Time de papel

Quando uma equipe faz grandes contratações, você não espera nada menos que um título. No início da temporada, eu imaginava o Miami Heat como o virtual campeão da NBA. Claro, o time adicionou LeBron James, Chris Bosh e Mike Miller, ao elenco que contava com Dwyane Wade. Mas sempre achei que o time precisava de […]

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Quando uma equipe faz grandes contratações, você não espera nada menos que um título. No início da temporada, eu imaginava o Miami Heat como o virtual campeão da NBA. Claro, o time adicionou LeBron James, Chris Bosh e Mike Miller, ao elenco que contava com Dwyane Wade. Mas sempre achei que o time precisava de um técnico, de um armador, de um pivô e de banco.

Treinador, Erik Spoelstra provou que não era aquilo tudo logo de cara. O problema com LeBron, ainda no começo da temporada, mostrou sua fragilidade como comandante. Tentou várias formações, incluindo nos playoffs. Tirou Zydrunas Ilgauskas e colocou o canadense Joel Anthony. Melhorou, mas ainda assim não o suficiente. Usou rotações com apenas sete, oito jogadores, mas foi em vão.

Armador, é óbvio que Mike Bibby e Mario Chalmers eram pouco. E olha que Bibby só chegou no meio da temporada, pois antes quem armava era o incrível Carlos Arroyo. Chalmers ainda apareceu nos mata-matas, com bons arremessos e uma defesa interessante. Eddie House é apenas um arremessador e nada mais. A bomba ficava sempre para que Wade resolvesse sozinho.

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No garrafão, o time conta com Joel Anthony, Jamaal Magloire, Zydrunas Ilgauskas, Erick Dampier e Dexter Pittman. Tudo isso para jogar com Bosh e Udonis Haslem. E não jogaram nada. Nem mesmo Bosh, contratado do Toronto Raptors, todo badalado, não foi bem, especialmente na hora H.

O banco é terrível. Jogadores velhos (como Juwan Howard e, por um tempo, Jerry Stackhouse) e pouco atléticos. Até James Jones, que fez grandes partidas no ano, sumiu nas finais. O Heat era um time que contava apenas com o talento dos três grandes e nada mais. Não havia um elenco bom o suficiente para ser campeão.

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Sim, o Dallas Mavericks mereceu muito o título. Dirk Nowitzki foi um verdadeiro MVP, carregando seu time nos momentos certos, sendo um excelente astro, fazendo jus ao nome. Jason Terry ajudou quando foi necessário. E o que dizer de Jason Kidd, campeão aos 38 anos? O Mavs foi melhor e campeão. Não venceu só por conta dos buracos que o Heat teve. Chegou lá porque simplesmente jogou melhor. O grupo fez a diferença.

Se o Heat vencesse, o trio seria mais um exemplo de que grandes jogadores se reunindo era sinônimo de uma base para título. Do contrário, falharia como o Los Angeles Lakers de 2004, quando teve Shaquille O’Neal, Kobe Bryant, Karl Malone e Gary Payton, que perdeu para o “patinho feio” Detroit Pistons. Alguma semelhança?

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