, o time de Indiana teve diversos problemas. Smits e McKey desfalcaram a equipe por vários jogos devido a lesões no pé e no tendão de Aquiles, respectivamente. Best não convenceu como armador principal e o GM Donnie Walsh trouxe de volta o veterano Mark Jackson, reconhecendo o erro na troca feita poucos meses antes.

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Com a decepcionante campanha de 39 vitórias e 43 derrotas, o Pacers terminou na décima colocação do Leste e ficou de fora dos playoffs pela primeira vez em oito anos. Ao final da temporada, Larry Brown foi demitido.

Mark Jackson, Rik Smits e Reggie Miller marcaram época em Indiana

A temporada mágica de 1997/98

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Para o comando do time, Walsh contratou o lendário ex-jogador Larry Bird. Aquela seria a primeira experiência do ídolo do Boston Celtics como treinador na NBA. Bird era muito identificado com Indiana, já que era o seu estado natal e ele havia defendido a Universidade de Indiana State por três anos.

Além do novo técnico, o Pacers fez algumas mudanças pontuais no elenco. Enviou o jovem Dampier e o ala Duane Ferrell para o Golden State Warriors e, em contrapartida, recebeu o veterano Chris Mullin, que havia jogado com Bird no Dream Team campeão olímpico em 1992, em Barcelona. Para dar mais experiência a um elenco já calejado, o time de Indiana assinou com o pivô Mark West, titular no Phoenix Suns, vice-campeão de 1993.

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As alterações implementadas por Walsh deram muito certo. Mullin se encaixou bem no quinteto inicial ao lado de Jackson, Miller, Dale Davis e Smits. Ele e Miller, aliás, tiveram aproveitamentos acima de 42% nos arremessos de longa distância, demonstrando o poderio ofensivo do Pacers no perímetro. Segundo maior pontuador da equipe, Smits foi selecionado pela primeira vez para o All-Star Game. Já o cestinha Miller disputou o quarto Jogo das Estrelas de sua carreira. Para fechar, Bird foi eleito o melhor técnico do ano, logo em seu primeiro trabalho na liga.

O Pacers finalizou a temporada regular com a segunda melhor campanha do Leste, com 58 vitórias e 24 derrotas. Esse foi até então o melhor desempenho da franquia na história, superado posteriormente apenas pela campanha de 2003/04.

Além disso, o time de Indiana foi o quarto melhor em eficiência ofensiva (108.4 pontos marcados a cada 100 posses de bola) e o quinto em eficiência defensiva (101.6 pontos sofridos por 100 posses de bola). Esses números mostram que o Pacers era forte dos dois lados da quadra e um dos candidatos a chegar pelo menos à final do Leste.

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Indiana Pacers – 1997/98

Time-base: Mark Jackson (PG), Reggie Miller (SG), Chris Mullin (SF), Dale Davis (PF) e Rik Smits (C)

Principais reservas: Antonio Davis (PF/C), Jalen Rose (SG/SF), Derrick McKey (SF), Travis Best (PG) e Fred Hoiberg (SG)

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Técnico: Larry Bird

Jogador Idade Pontos Rebotes Assistências Roubos Tocos Minutos
Reggie Miller 32 19.5 2.9 2.1 10. 0.1 34.5
Rik Smits 31 16.7 6.9 1.4 0.5 1.2 28.6
Mark Jackson 32 8.3 3.9 8.7 1.0 29.4
Chris Mullin 34 11.3 3.0 2.3 1.2 0.5 26.5
Dale Davis 28 8.0 7.8 0.9 0.7 1.1 27.9
Antonio Davis 29 9.6 6.8 0.7 0.5 0.9 26.7
Derrick McKey 31 6.3 3.7 1.5 1.0 0.5 23.1
Jalen Rose 25 9.4 2.4 1.9 0.7 0.2 20.8
Travis Best 25 6.5 1.5 3.4 1.0 0.1 18.9
Fred Hoiberg 25 4.0 1.9 0.7 0.6 13.4

Na primeira rodada dos playoffs, a equipe de Indianápolis não encontrou dificuldades para bater o Cleveland Cavaliers de Shawn Kemp e Zydrunas Ilgauskas, em uma série de quatro jogos. Na semifinal de conferência, um velho conhecido. A rivalidade entre Pacers e Knicks foi uma das mais intensas na década de 90 e, mais um capítulo seria escrito na temporada 1997/98. Ao contrário do que ocorreu nos anos anteriores, desta vez a série não foi marcada pelo equilíbrio, já que o time de Indiana liquidou a fatura em cinco partidas. No jogo 4, inclusive, Miller presenteou Spike Lee e o Madison Square Garden com uma atuação de gala. Levou o jogo para a prorrogação ao converter uma bola de três a cinco segundos do fim e terminou o duelo com 38 pontos.

