Já não é mais novidade. A demissão de Michael Malone no Denver Nuggets pegou muita gente de surpresa, mas virou tendência. Nos últimos anos, vários times demitiram técnicos que foram campeões na NBA. É como acontece no futebol brasileiro, por exemplo. O treinador que venceu há um ou dois anos já não serve mais para a função. Enquanto isso, as diretorias criam o “fato novo”.
Apesar de não estar entre os técnicos campeões da NBA, Taylor Jenkins foi demitido pelo Memphis Grizzlies há uma semana. Agora, foi a vez de Malone. Mas o que as equipes querem com isso, afinal?
Bem, parece mesmo ser o “fato novo”, pois falta muito pouco tempo para o fim da fase regular. Malone ficou no Nuggets por quase dez anos, foi campeão e sai como se tivesse feito um trabalho ruim. Afinal, os técnicos deixam seus cargos como os “verdadeiros culpados”, seja na NBA ou no Brasileirão.
E as demissões acontecem pouco depois de os técnicos receberem extensões de seus times. Isso é bizarro.
Foi assim com Mike Brown, no Sacramento Kings. O time o demitiu meses depois de estender seu contrato. É bem verdade que o Kings estava muito mal, mas os técnicos parecem não ter segurança alguma na NBA.
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Dos últimos sete técnicos que foram campeões da NBA, apenas dois seguem em seus times: Steve Kerr (2022) e Joe Mazzulla (2024). Apenas para ter uma ideia, Tyronn Lue conquistou o título com o Cleveland Cavaliers, Nick Nurse venceu com o Toronto Raptors, Frank Vogel com o Los Angeles Lakers, Mike Budenholzer no Milwaukee Bucks e, por fim, Michael Malone no Denver Nuggets.
Todos os técnicos foram campeões poucos anos antes de serem demitidos. Mas o fato de dois treinadores saírem a poucos jogos antes do fim da campanha é que assusta. Enquanto havia algum descontentamento com o novo ataque do Grizzlies, não tinha nenhum sinal de que Malone sairia do Nuggets.
Lembra muito o que acontece no Brasileirão. Técnicos campeões em um ano saem no outro. Foi assim com Rogério Ceni, campeão pelo Flamengo em 2020, ou com Fernando Diniz, que venceu a Libertadores pelo Fluminense em 2023. Na campanha seguinte, ambos já não estavam mais por lá.
A busca pelo “fato novo”, às vezes, tem algum efeito. Mas, no geral, o resultado não é imediato. Veja o caso do Bucks na última temporada, por exemplo. Adrian Griffin deixou o cargo depois de 30 vitórias em 43 jogos. Doc Rivers assumiu e o Bucks teve uma campanha muito pior: venceu 17 dos 36. Ainda teve Joe Prunty como interino. Nos playoffs, caiu na primeira rodada.
Agora, virou rotina para os técnicos na NBA. Um cara que conduz o time ao quarto lugar, ainda mais no Oeste, não tem garantia nenhuma.
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