Viver em um resort na Disney. Ter alimentação de primeira, mordomias. Jogar em quadras de primeira linha, com segurança máxima contra o coronavírus. Aqueles que observam de longe tem razões de sobra para pensar que um atleta precisaria estar muito dissociado da realidade para reclamar de um ambiente assim. No entanto, o veterano Danny Green garante que teoria e prática estão afastadas na tensão da “bolha”.
“Mentalmente, a ‘bolha’ é como viver o mesmo dia sem parar. Ela é um ambiente tão bom quanto você jogar a última partida, pois não há distrações. Se você não estiver atuando bem, as paredes vão te enclausurando e tudo fica muito obscuro. Não existe nada além das redes sociais e tudo o que verá por lá são pessoas te criticando constantemente”, explicou o ala-armador do Los Angeles Lakers.
Diante desse panorama, Green consegue entender o episódio de depressão vivido por Paul George em Orlando: ele vê a estrutura da liga como só a aparência de saúde. “Acredite em mim: há muita tensão na ‘bolha’. Ficamos aqui sem nossas famílias, nossos filhos, animais de estimação. Tudo isso teria deixado vários dos nossos dias até agora muito melhores. É difícil ajustar-se a essa realidade, no fim das contas”, desabafou o arremessador.
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