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Na final do Leste, o aguardado duelo contra o temido Bulls. Apesar da qualidade inquestionável de seu elenco e do ótimo trabalho do estreante Larry Bird, a missão do Pacers era muito complicada. Do outro lado estava uma equipe detentora de cinco títulos na década, vinda de duas conquistas seguidas, dona da melhor campanha da temporada e liderada pelo maior jogador de todos os tempos. Jordan, aliás, foi eleito o MVP daquele ano, sua quinta honraria na carreira.

Considerado azarão naquelas finais, o Pacers jogou no seu limite e deu muito trabalho ao Bulls. Nas duas primeiras partidas da série, disputadas em Chicago, o time mandante levou a melhor. Nos dois duelos, Jordan combinou para 72 pontos. Nos dois jogos, a diferença no placar foi de apenas seis pontos (85 a 79 e 104 a 98).

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A série foi para Indianápolis nos jogos 3 e 4. O Pacers sabia que, se quisesse pensar no título do Leste, vencer em casa seria fundamental. E foi o que aconteceu. No terceiro jogo, o time de Indiana ganhou por 107 a 105, com Miller anotando 13 de seus 28 pontos nos quatro minutos finais do duelo. O banco do Pacers foi importante naquela partida, com quatro jogadores – Rose, A. Davis, Best e McKey – combinando para 41 pontos.

A quarta partida das finais de 1998 é inesquecível. O Pacers entrou no período final com uma desvantagem de oito pontos no placar: 77 a 69. Mas nos minutos derradeiros, o time da casa buscou a improvável virada. Como não poderia deixar de ser, Miller entrou em cena e foi clutch. Ele recebeu o passe lateral de McKey, superou a marcação de Jordan e converteu o arremesso de três pontos quando restava apenas um segundo no relógio. Na posse de bola final, Jordan ainda tentou um chute de longa distância no estouro do cronômetro. O público presente à Market Square Arena ficou paralisado por alguns instantes. A bola bateu na tabela, rodou o aro, chorou, chorou e não caiu. Explosão em Indianápolis! Que final de jogo inacreditável! De forma dramática, o Pacers venceu por 96 a 94 e empatou a série.

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No quinto jogo do confronto, realizado em Chicago, o Bulls entrou “mordido” e atropelou por 106 a 87. Jordan foi o cestinha, com 29 pontos. Bem marcado, Miller teve uma atuação discreta e anotou apenas 14 pontos.

A série voltou para Indianápolis na sexta partida. Para o Pacers era vencer ou morrer. O duelo foi equilibrado, com 15 mudanças de liderança, e decidido apenas nos instantes finais. Mais uma vez, o camisa 31 do time de Indiana foi neutralizado pela dupla Jordan-Pippen e anotou apenas oito pontos. Smits foi o cestinha do Pacers, com 25 pontos. Jordan, por sua vez, foi o maior pontuador do jogo, com 35 pontos.

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Mas o time de Indiana venceu por 92 a 89 graças a um herói improvável. Quando restavam 33 segundos para o fim, o reserva Travis Best converteu um arremesso de curta distância com a ajuda da tabela, e colocou o Pacers dois pontos à frente no placar (89 a 87). Na posse de bola seguinte, o Bulls empatou o duelo. A oito segundos do final, Best sofreu falta, teve sangue frio e converteu os dois lances livres, colocando o time da casa novamente na liderança. Na última posse, a bola ficou com Jordan. O maior jogador da história, em um raro momento de infelicidade, escorregou e perdeu a bola quando tentava uma infiltração. Isso ocorreu a três segundos do fim. O Pacers jogou no seu limite e levou a série para a sétima partida, algo impensável para muitos analistas da época.

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E veio o sétimo e decisivo jogo. No duelo disputado em Chicago, a equipe de Indiana entrou disposta a fazer história. A partida começou com o time visitante atuando de forma agressiva. O Pacers venceu o primeiro quarto por 27 a 19 e mostrou ao adversário que não se renderia facilmente. No segundo período, o Bulls se recuperou e foi para o intervalo com uma vantagem de três pontos: 48 a 45. A partida seguiu equilibrada até o fim.

Nos momentos derradeiros do duelo, a defesa do time de Chicago entrou em cena. Miller conseguiu apenas um arremesso no quarto período (um airball). O Pacers não anotou um ponto sequer nos últimos dois minutos de jogo. Durante toda a partida, o Bulls foi dominante nos rebotes. Jordan, Pippen e Rodman combinaram para 14 rebotes ofensivos, enquanto o time de Indiana inteiro conseguiu míseros quatro rebotes no ataque. Jordan foi o cestinha, com 28 pontos, e ficou perto de um triplo-duplo ao pegar nove rebotes e distribuir oito assistências. No fim das contas deu a lógica, com o Bulls chegando a mais uma decisão.

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O Pacers jogou no seu limite nos duelos contra a equipe de Chicago. A equipe lutou até o fim, conseguiu algo inimaginável ao levar a série a sete partidas e valorizou bastante a vitória do Bulls. Poucas vezes na liga, um treinador estreante se destacou tanto como Bird em 1998. A lenda do Celtics, mas com raízes em Indiana, ficou perto de levar a equipe de seu estado natal à primeira final de NBA. Para azar do Pacers, assim como ocorreu com outros times destacados nesta série de textos, havia um Michael Jordan no caminho.

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No ano seguinte, com a mesma base, o Pacers chegou novamente às finais do Leste, mas foi batido pelo Knicks em sete jogos. Em 2000, o time de Indiana fez a melhor campanha da conferência – 56 vitórias e 26 derrotas. Nos playoffs bateu o Milwaukee Bucks de Ray Allen e Glenn “Big Dog” Robinson na primeira rodada, em cinco partidas. Na semifinal, o Pacers derrotou o Philadelphia 76ers de Allen Iverson, em seis jogos.

E na final do Leste, adivinha qual era o adversário… Desta vez, o time de Indiana bateu o Knicks após seis confrontos. Pela primeira vez em sua história, o Pacers chegava às finais da NBA. Foi um prêmio para os veteranos Mullin (36), Miller (34), Jackson (34), Smits (33) e McKey (33). Na decisão, a equipe de Indianápolis não foi páreo para o Los Angeles Lakers de Shaquille O’Neal e Kobe Bryant, e caiu na série de seis partidas. Caiu de pé porque o time angelino suou bastante para superar os comandados de Larry Bird.

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Ao final da temporada, Bird deixou o comando do Pacers e deu lugar a Isiah Thomas (AQUELE). Um processo de reconstrução do elenco centrado no jovem ala-pivô Jermaine O’Neal começou ali e chegou ao seu apogeu em 2004, com o time, agora treinado por Rick Carlisle, fazendo a melhor campanha da história da franquia e chegando à final do Leste. Detalhe: Miller, com 38 anos, era o titular e jogava quase 30 minutos por noite.

Aquele Pacers de 98 não conquistou títulos, mas nos brindou com alguns dos duelos mais espetaculares da história dos playoffs, como os inesquecíveis que protagonizou com o seu grande rival (Knicks) e com o Bulls na final do Leste. Reggie Miller e companhia deixaram um legado, que deve sempre ser respeitado por todos os fãs da NBA, e encher de orgulho o torcedor do time de Indiana.

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P.S. Marque na sua agenda o cronograma dos textos que fecham a série “Times históricos que não foram campeões”. Por conta da falta de tempo acabei atrasando a publicação deste artigo, o que implicou na mudança do cronograma dos próximos textos.

– Portland Trail Blazers (2000): dia 04/04
– Sacramento Kings (2002): dia 18/04
– Minnesota Timberwolves (2004): dia 02/05

Times históricos que não foram campeões – Portland Trail Blazers (1991)

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Times históricos que não foram campeões – Phoenix Suns (1993)

Times históricos que não foram campeões – New York Knicks (1994)

Times históricos que não foram campeões – Orlando Magic (1995)

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Times históricos que não foram campeões – Seattle Supersonics (1996)

Times históricos que não foram campeões – Utah Jazz (1997)

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